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‘IncluirPod’
Com participação de ouvintes e convidados, primeiro episódio de podcast da Rádio Assembleia tira dúvidas sobre TEA

Podcast foi gravado no Estúdio Márcia Seixas, da Rádio Assembleia, 98,3FM e está disponível no canal do YouTube do Poder Legislativo – Jader Souza/SupCom ALERR

Para esclarecer dúvidas sobre o autismo e como parte da programação alusiva ao Abril Azul, mês de conscientização sobre o TEA (transtorno do espectro autista), a Rádio Assembleia (98,3 FM) apresentou, na tarde desta sexta-feira (19), o primeiro episódio do podcast “IncluirPod”, com participação da deputada Angela Águida Portella (Progressistas), mães de filhos autistas, psicólogo, neuropediatra e ouvintes que entraram ao vivo durante a programação, que pode ser conferida no endereço https://www.youtube.com/watch?v=zmKuS89UMIA.

 

Diretora da Rádio Assembleia, Camila Dall’Agnol, que também é mãe de autista, conduziu podcast – Jader Souza/SupCom ALERR

A diretora da Rádio Assembleia, Camila Dall’Agnol, que também é mãe de autista, conduziu o podcast com o tema “Campanha Abril Azul: conscientização sobre o autismo”, promovida pela Assembleia Legislativa de Roraima (ALE-RR), por meio do Centro de Acolhimento ao Autista (Teamarr), ligado ao Programa de Atendimento Comunitário.

 

 

 

Deputada Angela Águida Portella: ‘O podcast com essa temática da inclusão tem um valor imenso, até porque é uma forma que temos para quebrar tabus e desfazer muitos mal-entendidos’ – Jader Souza/ SupCom ALE-RR

“Esse podcast com a temática da inclusão tem um valor imenso, até porque é uma forma que nós temos de quebrar tabus, desfazer muitos mal-entendidos e gerar empatia por meio de conhecimento. A ideia é tratar deste assunto em todos os espaços, seja na escola, na igreja, associação, Assembleia Legislativa, meios de comunicação, até que a gente tenha consciência do valor da inclusão”, disse a deputada, que preside o Programa de Atendimento Comunitário e foi a idealizadora do Teamarr.

A neuropediatra Charlote Buffi explicou se tratar de um tema amplo por haver muitas possibilidades de manifestação de atraso no desenvolvimento.

Neuropediatra Charlote Buffi: ‘É importante saber que existe tratamento, e que o transtorno não é uma doença, mas uma condição que nasce com a criança’ – Jader Souza/SupCom ALERR

“Duas coisas são bem importantes. A primeira é a gente saber que as crianças têm um desenvolvimento natural, que deveria ser muito fluido, mas que às vezes atrasa. Portanto, precisamos ficar alerta, porque é possível que essa criança seja autista. É necessário investigar e não achar que é coisa de criança, da idade. Outro ponto muito importante é que existe tratamento, mesmo que não seja como a gente imagina. Transtorno não é uma doença, é uma condição que nasce com a criança. Temos muitas possibilidades de melhorar esses comportamentos, auxiliando-a a desenvolver as potencialidades que tem”, esclareceu Charlote.

A jornalista Priscila Menezes tem dois filhos e ambos são autistas. Durante o IncluirPod, ela falou um pouco sobre sua vivência e os cuidados com eles por causa do TEA, e contou que tinha receio de ser mãe de criança especial.

Jornalista Priscila Menezes: ‘Se Deus lhe confiou essa missão, é porque você vai conseguir cumpri-la’ – Jader Souza/SupCom ALERR

“Quando fiquei gestante, pensava: ‘Meu Deus, que meus filhos venham saudáveis, porque cresci ouvindo a frase ‘‘se tiver saúde, tá tudo bem’’. Hoje, digo às pessoas: ‘Se Deus lhe confiou essa missão, é porque você vai conseguir cumpri-la’”, relembrou.

Essa mudança de pensamento nasceu do convívio com o casal de autistas. “Inicialmente, a gente não sabe como vai lidar com a situação. Mas Deus não escolhe os capacitados, ele capacita os escolhidos, e hoje eu me sinto assim, uma pessoa que é capacitada para cuidar de duas crianças. Não é fácil, mas é possível. Acredito que com amor a gente supera qualquer barreira”, reforçou.

Ao ser indagado sobre como a família deve lidar com o autismo, do ponto de vista emocional, o psicólogo Wagner Costa destacou que essa adaptação começa com a busca de informação, e que a iniciativa da Rádio Assembleia é muito importante para disseminar conhecimento.

Psicólogo Wagner Costa: ‘A maior dificuldade das famílias é aceitar e compreender essa realidade, porque isso também retarda o diagnóstico’ – Jader Souza/SupCom ALERR

“Para comunicar algo a alguém, tem que ter contexto, e esse projeto vai levar isso às famílias. A maior dificuldade delas é aceitar e compreender essa realidade, porque isso também retarda os diagnósticos, uma vez que a família quer tentar encontrar outras soluções. Quanto mais clareza, mais as pessoas vão compreendendo, vão investir na criança para que ela consiga se desenvolver ao máximo. Quando não se aceita, é porque não se tem conhecimento”, concluiu.

 

 

 

 

Os registros fotográficos do podcast IncluirPod estão disponíveis no Flickr do Poder Legislativo no link: https://www.flickr.com/photos/alrr/albums/72177720316332406.

 

 

 

Texto: Marilena Freitas

Fotos: Jader Souza

SupCom ALE-RR

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