“Segundo os familiares, estes reeducando não entraram em contato com as famílias”, disse o deputado Evangelista Siqueira.
A fuga de sete detentos da Penitenciária Agrícola de Monte Cristo (PAMC), anunciada pelo Governo do Estado no último dia 23, motivou familiares a procurarem apoio da Comissão dos Direitos Humanos, Minorias e Legislação Participativa, da Assembleia Legislativa de Roraima (ALERR), para providências quanto ao desaparecimento destas pessoas. Na tarde desta terça-feira (2), representantes das famílias, da Ordem dos Advogados do Brasil – Seccional Roraima (OABRR) e do Conselho Estadual do Sistema Prisional estiveram reunidos no plenarinho Valério Magalhães para debaterem sobre o assunto.
O presidente da Comissão, deputado Evangelista Siqueira (PT), conduziu todo o encontro e afirmou que reunirá todos os membros da Comissão, com urgência, para relatar o caso. “Vamos ouvir os representantes, dos familiares dos presos, advogados da OABRR que estiveram aqui, das secretarias e tomas as medidas que cabem a Comissão de Direitos Humanos”, disse, comentando que espera que os direitos dos detentos e das famílias sejam respeitados.
“Segundo os familiares, estes reeducando não entraram em contato com as famílias, a DICAP [Divisão de Investigação e Captura], como de costume, também não entrou em contato com as famílias e elas estão em desespero, sem saber onde seus familiares se encontram”, lamentou o parlamentar.
Raclézia de Andrade, representante das Famílias de Detentos, acredita que algo aconteceu dentro do Sistema Prisional e pediu uma investigação. “Não tem condição, sete detentos se evadiram da ala oito, que fica na carceragem onde foi quebrada uma parede, onde tinha o BOPE [Batalhão de Operações Especiais], chefe de plantão, a noite o eco é grande”, declarou. As famílias pedem providência para o que aconteceu na noite da ‘fuga’. “A gente quer eles de volta, independente se estiver vivo ou morto”, desabafou.
A advogada e representante da OABRR, Sara Patrícia Farias, afirmou que a instituição está junto na luta, na apuração das denúncias e ao lado dos familiares dos presos. “A OABRR está tomando as medidas cabíveis e pedindo para que o Governo se posicione sobre os últimos acontecimentos”, disse.
Por Yasmin Guedes
SupCom/ALE-RR