Deputados estão elaborando um raio-x sobre a Educação no Estado, e para isso, estão ouvindo representantes das categorias envolvidas
Defasagem dos salários, dificuldades na aposentadoria, falta de reconhecimento profissional, de materiais didáticos, limpeza e segurança nas escolas, e um plano de carreira que atenda às necessidades da categoria. Estas foram as principais demandas do Sindicato dos Trabalhadores em Educação de Roraima (Sinter), apresentadas para a Comissão de Educação, Desportos e Lazer da Assembleia Legislativa de Roraima (ALE-RR).
A reunião ocorreu no fim da tarde desta quinta-feira (4). Os relatos farão parte de um relatório que a comissão vai encaminhar para a Secretaria Estadual de Educação (Seed) e aos demais órgãos para cobrar providências.
O presidente do Sinter, Flávio Bezerra, informou que uma das principais inquietações da categoria é o plano de carreira e remuneração da categoria, pois os professores passaram cumprir uma carga de 40 horas. Como a maior parte dos profissionais lecionava em dois horários, com essa mudança, muitos tiveram que abandonar um dos empregos para cumprir a exigência. “Devido ao pouco salário, muitos acabam fazendo empréstimos para pagar as contas da casa.”
O deputado Evangelista Siqueira (PT) informou que após escutar as demandas da categoria, a comissão vai montar uma espécie de dossiê sobre a Educação em Roraima, a qual será apresentada em sessão plenária da Assembleia Legislativa. Essa foi a terceira reunião. As primeiras foram com representantes do Conselho Estadual da Educação e Seed. O próximo encontro será com representantes da cultura.
Ele criticou ainda o atraso no início das aulas no Interior e comunidades indígenas, e ressaltou que também será cobrada uma solução para este problema. “É inadmissível estarmos em abril, e as aulas ainda não terem começado. Precisamos de uma definição”, explicou.
O deputado Gabriel Picanço (PRB) destacou que o Governo do Estado também deve atenção para a estrutura das escolas, problema que o Estado enfrenta há vários anos. Já a deputada Tayla Peres (PRTB) enfatizou a importância de a categoria levar as reivindicações para a comissão. “Daqui podem sair projetos de leis, indicações. E assim poderemos lutar pelos direitos deles”, disse.
Texto: Vanessa Brito
Foto: Eduardo Andrade
SupCom ALE-RR