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Falta de insumos e pessoal deve adiar abertura do Hospital de Campanha, afirma Jalser

Preocupados com a morosidade na abertura da Área de Proteção e Cuidados, mais conhecida como Hospital de Campanha, o presidente da Assembleia Legislativa de Roraima, Jalser Renier (SD), e o deputado federal Ottaci Nascimento (SD), se reuniram com o coordenador da Operação Acolhida, general Antônio Manoel de Barros, no início da tarde desta segunda-feira (1º). Preocupa os deputados o fato de que o pico da doença está previsto para meados de junho, sem uma resposta efetiva por parte do Governo do Estado. Na reunião, os parlamentares constataram que a estrutura está praticamente pronta, mas sem condições de funcionar nesta semana.

Segundo Jalser Renier, foi constatado na reunião que um dos fatores que impedem a inauguração do hospital é a capacitação dos profissionais que trabalharão no local, o que levará mais de uma semana. O atendimento está previsto para iniciar com 80 leitos, e pode chegar a 800 na medida em que forem alocados os insumos e corpo clínico. A estimativa de pessoal para a equipe clínica é de 2.154 profissionais, incluindo médicos, profissionais da enfermagem, fisioterapeutas, entre outros, além de 250 profissionais no corpo administrativo.

Os parlamentares visitaram a estrutura do local, que está praticamente pronta para iniciar seu funcionamento. “Fiquei impressionado com as instalações do hospital não apenas pelo seu tamanho, mas pela organização e zelo com que a equipe comandada pelo general Barros conduziu esse projeto. Como cidadão de Roraima, fico triste em constatar que esta estrutura já poderia estar salvando vidas, ao mesmo tempo fico feliz em ver o desprendimento e o compromisso do general Barros e do Exército Brasileiro em salvar vidas não só agora na pandemia, mas depois da crise, oferecendo a estrutura para a população de Roraima”, disse Jalser Renier.

Durante a reunião foram discutidas ainda questões como a contratação de médicos estrangeiros e o modelo de gestão da Saúde como um todo. Jalser voltou a criticar a assistência aos pacientes com covid no Governo do Estado, e pontuou que a proposta apresentada pelo Exército desde o princípio concentraria o tratamento do covid no Hospital de Campanha e deixaria o Hospital Geral de Roraima para atendimento de outras patologias.

O presidente lembrou que o Estado já recebeu ajuda de R$ 147 milhões para despesas do Estado e que vão chegar mais R$ 219 milhões para combate ao coronavírus, o que seria suficiente para cobrir o investimento do Estado, cerca de R$ 7 milhões por mês, e ainda sobrar mais dinheiro para ações em outros hospitais.

O general Barros apresentou o Plano Emergencial do Contingenciamento para Covid-19, com normas gerais para prevenção, controle e tratamento da doença adotados pelo Exército. Este plano de ação iniciou em fevereiro, bem antes da confirmação do primeiro caso em Roraima, e o protocolo é atualizado semanalmente desde então.

Pelos dados fornecidos pelo coordenador da Operação Acolhida, desde o dia 20 de abril a unidade já teria condições de funcionar com os primeiros 80 leitos, mas isso não ocorreu porque o Governo do Estado não cumpriu sua parte no acordo. Ele informou ainda que o Estado receberá ainda 80 respiradores, frutos de uma parceria do Ministério da Saúde com o Hospital Sírio Libanês.

SupCom ALE-RR

Foto: Tiago Orihuela

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