A Procuradoria Especial da Mulher (PEM) da Assembleia Legislativa de Roraima (ALE-RR) realizou na manhã desta segunda-feira (10) uma panfletagem na Defensoria Pública do Estado de Roraima (DPE-RR) e no Fórum Criminal de Boa Vista, ambos instalados no bairro Caranã, zona Oeste da cidade. O intuito da ação foi informar a população sobre os serviços ofertados pela instituição, que cuida da proteção da mulher vítima da violência doméstica.
“Ao entregar os panfletos e explicar sobre os tipos de violência doméstica, divulgamos tanto as ações do Chame quanto do Reconstruir para que tenham ciência do trabalho e nos procurem. Escolhemos o Fórum porque aqui o fluxo do público masculino é grande. Então, a intenção é informá-los que podem nos procurar, independentemente de serem encaminhados pela Justiça”, explicou a diretora do Chame, Hannah Monteiro.
O professor Eugênio da Silva Martins tem 52 anos e mora na comunidade Sucuba, município de Alto Alegre, a 76 km de Boa Vista, onde leciona em turmas do ensino médio. Conhecer mais detalhadamente o trabalho da Procuradoria foi importante para ele disseminar informações aos jovens.
“Achei interessante esse trabalho, e toda a sociedade precisa saber dessas informações, pois tem muita gente que passa por violência doméstica. Vou repassar aos alunos, porque eles precisam desse conhecimento, então vou divulgar esse trabalho”, disse.
O professor, ao manusear o panfleto e identificar o telefone dos programas permanentes, disponível à população, disse que vai solicitar palestra para a comunidade. “Vou entrar em contato para levar palestra e assim conscientizar a população”, afirmou.
A dona de casa Ivaneide Souza Pereira, ao ser abordada pelas equipes, não somente aprovou a iniciativa como decidiu ser multiplicadora do “basta à violência doméstica”, pedindo mais panfletos para distribuir na comunidade em que mora e nas adjacências. Ela mora no interior, no Projeto Recriar, que fica no Alto Alegre, e já conhecia o trabalho.
“A gente fica sabendo de casos de violência e não sabe de que forma pode ajudar, muitas vezes por falta de conhecimento, então vou levar os panfletos para informar outras pessoas, mulheres, crianças. Costumo ter contato com muita gente e ouço relatos de vida bem sofridas, com filho, marido, enteado. Não batem, mas tem agressão verbal. Às vezes não sabem por onde começar, então tem que ter alguém para ajudar. Eu me interesso muito por essa área, porque meu sonho era ser assistente social, então tenho um pouco de conhecimento”, contou.
O Reconstruir e o Chame possuem uma rede de apoio multidisciplinar com assistentes sociais, psicólogas e advogados para acolhimento e orientação. Os atendimentos presenciais funcionam das 8h às 17h30, sem intervalo para o almoço, na sede localizada na avenida Santos Dumont, nº 1470, bairro Aparecida. O acolhimento via Zap Chame é feito 24 horas por dia, inclusive aos fins de semana e feriados, por meio do número (95) 98402-0502.
Texto: Marilena Freitas
Fotos: Jader Souza
SupCom ALE-RR