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DOENÇAS DERMATOLÓGICAS
Lei estadual conscientiza sobre uso do protetor solar e outros cuidados com a pele

Uso constante do protetor solar previne câncer e envelhecimento precoce da pele – Eduardo Andrade/SupCom ALE-RR

O câncer de pele não melanoma é o mais comum no Brasil e, até 2025, estima-se que ele seja o responsável por mais de 30% do total de casos de tumores malignos, conforme o Instituto Nacional de Câncer (Inca). No entanto, há grandes chances de cura se detectado e tratado precocemente.

Devido à Lei n⁰ 1.141/2016, da ex-deputada Lenir Rodrigues, a primeira semana de maio é dedicada à conscientização sobre doenças dermatológicas. Entre os objetivos estabelecidos pela norma, como o uso do protetor solar, há também o esclarecimento quanto às causas das doenças, tratamentos adequados e necessidade de apoio familiar e comunitário aos pacientes.

De acordo com a dermatologista Danielle Abdala, as doenças de pele mais comuns na Região Norte são o câncer de pele não melanoma e o melasma, ocasionados pela exposição excessiva ao sol; doenças causadas por bactérias, como a hanseníase e a leishmaniose; além de outras que não têm relação com o clima: psoríase e a dermatite de contato (causada por agentes como plantas, produtos químicos etc.).

Ao contrário dessas duas últimas, que não têm cura, mas podem ser controladas, Danielle destaca a importância de consultar um especialista pelo menos uma vez ao ano para prevenir as demais doenças, caso o paciente não possua alguma queixa. Ela recomenda ainda o uso de protetor solar.

Dermatologista Danielle Abdala aconselha a evitar uso de receitas caseiras disponíveis na internet – Eduardo Andrade/SupCom ALE-RR

“Mas se surgir alguma lesão na pele que ocasione coceira, sangre com facilidade, não cicatrize há mais de um mês ou apareça uma pinta que está mudando de cor ou crescendo, é sempre bom dar uma olhada, mesmo que não tenha completado um ano que você foi ao médico. É muito importante na nossa região que a gente use protetor solar. A incidência dos raios solares é muito alta. É necessário reaplicá-lo ao longo do dia”, ressaltou a especialista explicando que o produto deve ser passado nas áreas do corpo descobertas e se evitar o uso de receitas caseiras disponíveis na internet.

Ainda segundo ela, os cânceres de pele não melanoma têm um prognóstico melhor de cura, normalmente por meio de cirurgia, diferentemente dos melanomas que requerem outras terapias. Porém, para ambos se deve dar continuidade ao tratamento para se chegar à cura.

“São doenças que precisam ser tratadas por médicos e ter a continuidade do tratamento para que o paciente não tenha uma reincidência. Também sempre lembrar que a pele do lado que desenvolveu o câncer é a mesma que pode desenvolver do outro lado no futuro. É preciso manter esse acompanhamento”, concluiu.

Sistema público

Em Roraima, o Instituto de Prevenção “Hospital de Amor”, vinculado ao Hospital de Barretos, realiza exames de mamografia e preventivo (Papanicolau) e avaliação dermatológica, específica para o câncer de pele. Os serviços são 100% gratuitos e não precisam de um encaminhamento prévio. O local é especializado nas áreas desde 2021.

Conforme Letícia Moreno, enfermeira da unidade, os agendamentos iniciais são feitos de forma presencial. “Depois que o paciente fizer algum exame aqui na unidade, ele poderá agendar outro por telefone”, informou.

Sobre a avaliação dermatológica, Moreno explica que qualquer pessoa que tenha alguma lesão suspeita e queira passar por avaliação, passará primeiro por uma triagem.

Letícia Moreno, enfermeira do ‘Hospital de Amor’ – Eduardo Andrade/SupCom ALE-RR

“Nessa triagem, é identificado se há lesões que são possíveis cânceres de pele ou que possam vir a desenvolver. Feito isso, o paciente é encaminhado à dermatologista. Com ela, é feita uma avaliação diferente e específica, e são feitos procedimentos como biópsia ou crioterapia. Caso seja diagnosticado [o câncer], a gente também tem aqui os procedimentos cirúrgicos para a remoção da lesão”, detalhou.

Para casos de tratamento de câncer de mama ou do colo do útero que não sejam benignos, o paciente é encaminhado para a Unidade de Alta Complexidade em Oncologia de Roraima (Unacon), unidade referência no tratamento das doenças, que funciona no Hospital Geral de Roraima (HGR).

O “Hospital de Amor” funciona de segunda a quinta-feira, das 7h às 18h, e às sextas-feiras, das 7h às 17h, sem intervalo para almoço. O prédio está localizado na Via das Flores, bairro Pricumã. Mais informações pelo número (95) 3621-5001.

Texto: Suzanne Oliveira

Fotos: Eduardo Andrade

SupCom ALE-RR

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