“Sempre digo que é hora de união e que as forças federais, três senadores e oito deputados federais, tem que fazer alguma coisa”, disse O deputado Izaías Maia.
O deputado Izaías Maia (PTdoB), subiu a tribuna da Assembleia Legislativa de Roraima, nesta terça-feira (8), para tratar mais uma vez da questão energética em Roraima e pedir mais agilidade da bancada federal nas providências necessárias, antes que o Estado sofra com a ‘escuridão’.
Ele destacou a abordagem em matéria jornalística produzida pela Agência Reuters de notícias e reproduzida pelo jornal Folha de Boa Vista no dia 13 de abril, e que mostrou os problemas do Linhão de Guri que prejudicam o Estado brasileiro, o único abastecido com essa rede, durante as freqüentes falhas no fornecimento de energia elétrica.
Segundo ele, a frequência não tem chamado a atenção das autoridades federais. “Já fomos enganados muitas vezes aí pelo Governo Federal e continua tudo a mesma coisa”, relacionou a encontros e pedidos feitos por parlamentares de Roraima a representantes do Executivo Federal.
Para Izaías Maia, a circunstância política e econômica enfrentada pela Venezuela tem sido determinante para desfavorecer Roraima com a transmissão de energia elétrica. “Sempre digo que é hora de união e que as forças federais, três senadores e oito deputados federais, tem que fazer alguma coisa”, disse. Uma das maneiras encontradas pelo Governo Venezuelano de afetar o Brasil foi não realizar a manutenção do Linhão de Guri. “Eu sempre falei. O presidente [Nicolás] Maduro vai encontrar uma fórmula, um jeito, de cortar essa energia, e encontrou. É só esperar a escuridão. Sem brigar com ninguém, sem fazer confusão, simplesmente o governo venezuelano, alegando não ter recurso, não dará manutenção ou já não está dando manutenção”, alertou o parlamentar.
Lembrou ainda da dívida de R$ 2 bilhões em combustível do Estado com a Petrobrás para abastecer as termelétricas e que funcionam até hoje devido a uma liminar, que pode cair a qualquer momento. Sobre a interligação com o Sistema Nacional de Energia, disse que “mesmo se as obras recomeçarem, vai levar, no mínimo, uns cinco anos para essa situação se resolver”, concluiu.
Por Yasmin Guedes
SupCom/ALE-RR