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Deputado propõe Moção de Repúdio contra Prefeitura de Boa Vista

Jeferson Alves afirma que pedido de cassação contra Linoberg Almeida é uma tentativa de cercear o trabalho fiscalizatório do vereador

O deputado Jeferson Alves (PRB) usou a tribuna durante a sessão ordinária desta quarta-feira (13) para protestar contra a Prefeitura de Boa Vista, que pediu à Câmara de Boa Vista a cassação do vereador Linoberg Almeida (Rede). Ele propôs uma Moção de Repúdio por considerar a medida “descabida”.

Linoberg Almeida foi o autor da ação que levou a Justiça Estadual a suspender a implantação do sistema de estacionamento rotativo em Boa Vista, chamado de Zona Azul. “Uma gestão querer cassar o vereador por estar cumprindo seu papel, que é fiscalizar. Nunca vi isso na vida. É um caso inédito.”, disse o parlamentar.

Ele lembrou que a atual gestão tem feito de Boa Vista o que ele chamou de “fábrica de multas”, por meio da instalação considerada excessiva de fiscalização eletrônica pela cidade. Ele questionou se haveria motivos para cassação do vereador. “Por que querem tirar o Linoberg? Qual é interesse? Um vereador que não responde a um processo, tem o nome limpo, que trabalha todos os dias para honrar o voto que recebeu. O mal que está fazendo é fiscalizar”, reforçou Alves.

O deputado Coronel Chagas (PRTB) compartilhou da mesma opinião. Para ele, a iniciativa da prefeita Teresa Surita (MDB) é uma tentativa de intimidação contra o parlamento municipal. “Os vereadores foram eleitos pelo povo para representar o cidadão boa-vistense e como tal, têm que usar de todos os meios possíveis para bem representar o povo”, afirmou. Segundo Chagas, se o Regimento Interno da Câmara Municipal veda ao vereador acionar a Justiça contra a Prefeitura, o dispositivo é inconstitucional.

“Não podemos concordar que dentro de um Estado Democrático de Direito, uma prefeitura que se vê questionada mova uma petição para cassar [um vereador]”, complementou, ao afirmar que o exercício da democracia se dá por meio da oposição.

A deputada Tayla Peres (PRTB) concordou com os pares, e disse que quando vereadora também se sentiu ameaçada. “Também sofri inúmeras ameaças. Sempre quando ia fiscalizar as coisas diziam que iriam enviar a Vigilância Sanitária ao meu supermercado”, contou.

 

Texto: Marilena Freitas

Foto: Jader Souza e Eduardo Andrade

SupCom ALE-RR

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