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ATAQUES EM ESCOLAS
Catarina Guerra reflete sobre situação e pede aos pais mais atenção aos filhos

A situação de insegurança que ronda a sociedade motivada pelos recentes ataques a escolas, aliada às novas ameaças anunciadas para esta semana, levou a deputada Catarina Guerra (União) a usar a tribuna na sessão ordinária desta terça-feira (18) da Assembleia Legislativa de Roraima (ALE-RR) para falar que está preocupada.

O receio levou a parlamentar a fazer várias reflexões e a pedir aos pais que revisem o papel que estão desempenhando junto aos filhos. O discurso dela pode ser visto e conferido na íntegra nas redes sociais da Casa Legislativa (@assembleia), tanto no Facebook quanto no YouTube.

“Ontem, me vi imbuída de um sentimento muito triste como mãe de duas filhas em idade escolar, de 7 e 10 anos, numa insegurança que amedrontou e acometeu o Brasil ao longo dessas três semanas, que é a violência nas escolas empregada pelos nossos alunos, crianças e adolescentes. E a gente está vivendo um caos por causa do 20 de abril, que é nesta semana”, disse, com a voz embargada.

Catarina ressaltou que desde o primeiro ataque passou a fazer reflexões sobre essa situação que deixou toda a sociedade vulnerável, com sentimentos de terror. “Reflexões de uma cobrança externa, de querer buscar um culpado, impor uma obrigação a alguém quando às vezes essa obrigação é nossa. Fiz essa reflexão dentro de casa para saber se tenho feito meu papel como mãe, em fiscalizar, acompanhar e me fazer presente na escola e na agenda das minhas filhas”, questionou-se.

 

Ela lembrou que o Estado está agindo com celeridade ao implementar medidas que visem à segurança nas escolas, desde a Operação Escola Segura, logo após os ataques, e com o anúncio feito pelo governador, Antonio Denarium (PP), na tarde de segunda-feira (17), do Programa Polícia na Escola, que prevê a presença de policiais dentro e fora das escolas estaduais. O decreto foi assinado durante a inauguração do Complexo Esportivo Rivaldo Neves, no Parque Anauá, e em breve será publicado no Diário Oficial do Estado (DOE).

Apesar de todas as ações, há um sentimento de medo entre as pessoas. A parlamentar observou a insegurança nas filhas ao questionarem “para que a polícia na escola?”. Apesar de explicar que seria uma forma de dar mais segurança à sociedade em geral, o temor permanecia na pergunta.

“A gente se vê em um sentimento de explicar, em que a forma que talvez eu possa utilizar irá amedrontar as minhas filhas, gerando nelas o sentimento de que poderiam estar inseridas numa insegurança de conviver, talvez, com o massacre que ocorreu em outros locais. Aquela percepção da minha filha vi no medo dela em questionar o porquê, porque ela escuta, vê e a gente tem essa conversa dentro de casa”, ressaltou, ao salientar que esse sobressalto é um problema que aflige toda a população, que está resultando em um impacto negativo na vida das crianças e adolescentes.

Para Catarina, as ações de segurança que estão em curso possibilitam à sociedade se sentir mais segura. “Temos que fazer o nosso dever dentro de casa, assumindo a nossa responsabilidade, que é hoje o motivo que me faz usar esta tribuna. Que a gente reflita, como pai, como mãe. Talvez você se desdobre em até quatro funções, mas não vamos ser omissos nessa parte. A educação não pode ser jogada para a escola, tem que ser dividida com a responsabilidade e os limites de cada um. Nós, pais, temos muitas dessas obrigações, então reflita se não está deixando falhar”, alertou.

“Não importa a dificuldade que cada um enfrenta, mas se desdobre mais um pouquinho para se fazer presente numa reunião escolar, para conferir a mochila dos seus filhos, ter um diálogo e até mesmo acompanhar quem é o colega da classe, independentemente da idade que seu filho tenha. Vamos começar dentro de casa, vamos fazer diferente, para que a gente tenha a paz, que é o caminho que a gente vai buscar”, recomendou, ao refletir sobre o papel da família.

Texto: Marilena Freitas

Fotos: Alfredo Maia / Marley Lima

SupCom ALE-RR

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