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CVV recebeu mais de 900 ligações de Roraima de maio a julho deste ano

Cresceu o número de pessoas de Roraima que recorreram ao número 188 do CVV (Centro de Valorização da Vida) para conversar, desabafar ou compartilhar sentimentos. Em maio, junho e julho deste ano, foram mais de 900 ligações originadas do Estado, 240 a mais do que o mesmo período de 2019.

Os dados são dos relatórios mensais das atividades do CVV nacional e estão disponíveis no site da ONG (Organização Não Governamental) www.cvv.org.br. As ligações são sigilosas. O CVV identifica a origem da ligação conforme o código de área.

A coordenadora voluntária do CVV em Roraima, Elizabete Brito, destaca que os números representam a demanda da pandemia. No Estado, o CVV recebe apoio da Procuradoria Especial da Mulher da Assembleia Legislativa. Atualmente, oito voluntários compõem o grupo e dois deles estão em trabalho remoto desde o início da pandemia. “Somos um trabalho nacional. A pessoa liga e sempre terá um voluntário para atender essa pessoa”, explicou Elizabete Brito.

Quem liga, comenta Elizabete Brito, são pessoas das mais diversas idades. Porém, há participação expressiva de idosos. “Geralmente quem liga mais são os idosos por motivos de estarem sós, não terem com quem compartilhar uma alegria ou tristeza”.

Trabalho voluntário

A voluntária Vera, quem o CVV prefere que seja identificada apenas pelo primeiro nome, sempre quis dispor do seu tempo para a ONG. Ela está há pouco mais de um ano na função de acolher sentimentos de desconhecidos por telefone. “Sem dar julgamentos ou opiniões as pessoas se sentem acolhidas quando nos procuram deprimidos, ou com problemas de ansiedade.” Ela conta que neste período de pandemia, em que o isolamento foi necessário para conter a disseminação do novo coronavírus, o trabalho realizado por eles foi importante.

Por conta do Covid-19, não haverá seleção de voluntários em 2020, mas os planos e estratégias para 2021 estão a todo vapor. Há dois critérios para ser um voluntário: ter mais de 18 anos e boa vontade. “Ser voluntário não é dar o tempo que lhe sobra, mas doar um tempo da sua vida, tem que ter responsabilidade”, pontua Elizabete. “Dentro do CVV tem uma filosofia que a gente precisa respeitar, existem reuniões para que esse voluntário passe por um processo de seleção para fazer esse atendimento”, complementa.

CVV

A ONG foi criada há 58 anos com o intuito de prestar apoio emocional e prevenção ao suicídio de maneira gratuita a população. Está presente em todo o País e disponível por diferentes canais como o número 188, chat ou e-mail, 24 horas por dia, todos os dias da semana. Todas as informações compartilhadas são sigilosas e confidenciais.

 

Texto: Yasmin Guedes

Foto: Arquivo

SupCom ALE-RR

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