Fotos: SupCom ALERR
A participação dos moradores de Mucajaí foi bastante significativa durante a sessão ordinária, promovida pela Assembleia Legislativa de Roraima, dentro da programação do ‘Assembleia ao Seu Alcance’, nesta quinta-feira, 17. A população teve a oportunidade de fazer o uso da palavra e apresentou as reais necessidades que o município precisa com mais urgência.
A professora Mara de Fátima Souza dos Santos, que leciona para alunos da Educação Especial, na escola estadual vereador Francisco Pereira Lima, em Mucajaí, foi uma das moradoras que aproveitou o momento e falou sobre a questão da energia elétrica e sobre a revalidação de diploma. Ela contou que mora no município há 35 anos. “Tempos atrás tínhamos energia até a meia noite e depois era ligado um gerador. Aí disseram que teríamos energia vinda da Venezuela e que não seria mais necessário utilizar o gerador, que era para ficarmos aliviados. Mas apenas trocaram ‘seis por meia dúzia’. Ontem [quarta-feira, 16] faltou energia às 16h e só retornou às 2h da madrugada. E isso é frequente”, contou a moradora.
Mara relatou que enquanto essa questão da energia elétrica não for resolvida, muita gente terá eletrodomésticos queimados, comerciantes perdendo produtos, entre outras situações lamentáveis que a população do Estado tem enfrentado, em razão das frequentes quedas de energia. “Nossa esperança é que seja feita a interligação de Roraima ao resto do Brasil, por meio do Linhão de Tucuruí. Queremos acreditar que isso saia do papel”, disse.
Outra questão levantada pela professora é quanto a revalidação do diploma. Ela comentou que ficou sabendo de um projeto de lei que contempla profissionais venezuelanos que vivem em Roraima, como médicos e professores. “Nós da educação, que somos brasileiros, roraimenses, gostaríamos muito que fosse feita uma emenda a esse projeto, para que sejamos beneficiados também. Eu, a exemplo de vários professores, saio de Roraima para fazer mestrado e pago caro. Muitas vezes deixamos de investir nos nossos filhos, de cuidar da nossa saúde, para pagar os estudos para termos uma titulação seja pelo mestrado ou doutorado, e não somos beneficiados com esse projeto, para termos direito a nossa progressão. É uma injustiça”, lamentou professora Mara.
O presidente da Assembleia Legislativa, deputado Jalser Renier (SD), em resposta as demandas apresentadas durante a sessão, explicou que todas serão analisadas. “Recebemos os problemas da população e alguns serão analisados durante a apreciação do orçamento, incorporando dentro do que for necessário, em medidas por meio de indicações e emendas dos parlamentares. Outros serão encaminhados ao Fiscaliza Roraima, que recebe denúncias sobre a má prestação de serviços por parte do poder público, seja nas esferas federal, estadual e municipal”, afirmou.
O Fiscaliza Roraima é um canal entre a população e a Assembleia Legislativa do Estado de Roraima, que funciona como uma ‘ponte’ para a população, que de posse das reclamações busca junto aos órgãos responsáveis solucionar as demandas que afligem a sociedade.
Edilson Rodrigues
SupCom ALERR