Parlamentar disse que o governo federal está inerte perante a situação de Pacaraima e de Roraima como um todo.
Após uma visita realizada no último sábado a Pacaraima, na fronteira com a Venezuela, o deputado Renato Silva (PRB) denunciou nesta terça-feira (30), na Assembleia Legislativa, a cobrança de uma espécie de pedágio pela guarda venezuelana em uma estrada alternativa que liga os dois países.
Há mais de um mês a “fronteira oficial” está bloqueada, a mando de Nicolás Maduro, para impedir a entrada dos produtos e, segundo o presidente venezuelano, de uma consequente interferência externa.
Ao apresentar fotos da movimentação nesta barreira improvisada, Renato Silva afirmou que os militares venezuelanos estariam cobrando R$50 para quem quer cruzar a fronteira. Segundo ele, o movimento no local é intenso. “A fronteira não está fechada. Ela está fechada para quem quer entrar legalmente. Os bandidos estão entrando normalmente no país e o nosso Exército está omisso”, criticou.
O parlamentar continuou as críticas ao governo federal ao afirmar que enquanto há contratos milionários para a manutenção de abrigos a imigrantes venezuelanos, a assistência aos brasileiros tem sido precária por parte das autoridades federais. “Eu vejo uma solução: parar de atender os imigrantes. Atender primeiro os roraimenses e, se sobrarem vagas, atendemos os venezuelanos”, sugeriu, se referindo principalmente ao sistema de saúde.
O deputado Renan Filho (PRB) fez um aparte no qual citou a visita de uma comitiva de deputados federais, liderada por Eduardo Bolsonaro (PSL), filho do presidente da República Jair Bolsonaro (PSL). O parlamentar relembrou que várias outras comitivas formadas por ministros e outras autoridades federais já vieram ao Estado para conhecer o problema. “Tomara que esta comitiva não seja igual a tantas outras que já vieram ao Estado, voltaram a Brasília e não fizeram nada”.
Texto: Yana Lima
Foto: Jader Souza
SupCom ALE-RR