Muitas gargalhadas, reflexões e autoconhecimento. Foi assim a tarde desta quinta-feira (9) das servidoras da Assembleia Legislativa de Roraima (ALE-RR), ao participarem da palestra “Você não é o que você pensa, você é o que mentaliza”, proferida pelo hipnólogo e doutor em biociências André Faria Russo, promovida pela Escolegis, no Plenário Valério Caldas Magalhães.
O evento foi transmitido ao vivo pela TV Assembleia (57.3) e continua disponível nas redes sociais do Poder Legislativo (@assembleiarr). A presidente da Escola do Legislativo, Catarina Guerra (União), abriu e participou de todo o evento.
“O resultado foi superpositivo, com muita emoção, um mix de sentimentos que foi florido, questionado e apresentado de forma inédita. A Escolegis pensou em algo diferente para que a gente pudesse dar às nossas servidoras uma programação que segue em ato contínuo ao longo do mês, que aproxime ainda mais, valorize e fortaleça as mulheres”, disse a presidente, ao anunciar que nesta sexta-feira (10) a atividade vai mexer com as emoções externas, ensinando as mulheres a misturar cores e a fazer a automaquiagem.
Durante a palestra, Russo despertou as participantes sobre os sentimentos que estão no subconsciente e são inerentes à pessoa, como medo, raiva, alegria e nojo. “O subconsciente se ativa para auxiliar na sobrevivência da pessoa”, disse.
Destacou que há sentimentos que são construídos, como tristeza, saudade, indiferença e amor, portanto, são escolhas, que podem ter resultados positivos ou negativos. “O nosso foco foi um passeio pela mente humana. Como ela funciona? O quanto a gente tem controle sobre nossos sentimentos, nossas emoções e, principalmente, o que isso influencia no nosso comportamento. Será que realmente a gente tem consciência de tudo que a gente faz ou será que realmente nós disparamos algumas informações e a nossa mente vai interpretando da maneira que é mais conveniente?”, questionou as mulheres, levando-as à reflexão.
A hipnose ocorre quando a consciência está alterada. Russo disse que quando procuramos um objeto, que muitas vezes está em nossas mãos e não conseguimos perceber, estamos sob efeito da hipnose, e que esse transe momentâneo ocorre “para que as pessoas não sejam consumidas pela estafa”. Os sentimentos aflorados quando se assiste a um filme também é um efeito de hipnose, “bem como não ouvir alguém nos chamando quando estamos presos a alguma atividade que capta nossa atenção, como um homem assistindo a um jogo de futebol”.
André Russo disse que a palestra também o surpreendeu pelo nível de interação das participantes. “A única coisa que não posso reclamar foi de envolvimento, todo mundo se entregou 100%. Todas as nossas decisões são motivadas por emoções. Não existe gente totalmente racional, as pessoas têm medo de falar sobre suas emoções. Hoje, quem fez essa viagem pelo subconsciente e conseguiu entender, pelo menos um pouquinho, como funciona cada uma delas, sabendo que não temos o controle de tudo, poderá ter 1% de controle sobre suas emoções”.
Atividade
Uma das partes mais divertidas foram os exercícios que levaram ao estado de hipnose, tanto os realizados com toda a plateia quanto os feitos com cinco participantes que se voluntariaram.
Uma das participantes disse que o nome dela era “Catarina Guerra, uma das deputadas mais bem votadas”; a outra, sob o comando de Russo, ao falar o nome dos dias da semana, quando chegava na sexta-feira, tossia e pulava automaticamente para o sábado; outra servidora esqueceu o próprio nome, enquanto uma delas só queria rir e cheirar a mão do palestrante.
A servidora Ana Santos, que trabalha na Escolegis, foi uma das hipnotizadas pelas técnicas de Russo. Durante dez minutos, ela encarou uma roqueira e simulava tocar bateria. Depois, sentiu calor, frio e disse que era a deputada Catarina Guerra.
Durante a entrevista, ela ficou emocionada e não parava de chorar. “A gente chega sempre com muita expectativa para assistir à palestra do André. Hoje, simplesmente me surpreendeu, foi algo inexplicável porque alimentamos algo que não procede, mas que foi criado, implantado na gente. E isso é uma verdade, crescemos e evoluímos com sentimentos que não tínhamos. Essa é a minha segunda experiência e a leveza que temos é indescritível”, relatou.
Texto: Marilena Freitas
Fotos: Eduardo Andrade/ Marley Lima
SupCom ALE-RR