SEGURANÇA – Comunidades indígenas recebem orientações sobre seus direitos e deveres

Ação faz com que cidadãos tenham um olhar diferenciado para as situações enfrentadas pela comunidade

 

Foto: Lucas Almeida/SupCom ALE-RR

 

Para evitar que direitos de cidadãos indígenas sejam violados por falta de informação, a Assembleia Legislativa de Roraima realizou o projeto Capacitação Legal, para levar orientações sobre direitos básicos, principalmente no que diz respeito à segurança. A equipe da Procuradoria Especial da Mulher retornou na manhã deste sábado (29) à Comunidade da Ilha, localizada na Zona Rural de Boa Vista, para encerramento da ação que, segundo os moradores, já rendeu resultados positivos.

O projeto foi realizado em parceria Grupo de Segurança Comunitária Indígena da região, e repassou conhecimentos sobre as legislações estadual e federal. A ação na comunidade foi um pedido do presidente do Conseg (Conselho de Segurança Comunitário), Luiz Magalhães. Ele explicou que desde a realização do curso, no mês de março, já foi possível identificar e solucionar ocorrências com mais facilidade.

“Antes, estávamos sem o apoio de ninguém e depois do curso conhecemos mais sobre as leis. Vamos continuar trabalhando para melhorar, iremos solicitar mais cursos, para ficarmos sempre capacitados”, afirmou o presidente.

Entre as 14 pessoas que participaram do curso na comunidade, estava a dona de casa Antônia Oliveira da Silva. O que mais chamou a atenção dela foram as orientações sobre os direitos da mulher. “Pretendo aplicar o que me foi repassado incentivando as mulheres sobre seus direitos, porque algumas estão sofrendo violência, mas não denunciam e ficam caladas. A gente tem que conversar e incentivar elas à denunciarem e não sofrerem sozinhas”, ressaltou.

Conforme a coordenadora do Núcleo de Promoção, Prevenção e Atendimento às Vítimas de Tráfico, Socorro Santos, o projeto Capacitação Legal empodera as comunidades indígenas, fazendo com que todos tenham um olhar diferenciado para as situações enfrentadas.

“É importante trabalhar levando a informação, para que todos possam fazer a diferença em qualquer lugar que estejam. A violência não pode ser naturalizada, para que não haja a violação de direito contra a pessoa”, concluiu.

COMUNIDADES – O encerramento do projeto Capacitação Legal contou com a entrega de certificados aos membros da Segurança Comunitária das comunidades da Ilha, São Marcos e do Milho. Na próxima segunda-feira, dia 1º, a equipe da Procuradoria Especial da Mulher estará na comunidade Napoleão, no município de Normandia, para entregar mais certificados.

 

JÉSSICA SAMPAIO

SupCom ALE-RR

ABRINDO CAMINHOS – Bailarinos mostram a graciosidade do balé em noite de espetáculo

O evento reuniu mais de 100 alunos de Boa Vista e Rorainópolis em comemoração ao Dia da(o) Bailarina(o)

 

Foto: Lucas Almeida/SupCom ALE-RR

Para quem estava nervosa e com medo de errar a coreografia, após a apresentação, a sensação da pequena Ricaely Paes Formoso, de 9 anos, era de dever cumprido. Ela é uma das alunas do programa Abrindo Caminhos, que na noite desta sexta-feira (28) apresentou a 1ª Mostra de Balé Clássico. O evento reuniu mais de 100 bailarinos de Boa Vista e Rorainópolis.

Embora tenha só 9 anos, Ricaley fala como gente grande. “Essa foi a minha segunda apresentação, mas é inevitável o friozinho na barriga, o nervosismo e o medo de esquecer a coreografia”, contou a menina que é apaixonada pelo balé e afirma querer ser bailarina profissional.

A mãe Nadira de Souza Paes disse que há muito tempo a filha desejava dançar balé. “Era o sonho dela, mas como é caro, graças a Deus surgiu o Abrindo Caminhos que está dando uma oportunidade para muitas crianças e adolescentes descobrirem o que querem ser no futuro”, reconheceu.

A mostra foi um momento para que os alunos colocassem em prática os ensinamentos passados durante as aulas. E tudo saiu como manda o figurino. Os movimentos executados com perfeição e graciosidade.

Com esse resultado, quem ficou feliz foi a professora de balé do Abrindo Caminhos, Isnaíra Menezes. “É uma satisfação muito grande de ver a evolução dos nossos bailarinos, porque eles se realizam. Desde os primeiros dias de ensaio já sonhavam com esse dia”, contou.

Para o espetáculo, Isnaíra adaptou várias músicas ao balé clássico de repertório, entre elas os solos “Esmeralda”, “Paquita”, “Princesa Florine”, “Bailarina da Caixinha”. “São coreografias tiradas da realidade do balé e adaptadas para a nossa maneira, obedecendo a características de nossos bailarinos”, explicou.

 

SupCom ALE-RR