O deputado George Melo (PSDC) usou a tribuna nesta terça-feira, 20, para chamar a atenção do Governo do Estado com relação às mazelas reclamadas pela população, que ele entende coexistirem por falta de gestão. No rol das citações estão as precariedades das vicinais e pontes, a Maternidade Nossa Senhora de Nazareth (MNSN) e o atraso do pagamento do programa Crédito do Povo.
Melo disse que o discurso dele é motivado pelas inúmeras reclamações que recebe da população, durante as andanças que faz pelo interior do Estado, visitando a base política. “Estive neste final de semana nos municípios de São João da Baliza e Caroebe, no sul do Estado (a 352 e 377 km de Boa Vista, respectivamente) e conversei com as lideranças políticas e rurais. Aquelas não são estradas para andar de carro; mas sim de jumento. A reclamação dos moradores dessas localidades é geral por conta do descaso deste governo, que não olha para quem está no campo”, ressaltou.
Segundo ele, o prefeito dessas localidades está fazendo parceria com os moradores das vicinais para recuperar as estradas. “O bravo prefeito do Caroebe, Argilson Martins (PSDB), mesmo sem o apoio do governo, está fazendo parcerias com os moradores dos lotes para recuperar as estradas, que estão intrafegáveis, sendo o colono o maior prejudicado. Conversei com diversos moradores de diferentes vicinais, e essas pessoas disseram que se sentem desamparadas pelo nosso Estado”, reforçou Melo.
Melo disse que os problemas estão nos quatro cantos do Estado. “Ontem fiquei sabendo que na Maternidade o almoço está saindo às três horas da tarde e que o jantar é servido às oito e nove horas da noite. E que as mãezinhas que jogaram a colher descartável no lixo foram chamadas atenção. Disseram-lhes que se jogassem a colher no lixo, no dia seguinte comeriam com a mão. Esse descaso, infelizmente, é com o Estado inteiro”, afirmou.
Em seguida o parlamentar ressaltou que o governo também inviabiliza o comércio roraimense quando deixa de pagar o crédito do povo. “Esse programa, que é uma das maiores distribuições de renda no nosso Estado, e que a gente sabe que muitas vezes o salário acaba nos últimos dez dias do mês, e que a saída para fechar o mês é o crédito do povo. Eles [do governo] dão calote nas pessoas e nada acontece. Em três anos e três meses a senhora, governadora, nada arrumou neste Estado”, criticou.
Melo disse que faz tais críticas não pelo fato de ser oposição ao governo, mas por encontrar eco nas reclamações da população, que se sente desassistida. “Desafio o mais otimista dos mais otimistas que consiga enxergar uma ação deste governo e diga que ser ver dentro do governo. Queria que esse meu desabafo, minha voz, que certamente representa as vozes das localidades que eu ando, chegassem até ao Palácio, porque se as vicinais estão intrafegáveis no verão, quando começar o inverno será o caos total”, avaliou.
Por Marilena Freitas
SupCom/ALE-RR