Na sessão plenária desta quarta-feira (26), o deputado Nilton Sindpol (Patri) subiu à tribuna da Assembleia Legislativa de Roraima para relatar a preocupação com o valor cobrado pelas empresas contratadas pela Operação Acolhida, para fornecer alimentação aos imigrantes venezuelanos nos abrigos do Estado.
De acordo com o parlamentar, as empresas são dos estados do Ceará e São Paulo. Ele comparou o valor cobrado pelas empresas com o valor gasto com a alimentação no sistema prisional de Roraima. “O sistema prisional gasta, com 3 mil pessoas, o valor de R$51.800 por dia. A operação Acolhida gasta, com 7 mil venezuelanos, R$ 190.400 por dia. É grande a quantidade de pessoas que chegam todo dia”, enfatizou.
Os gastos com a alimentação, segundo Nilton, não contribuem para o desenvolvimento do Estado, tendo em vista que as empresas contratadas não são daqui. “Foi promessa de campanha do governador Antônio Denarium valorizar o empresariado local e, realmente, precisamos fazer com que esses empresários sejam contemplados para a geração de emprego e renda”, disse.
Sobre o sistema prisional, o deputado falou também que as unidades não comportam a quantidade de presos. “Um jornal de grande circulação no Estado publicou que no sistema prisional já tem mais de 300 venezuelanos presos. O Estado não tem mais como receber uma média de 1 mil venezuelanos por dia”, destacou.
Ainda sobre a segurança, Nilton relatou que as polícias Civil e Militar estão sucateadas. Ele comentou que são os servidores que compram as resmas de papel, toner, o que é atribuição do Governo do Estado.
Texto: Jéssica Sampaio
Foto: Alex Paiva
SupCom ALE-RR