Coronel Chagas afirma que Roraima Energia tem obrigação de prestar serviço com qualidade

Parlamentar frisou que a empresa, que tem racionado a energia fornecida, precisa investir para aumentar a capacidade de geração  

As frequentes interrupções no fornecimento de energia elétrica voltaram a ser pauta na Assembleia Legislativa de Roraima (ALE-RR). Ao usar a tribuna na manhã desta quarta-feira (24), o deputado Coronel Chagas (PRTB) chamou a atenção para a atribuição da Roraima Energia, que arrematou em leilão a distribuidora de energia até então detida pela Eletrobrás. Ele ressaltou que a empresa tem a obrigação de prestar um serviço de qualidade para a população.

O parlamentar frisou que o fornecimento tem que ser ininterrupto, independentemente do fato de a linha de transmissão que liga Roraima ao sistema nacional de energia elétrica, o Linhão de Tucuruí, ainda não ter saído do papel. “Se a energia a ser distribuída vai ser de Guri [Complexo de Guri na Venezuela], de Tucuruí ou de usinas termelétricas, a nós não interessa. Queremos energia de qualidade, sem racionamento, porque estamos pagando a energia mais cara do Brasil”, protestou o parlamentar.

Demonstrando indignação com o racionamento praticado pela distribuidora, que remonta as décadas de 80 e 90, quando cada bairro passava até quatros sem energia elétrica, o deputado usou uma expressão popular para criticar a empresa. “Quem não pode com o pote, não segura na rodilha. A Roraima Energia que coloque mais geradores, de forma paliativa, até se resolver Guri ou a construção do Linhão de Tucuruí, pois pagamos caro.”

A necessidade hoje é de 175 megawatts para atender a população, e segundo Coronel Chagas, a produção dos três parques geradores de energia varia, atualmente, entre 170 a 175 megawatts. “Ocorre que nos horários de pico, o consumo ultrapassa essa produção e as fontes geradoras não conseguem acompanhar, e por isso ocorre o racionamento. E vai piorar, porque essas máquinas estão trabalhando 24 horas por dia. Vai chegar um ponto que vão ter que parar as máquinas para fazer a manutenção, é quando o sistema entrará em colapso”, afirmou.

Roraima dispõe de três fontes geradoras de energia: Usina de Monte Cristo [produzindo 90 megawatts], Usina do Jardim Floresta e a do Distrito Industrial (juntas com 80 megawatts). “Se uma dessas duas últimas quebrar, vamos ter um terço da cidade às escuras. E se for a de Monte Cristo, metade da cidade no escuro”, explicou.

Soluções

Em aparte, a deputada Aurelina Medeiros (Podemos) sugeriu ao deputado Jeferson Alves (PTB), autor do requerimento da audiência pública sobre energia elétrica, que convide as autoridades que têm poder de decisão do setor elétrico nacional.
A audiência será realizada na Assembleia Legislativa no dia 24 de maio.

Na opinião dela, não vale a pena os deputados se deslocarem mais uma vez até Brasília, conforme sugerido por alguns parlamentares, pois essa ação já foi realizada anteriormente, sem resultados práticos.

Aurelina criticou as organizações não-governamentais (ONGs) ligadas à causa indígena que, no entendimento dela, atrapalham o desenvolvimento impedindo a construção de hidrelétricas no Estado, como a prevista para o Rio Cotingo, no município do Uiramutã, e Bem-Querer, em Caracaraí. “Tenho 41 anos de Roraima e nas buscas de soluções para a questão energética, sempre tivemos a questão indígena, que continua até hoje”, criticou.

Nesta mesma linha de pensamento, o deputado Gabriel Picanço (PRB) fez um pedido aos órgãos ambientais. “Quero pedir as autoridades e principalmente aos órgãos ambientais que não dificultem a licença ambiental para a construção do Linhão de Tucuruí, que interligará Roraima ao sistema elétrico nacional”, concluiu.

 

Texto: Marilena Freitas

Foto: Eduardo Andrade

SupCom ALE-RR

Escola do Legislativo está com inscrições abertas para Capital e Interior

Cursos atendem crianças, jovens e adultos de forma gratuita  

A Escola do Legislativo – Cursos Preparatórios, Unidade Silvio Botelho, está com inscrições abertas para cursos de idiomas e capacitação, na capital e no interior do Estado.

Só em Boa Vista, a Escola do Legislativo está disponibilizando mais de 400 vagas. Nesta terça-feira (24), iniciam cursos de inglês, mas ainda há vagas disponíveis.

De acordo com a diretora da Unidade, Cristina Mello, os cursos são a oportunidade que a população tem para aprimorar o currículo. “Vale a pena ressaltar que todos esses cursos são gratuitos, incluindo os materiais.”

Para o núcleo de Mucajaí, a Escola do Legislativo está com inscrições abertas para os cursos de informática, inglês e espanhol. Conforme Cristina, os preparatórios visam atender tanto crianças e adultos. “Para esses municípios, estamos levando a oportunidade para toda população”, destacou.

Inscrições

Para se inscrever, os interessados precisam levar os documentos pessoais como RG, CPF, comprovante de residência e números de telefone para contato. Em Boa Vista, a Escola do Legislativo – Cursos Preparatórios está localizada na rua Sólon Rodrigues Pessoa, nº 1.313, bairro Silvio Botelho. Mais informações pelo 98402-3402.

Em Mucajaí, o Núcleo da Assembleia Legislativa de Roraima, está localizado na rua padre Ricardo Silvestre, s/n. Já em Rorainópolis, o núcleo fica na rua Ulisses Guimarães, esquina com a Maranhão, no centro do município.

 

Confira os cursos:

 

Boa Vista

 

Cursos Início Término Dias Horário Carga horária Vagas
Inglês módulo I 24/04 05/08 Segunda e quarta 8h às 10h 60h 20
Inglês módulo II 24/04 05/08 Segunda e quarta 10h às 12h 60h 150
Espanhol módulo I 02/05 13/08 Terça e quinta 8h às 10h 60h 20
Espanhol módulo II 02/05 13/08 Terça e quinta 10h às 12h 60h 170
Poder da Comunicação 07/05 09/05 Terça à quinta 18h30 às 21h30 9h 50

Mucajaí

 

Cursos Início Término Dias Horário Carga horária Vagas
Inglês kids 09/04 25/06 Terça e quinta 08h às 10h 40h
Inglês Básico 09/04 25/06 Terça e quinta 10h às 12h 40h 2
Espanhol Kids 08/04 26/08 Segunda 08h às 10h 40h 5
Espanhol Básico 08/04 26/08 Segunda 10h às 12h 40h 35
Espanhol Básico 12/04 13/09

 

Sexta 14h às 16h 40h 34
Espanhol Intermediário 12/04 13/09 Sexta 16h às 18h 40h

 

Rorainópolis

 

Cursos Início Término Dias Horário Carga horária
Inglês kids 09/04 30/05 Terça e quinta 16h às 18h 30h
Inglês Básico 09/04 30/05 Terça e quinta 18h às 20h 30h
Espanhol Kids 08/04 29/05 Segunda e quarta 08h às 10h 30h
Espanhol Básico 08/04 29/05 Segunda e quarta 18h às 20h 30h
Informática Kids 08/04 15/05 Segunda, quarta e sexta 08h às 10h 30h
Informática Básica 08/04 15/05 Segunda, quarta e quinta 16h às 18h 30h
Informática Básica 08/04 15/05 Segunda, quarta e quinta 18h às 20h 30h

 

 

Texto: Jéssica Sampaio

Foto: Eduardo Andrade

SupCom ALE-RR

Programas da Assembleia Legislativa ajudam na socialização de venezuelanos

Iniciativas como o programa Abrindo Caminhos e Escola do Legislativo ajudam imigrantes a adquirirem conhecimento e se sentirem mais acolhidos em Roraima

A grave crise humanitária na Venezuela já fez milhares de pessoas migrarem para Roraima. Para quebrar a barreira da nova língua e conseguir entrar para o mercado de trabalho, ou até mesmo buscar qualidade de vida, muitos venezuelanos estão recorrendo aos programas da Assembleia Legislativa de Roraima, ofertados de forma gratuita à toda população.

A Escola do Legislativo – Cursos Preparatórios, Unidade Silvio Botelho, já atendeu, até o momento, 135 alunos venezuelanos. Gabriela Andancia é uma delas. A adolescente, de 16 anos, está em Roraima há um ano e já fez dois cursos na instituição com o objetivo de conquistar um emprego e continuar morando no Estado. “Eu ainda não trabalho, só estudo e mais para frente eu irei utilizar o que aprendi aqui na escola”, destacou Gabriela.

Morando em Boa Vista há oito meses, Yossana Caceres, destaca que a oportunidade ofertada na Escola do Legislativo tem feito a diferença na vida de centenas de imigrantes. “Já fiz o curso de português para estrangeiros e agora estou em recursos humanos. Eu gostaria de adiante procurar um emprego e os cursos que estou fazendo me ajudam um pouco mais.”

Crianças e adolescentes

Se na Escola do Legislativo, o objetivo dos estrangeiros é a capacitação profissional, já no Abrindo Caminhos os alunos buscam interação. O programa atende aproximadamente 60 crianças e adolescentes venezuelanos.

Há três meses inscrito nas aulas de teatro, Darwin Antônio Morales, de 13 anos, explica que já aprendeu muito nas aulas e apesar do idioma, afirma que já fez vários amigos. “Quando cheguei, senti um pouco de dificuldade por causa do português, mas todo dia estou aprendendo, as aulas me ajudaram a deixar de ter vergonha”, disse.

Aos 10 anos, Eucaris Andrismar superou as dificuldades da língua e faz aulas de coral no programa. Para ela, a modalidade ajuda a aprender português. “Para aprimorar, eu chego em casa e procuro na internet a canção e eu aprendo. Não tenho dificuldade em aprender, mas ainda existem algumas palavras que são difíceis.”

Ensino diferenciado

Para facilitar o aprendizado dos alunos da Escola do Legislativo, a professora Glaiciane Andrade mistura os alunos estrangeiros com brasileiros, para que eles também aprendam o português. “A experiência é boa porque acabamos aprendendo também e conhecendo a história de vida deles”, afirmou.

No Abrindo Caminhos, de acordo com a assistente social voluntária do programa, Leila Melo, o principal objetivo do programa é proporcionar qualidade de vida para todas as crianças e adolescentes, independente da nacionalidade. “É importante que essas crianças estejam inseridas. Nós fazemos uma interação do programa com a escola e o aprendizado deles é importante para nós”, concluiu.

O Abrindo Caminhos oferece aulas gratuitas de balé, ginástica rítmica, coral, jazz, teatro, jiu-jítsu, futebol e informática. O programa está localizado na avenida São Sebastião, nº 883, bairro Cambará.

Texto: Jéssica Sampaio

Foto: Eduardo Andrade

SupCom ALE-RR

RADIOLOGIA – Projeto de lei quer evitar a operação de aparelhos por pessoas sem formação na área

Proposta apresentada pelo deputado Jalser Renier determina que equipamentos sejam operados exclusivamente por técnicos ou tecnólogos em radiologia

 

Para regulamentar a operação de equipamentos de radiologia em Roraima, o presidente da Assembleia Legislativa de Roraima, deputado Jalser Renier (SD), elaborou um projeto de lei estabelecendo que os aparelhos que emitem radiação ionizante e não ionizante devem ser operados exclusivamente por profissionais da área.

Pelo texto, os equipamentos usados em locais como hospitais e clínicas, assim como estabelecimentos comerciais e locais públicos que utilizem raios-x ou ressonância magnética deverão ser operados por pessoas com formação em radiologia. A exceção são os aeroportos e exames de ultrassonografia.

Para Jalser Renier, é importantes regulamentar a operação destes equipamentos, pois boa parte dos serviços públicos e privados do país usam equipamentos radiológicos. “O profissional de radiologia é quem tem a capacidade para intervir, com conhecimentos e habilidades, para a resolução de problemas não só rotineiros, mas também em casos de intercorrência e para proteger a população dos riscos desses tipos de exames”, explicou.

O projeto determina condições para o exercício destas atividades: o profissional deve ter um diploma de ensino superior com grau tecnólogo ou técnico em radiologia. A supervisão da proteção e aplicação das técnicas desta área bem como coordenação dos técnicos em radiologia, deve ser feita exclusivamente pelo tecnólogo em radiologia e na ausência deste profissional, deve atuar o técnico.

Riscos

O técnico em radiologia, Rudge Ventura, ressalta a importância do projeto de lei para evitar complicações pela operação incorreta destes aparelhos. “É necessário ter muito cuidado nessa área, saber das técnicas, as posições corretas, para que o paciente não corra o risco de ter alguma complicação”.

Rudge alerta que a atuação de pessoas fora da área pode colocar em risco os pacientes expostos aos aparelhos, como vem ocorrendo em outros estados, por isso a necessidade de respaldar esta classe. Segundo ele, erros na intensidade da radiação podem acarretar em efeitos nocivos imediatos ou tardios, como o câncer.

O projeto está em tramitação pelas comissões permanentes da Assembleia Legislativa para, sem seguida, ser votado em plenário.

 

Texto: Vanessa Brito

Foto: Eduardo Andrade

SupCom ALE-RR