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CONTRAPOSIÇÃO
Coronel Chagas defende governador de Roraima em pronunciamento na tribuna da ALE-RR

Nesta terça-feira (28), por aproximadamente uma hora, o deputado Coronel Chagas (PRTB) usou a tribuna do Plenário Noêmia Bastos Amazonas, da Assembleia Legislativa de Roraima (ALE-RR), para defender o governador Antonio Denarium (Progressistas) de acusações feitas por Jorge Everton (União) durante entrevista a uma rádio local ocorrida no domingo (26).

Segundo Chagas, o colega de parlamento, pelo qual ressaltou ter respeito e admiração ao longo de 20 anos de amizade e apoio, usou palavras duras contra o governador.

“Entre as tantas coisas ditas afastadas da verdade, está sobre a prisão de dois sobrinhos do governador, comparado a Pablo Escobar, aquele que foi o maior traficante e assassino da Colômbia. Fazer oposição é uma coisa, atacar a honra é outra”, disse Chagas.

Na sexta-feira (24), dois sobrinhos de Antonio Denarium foram presos com armas e drogas na zona rural de Boa Vista.

“O governador, em nenhum momento, interferiu nas ações da polícia. Se houvesse interferência, como a oposição fala, alguém acredita que essa operação teria acontecido? No governo Denarium, nunca houve ingerência nesse tipo de ação, mesmo quando se tem parente envolvido”, justificou Coronel Chagas.

Outro assunto abordado por Jorge Everton na entrevista tratou da possível criação de uma CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) para apurar a posse irregular de terras em Roraima. A proposta seria a ALE-RR investigar os processos de regularização fundiária e supostos casos de grilagem no Estado.

Coronel Chagas defendeu que a atual gestão foi a que mais titulou terras desde a criação do Estado de Roraima em 1988.

“Em 2021, após mais de 12 anos de espera, o termo de doação da Gleba Baliza foi assinado pelo governo Denarium e a União. Lembram como era a regularização das terras antes da atual gestão e das ações da Policia Federal no Iteraima? São mais de 20 mil títulos expedidos e com processo legal, seguindo as normas da legislação”, afirmou, lamentando que uma área específica tenha causado um mal-entendido.

“Na verdade, o que tem causado essa celeuma é o Projeto de Lei (PL) 002/2024, do Executivo, cuja finalidade é alterar a política fundiária, atualizar as leis de terras de Roraima, corrigir injustiças da União com o Estado, reduzir as desigualdades, além de mudar a redação com a adição de parágrafos em 15 artigos”. Conforme explicou o parlamentar, isso servirá para desburocratizar os procedimentos administrativos para titulação de terras e abrir possibilidades de crédito para os produtores. “Sou relator desse projeto e asseguro que não trata nada sobre gleba”, assegurou.

Em aparte, o deputado Jorge Everton afirmou que durante a entrevista apresentou “coincidências” ligadas ao governador. “Eu deixei claro que está me assustando como Roraima está sendo conduzido. O Estado não é terra sem lei e não será”, disse ele, citando casos de apreensão de drogas em áreas de fazendas do governador, a prisão de parentes e a cassação do chefe do Poder Executivo.

“Sei que o senhor está fazendo seu papel de líder [da base] e reconheço tudo de bom que ele [governador] fez pelo nosso Estado.  O que eu não aceito é ele querer botar panos quentes. Isso tudo que eu falo aqui é a ponta do iceberg, pois o que está por vir ainda é muito grave”, complementou Everton.

 

Ainda em relação à situação das terras, a deputada Aurelina Medeiros (Progressistas) ressaltou a preocupação sobre o entendimento das pessoas quanto ao PL nº 002/24. “Posso mostrar que a Gleba Baliza está toda demarcada com topografia. O Estado já pediu toda a documentação”. A parlamentar solicitou uma reunião com o Incra (Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária) para entender a documentação dos destaques.

Para o deputado Marcelo Cabral (Cidadania), nos últimos anos, Roraima teve as terras valorizadas com o programa “Aqui tem Dono”. “Dos dez governadores que passaram, ele [Denarium] foi o que mais deu garantia ao produtor de ter o seu documento”, concluiu.

 

 

Texto: Yasmin Guedes Esbell

Foto: Eduardo Andrade / Nonato Sousa

SupCom ALERR

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