“Estive em Nova Colina e os gestores da escola já estão chamando o Conselho Tutelar…”, falou a deputada Aurelina Medeiros.
A falta de disciplina e o alto índice de criminalidade motivaram a deputada Aurelina Medeiros (PTN) a fazer uma indicação ao Governo do Estado, para que seja implantado o sistema de militarização na Escola Estadual Tenente João Azevedo, localizada na Vila Nova Colina, em Rorainópolis, a 321 km de Boa Vista.
Ela justificou o pedido alegando a atual situação vivida pelos docentes e discentes da instituição de ensino, a qual se reflete diretamente no aumento da criminalidade naquela localidade, pondo em risco a vida da sociedade.“Estive em Nova Colina e os gestores da escola já estão chamando o Conselho Tutelar e até psicólogos porque há crianças que tendem até ao suicídio motivado por essa história da Baleia Azul, que a gente pensa que é somente ficção. Encontrou-se dentro da escola, inclusive, escalpe de injeção, que se suspeita que seja para uso de droga. Lá tem alunos que saíram do CSE (Centro Sócio Educativo) que precisam de recuperação, de acompanhamento. São problemas imensos e a militarização, a nosso ver, tem sido uma metodologia de ensino que tem dado certo por tudo que prega, dos ensinamentos, da disciplina”, justificou.
A escola tem aproximadamente 600 alunos. Para a Aurelina, o alto fluxo de migração na Vila Nova Colina também se reflete no comportamento das pessoas que moram no local.“Nos últimos anos Nova Colina sofreu um impacto imenso das madeireiras e a influência grande de pessoas de outros estados com e sem famílias. Isso fez com os índices de criminalidade subissem e todos os dias vemos nos jornais notícias de crimes, de jovens morrendo. Então vejo a educação como uma saída, pois é na escola que se vai primeiro para apresentar projetos quem visam reduzir o consumo de droga, gravidez na adolescência, Maria da Penha. A militarização é uma questão de disciplina”, argumentou.
OUTRA – Ela também propôs a implantação do sistema de militarização na Escola Estadual Argentina Castelo Branco, localizado no município de Bonfim, a 124 km de Boa Vista. “Estamos indicando também para a escola do Bonfim, que é uma região de fronteira e que está sempre nas páginas dos jornais. São problemas constantes de migração de pessoas, de tráfico de drogas que se refletem na família e na escola”, disse.
Por Marilena Freitas
SupCom/ALE-RR