Serviço funciona 24 horas para atender gratuitamente todas as pessoas que precisam conversar, sob total sigilo
Foto: SupCom ALE-RR
Fim de ano é um período que simboliza encerramento, conclusão e, como todo fim, gera tristezas e angústias. Para quem tem depressão, doença que afeta milhões de brasileiros, o momento pode ser mais difícil ainda. As pessoas que mesmo após a virada de ano permanecem nesta situação podem contar com o CVV (Centro de Valorização da Vida).
A associação fornece apoio emocional e prevenção do suicídio, atendendo gratuitamente todas as pessoas que querem e precisam conversar, sob total sigilo. Os contatos com o CVV são feitos pelos telefones 188 (24 horas e sem custo de ligação), ou pelo site www.cvv.org.br, onde é ofertado atendimento por chat e e-mail.
Em Roraima, o Centro de Valorização à Vida funciona com parceria da Assembleia Legislativa, atendendo a uma média de 50 ligações por plantão, pelo telefone 188. Esse atendimento é feito por voluntários. Os plantonistas em Boa Vista podem atender ligações de todo o Brasil e vice-versa.
No entanto, a tristeza deve ser diferenciada da depressão, que requer tratamento específico, por se tratar de uma doença. Geralmente estas pessoas são acometidas por uma tristeza que não melhora, um vazio que persiste, gerando falta de vontade de fazer coisas que antes davam prazer.
A psicóloga Sângida Texeira reuniu alguns fatos sobre a depressão que podem ser úteis no momento de prestar apoio a alguém que precisa.
SINTOMAS
Perda ou aumento do peso (sem que exista essa intenção), dificuldade para dormir ou sono excessivo, frequente fadiga, sentimento de inutilidade ou culpa excessiva, dificuldade em se concentrar e tomar decisões, medo, baixa autoestima, pensamentos recorrentes de morte são sintomas comuns da depressão.
A psicóloga explica que a família e a rede de apoio exercem um importante papel no momento de começar o tratamento, tendo em vista que a pessoa que se sente deprimida tem dificuldade inclusive de buscar ajuda por conta própria.
MOTIVO
Por ser uma doença que ocorre no cérebro devido a um distúrbio químico, nem todo mundo demonstra os mesmos sintomas na mesma intensidade. “O depressivo se sente culpado e frustrado, enquanto os que estão próximos a ele não entendem que ele não pode controlar o que está acontecendo”, explicou.
Segundo Sângida, muitas pessoas podem avaliar como preguiça ou falta de força de vontade alguém que esteja com os sintomas acima citados. Segundo ela, a empatia e o apoio emocional nesses momentos são importantes. “Ser um bom ouvinte é uma excelente começo”, disse.
DOCUMENTÁRIO – Quem precisar de mais informações sobre a depressão pode conferir o documentário Você Não Está Sozinho, produzido pela TV Assembleia (https://www.youtube.com/watch?v=_iub_XhC5Tk).O material mostra depoimentos de pessoas diagnosticadas com depressão, que contam as vitórias e os desafios desta caminhada. A produção aponta ainda os serviços de apoio existentes no Estado e a importância de procurar ajuda.
SUEDA MARINHO
SupCom ALE-RR