“Qualquer planejamento ou empreendimento na região Amazônica tem entraves muito grandes”, disse o deputado Coronel Chagas.
O vice-presidente da Assembleia Legislativa de Roraima, deputado Coronel Chagas (PRTB), usou a tribuna durante a sessão desta terça-feira, 13, para fazer uma breve avaliação sobre a 21ª Conferência da Unale (União Nacional dos Legisladores e Legislativos), realizada na semana passada em Foz do Iguaçu (PR) e apontou caminhos e estratégias, enquanto presidente do Parlamento Amazônico, para resolver problemas como a questão energética de Roraima e o fechamento da BR- 174 por meio de uma corrente na entrada da Reserva Indígena Waimiri-Atroari, entre os Estados do Amazonas e Roraima. Segundo ele, essa corrente é mantida por uma ONG (Organização Não Governamental) sua retirada será uma das metas do Parlamento Amazônico.
Chagas considera que em Roraima, bem como em qualquer Estado da região Amazônica, os problemas tomam grandes proporções ou tornam-se mais difíceis de serem resolvidos em razão das questões indígenas e ambientais que precisam ser respeitadas.“Qualquer planejamento ou empreendimento na região Amazônica tem entraves muito grandes. Temos diversas situações que podemos citar: a questão da BR- 174 que não permite a passagem de veículos a partir das 18h, e acaba ficando fechada por quase 12 horas, além da questão do Linhão de Tucuruí que a obra está paralisada há mais de três anos em razão de questões indígenas e ambientais”, citou.
Ele acredita ainda que a não conclusão do Linhão de Tucuruí, trás consequências bem mais graves para Roraima. “Isso faz com que tenhamos uma energia de péssima qualidade”, afirmou Coronel Chagas, ao completar que investimentos nas áreas de pecuária, produção de grãos ou qualquer outro empreendimento que envolva o setor primário, também estão em risco em razão das limitações territoriais relacionadas reservas ambientais ou indígenas. “Todos os meses temos a tentativa de criação de uma nova Terra Indígena, então qualquer empreendimento nesta área torna-se um risco”, disse.
Como presidente do Parlamento Amazônico, ele esclareceu que os problemas de Roraima não são mais apenas do Estado, mas de todos os estados que integram o Parlamento. “O Parlamento Amazônico congrega nove Estados, 251 deputados estaduais, que defendem as bandeiras e problemas que cada federação enfrenta. Fico honrado de ter sido eleito presidente e agradeço o apoio que tivemos nesta Casa e garanto que trabalharemos bastante para resolver os problemas de Roraima”, informou durante o pronunciamento.
Para Roraima, a participação na Unale, segundo Chagas, é muito importante, já que a instituição congrega 26 Assembleias Legislativas, representa mais de mil deputados além de possuir uma atuação voltada para defesa do interesse nacional, que também atua na defesa das questões regionais, no interesse ou dificuldade de cada Estado, com participação ativa em discussões no Congresso Nacional.
Por Tarsira Rodrigues
SupCom/ALE-RR