O Procon Assembleia realizou nesta terça-feira, 31, três audiências de conciliação, e todos os acordos foram favoráveis aos consumidores. Os reclamados eram instituições financeiras e o objeto da reclamação está relacionado a empréstimos consignados. Das três audiências, duas foram para resolver o problema de um cliente.
O administrador João Jorge Pamplona Barros, 51 anos, procurou o órgão de defesa do consumidor porque se sentiu lesado por dois bancos que, no entendimento dele, não cumpriram o acordado e estão cobrando juros exorbitantes, além de se negar a entregar os documentos relativos ao empréstimo para que ele analisasse o contrato e a planilha de cálculos.
“Procurei o Procon Assembleia porque estava com dificuldade de obter a planilha de cálculos com os descontos legais devidos pela quitação antecipada, mas a empresa não quis me fornecer. Aqui [no Procon] fui muito bem recebido e encontrei um caminho bem mais brando e fácil para conseguir o documento”, disse o administrador.
Barros fez dois empréstimos em duas diferentes instituições financeiras, sendo que o último foi para cobrir o primeiro. Ocorre que as promessas de juros baixos não foram cumpridas por nenhum dos bancos e ele acabou tendo que pagar duas dívidas. Agora busca reverter essa situação com o auxílio do Procon.
“Fiz uma projeção do pagamento e já ultrapassou o empréstimo, só restando os juros devidos que deveriam ter uma queda, mas que ainda estão bastante significativos na planilha deles. Agora, com os documentos em mãos, vou tentar uma portabilidade e depois entrar na justiça para rever o que foi pago a mais. A minha primeira ação junto ao Procon encerra nesse pedido que foi atendido hoje, mas o Procon pode ainda ser muito bem um instrumento necessário para eu adquirir outros documentos necessários para instruir o processo”, ressaltou.
A representante de uma das empresas reclamadas, Nathalia Teixeira, disse que é de fundamental importância o trabalho do Procon Assembleia. “O Procon é um aliviador de problemas porque favorece para a empresa um meio de conciliação de forma muito mais fácil e tranquila. Os conciliadores são pessoas competentes, que têm nos auxiliado sempre, tanto a empresa com a outra parte. Avalio que o Procon é um meio muito mais fácil para evitarmos que muitos problemas sejam ajuizados, aumentando, assim, a demanda de conflito para toda a população”, opinou.
A diretora do Procon, Eumária Aguiar, disse que por dia, em média, são feitas seis conciliações e que as empresas de telefonia ocupam o primeiro lugar. “A demanda é bem vasta, mas na maioria das vezes a gente consegue conciliar, fazer com que o fornecedor entenda as suas falhas, obtendo-se uma relação equilibrada entre consumidor e fornecedor”, disse Eumária.
A audiência de conciliação só acontece quando não se resolver o impasse nos primeiros procedimentos realizados pelo Procon Assembleia. “Primeiro a reclamação passa por uma triagem, quando se tenta uma conciliação prévia, ligando para empresa para que resolva em cinco dias o problema do consumidor. Caso não resolvam, a empresa é notificada e em seguida é marcada a audiência de conciliação”, explicou a diretora, ao salientar que 80% das reclamações chegam a um acordo.
Marilena Freitas