Flor, que dá nome ao grupo, nasce da lama e ressurge como símbolo de pureza e renovação – Criação: Abraão Borges/ SupCom ALE-RR
As mulheres vítimas de violência doméstica e familiar que queiram buscar o amor-próprio e o autoconhecimento, poderão trocar experiências junto ao Grupo Terapêutico Flor de Lótus – Olhe-se com amor!, da Secretaria Especial da Mulher (SEM), da Assembleia Legislativa (ALE-RR), inaugurado nesta quarta-feira (27).
A missão primordial do grupo é “curar” as participantes, conforme destacou a psicanalista clínica da SEM, Janaína Nunes, uma das mediadoras dos temas durante os encontros. “Eu falo para elas que aqui é como uma UTI [Unidade de Terapia Intensiva]. Nós vamos fazer um trabalho que seria de mais ou menos um ano e meio a dois anos”, frisou.
Ao todo, serão 13 reuniões que irão abordar diversos temas relacionados ao contexto de vida em que as participantes estão inseridas, além daqueles que visam aumentar sua autoestima, muitas vezes, abalada pelo companheiro ou ex-companheiro.
“Vamos falar sobre formação da personalidade, se houve alguma implicação durante esse processo e se eles perduram até hoje, sobre individualidade e o ser sujeito. Também sobre amor-próprio e autoestima, porque muitas pessoas têm conceitos distorcidos do que são, alguns transtornos mentais prevalentes, como ansiedade e depressão, empreendedorismo, saúde mental, entre outros”, pontuou Nunes.
Ao final, as participantes deverão entregar uma espécie de autobiografia, que será escrita com o auxílio da equipe multidisciplinar da SEM, como uma forma de redescobrimento de potencial e qualidades até então desconhecidos.
Os encontros ocorrerão todas as quartas-feiras, das 9h às 10h, na sede do próprio órgão, que
funciona na Avenida Santos Dumont, 1470, Aparecida, de segunda a sexta-feira, das 8h às 18h. Mais informações também podem ser obtidas pela ferramenta ZapChame no número (95) 98402-0502.
O símbolo
O lótus foi escolhido para nomear o grupo por ser uma flor que tem um simbolismo forte, conforme a psicanalista.
“Ela emerge de um lamaçal e na cor branca. Para muitas religiões orientais, simboliza pureza, ou seja, o real ícone: ela saiu da lama, do sofrimento, de todo aquele processo que trazia tristeza e submergiu uma flor linda e pura. Por isso, nós escolhemos esse nome: para dizer a essas mulheres que, apesar do sofrimento, podemos reluzir na sociedade.”
Texto: Suzanne Oliveira
Fotos: Jader Souza
SupCom ALE-RR