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CONSCIENTIZAÇÃO
Chame leva conhecimento sobre Lei Maria da Penha à Escola Estadual Senador Hélio Campos

Alunos do 3º ano do ensino médio assistem à palestra educativa promovida pela Secretaria Especial da Mulher do Poder Legislativo – Eduardo Andrade/SupCom-ALE-RR

A Escola Estadual Senador Hélio Campos, na zona Oeste de Boa Vista, recebeu na manhã desta sexta-feira (19) uma palestra do Centro Humanitário de Apoio à Mulher (Chame) e do Núcleo Reflexivo Reconstruir. As entidades, ambas vinculadas à Secretaria Especial da Mulher (SEM), da Assembleia Legislativa de Roraima (ALE-RR), uniram forças para conscientizar os estudantes do 3º ano do ensino médio sobre a violência de gênero e os diferentes tipos de violência previstos na Lei Maria da Penha (Lei nº 11.340/2006).

A advogada Rayssa Veras, do Chame, desmistificou a ideia de que a violência contra a mulher se limita apenas à agressão física, apresentando os diversos tipos previstos na lei: física, psicológica, sexual, patrimonial e moral.

Advogada do Chame, Rayssa Veras, apresenta tipos de violência contra mulher previstos na Lei Maria da Penha – Eduardo Andrade/SupCom-ALE-RR

Com exemplos práticos e linguagem coloquial, a advogada prendeu a atenção dos alunos, convidando-os a refletir sobre a realidade vivenciada por muitas mulheres. “Essa não é uma realidade distante. Ela pode acontecer com qualquer pessoa, com uma vizinha de vocês, por exemplo”, alertou.

“Quando a gente fala de violência, pensa geralmente na física. E o que acontece é que as mulheres que nos procuram nem imaginam que existem outros tipos, como a psicológica, que começa a diminuir a autoestima da mulher. Também existe a moral, aquele comportamento que diminui a honra da mulher”, esclareceu Veras.

No segundo momento da dinâmica, os alunos conheceram a estrutura de apoio especializado presencial, remoto e gratuito da SEM que, composta por psicólogos, assistentes sociais e advogados, oferece acolhimento às vítimas e acompanhamento especializado no Chame, enquanto o Núcleo Reflexivo Reconstruir atende os autores de violência por meio de orientações, palestras e rodas de conversa.

Comandante do corpo de alunos, Major Briglia, experiente policial militar com 30 anos de serviço, reconheceu a Lei Maria da Penha como um marco na luta contra a violência doméstica e familiar e avaliou positivamente a ação da SEM. Para ele, a divulgação permanente da lei contribuirá significativamente para a redução dos índices de violência, especialmente entre os mais jovens.

Comandante do corpo de alunos, Major Briglia acredita que divulgação ostensiva da Lei Maria da Penha contribuirá para redução dos índices de violência doméstica e familiar – Eduardo Andrade/SupCom-ALE-RR

“A Lei Maria da Penha é de 2006, sendo uma legislação recente criada em resposta à cultura da violência contra a mulher. Ao longo do tempo, tem revolucionado a atitude do homem. Como policiais, atendemos muitas ocorrências e realmente percebemos que é um problema familiar enraizado na cultura. Com o tempo, essa lei pode mudar certas atitudes, mas com a educação desde cedo para nossas crianças e jovens, isso pode mudar e reduzir significativamente os índices de violência”, disse esperançoso.

Por sua vez, a diretora do Chame, Hannah Monteiro, salientou a importância de levar ações de conscientização para os jovens estudantes da periferia de Boa Vista.

 

Diretora do Chame, Hannah Monteiro, salienta importância de levar ações de conscientização para jovens estudantes da periferia de Boa Vista – Eduardo Andrade/SupCom-ALE-RR

“Estamos expandindo nossas palestras para os bairros mais vulneráveis, pois observamos que os índices de violência são mais altos nessas áreas. Apesar de a violência estar presente em todos os lugares, é crucial prestarmos atenção especial a essa população, esclarecendo seus direitos e deveres”, destacou a diretora.

Sobre a SEM

A Secretaria Especial da Mulher (SEM-ALE-RR) tem como objetivo promover a igualdade de gênero e o empoderamento das mulheres vítimas de violência doméstica e familiar.

Uma das suas missões é incentivar mulheres a romper ciclos de violência e outras violações de direitos, oferecendo atendimento multidisciplinar (psicológico, social, jurídico, orientação e informação).

Atendimento Presencial:

•   Boa Vista: Avenida Santos Dumont, nº 1470, bairro Aparecida. Segunda a sexta-feira, das 8h às 18h (sem intervalo para o almoço).

•   Rorainópolis: Núcleo da Secretaria Especial da Mulher, na Rua Senador Hélio Campos, sem número, BR-174. O atendimento multidisciplinar funciona de segunda a sexta-feira, das 8h às 18h.

 

Atendimento Remoto:

•    ZAP CHAME: Por meio do número (95) 98402-0502, qualquer pessoa pode denunciar ou pedir ajuda. O informante não precisa se identificar, e a mensagem é mantida em sigilo absoluto. Técnicas do Chame orientam de acordo com as demandas. Os atendimentos ocorrem 24 horas por dia, inclusive sábados, domingos e feriados.

Texto: Suellen Gurgel

Fotos: Eduardo Andrade

SupCom ALE-RR

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