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NO CENTRO CÍVICO
Secretaria Especial da Mulher reforça campanha de combate à violência doméstica em parceria com PMRR

Equipe da SEM, em parceria com a PMRR, realizou panfletagem em alusão ao ‘Agosto Lilás’ – Alfredo Maia/SupCom ALE-RR

A Secretaria Especial da Mulher da Assembleia Legislativa de Roraima (SEM/ALE-RR) realizou nesta quarta-feira (7) uma panfletagem em alusão ao Agosto Lilás, em parceria com a Polícia Militar de Roraima (PMRR). A distribuição de material informativo sobre os serviços do Chame (Centro Humanitário de Apoio à Mulher) ocorreu em frente ao semáforo da Catedral Cristo Redentor, no Centro Cívico, onde também foram expostas faixas sobre o combate à violência contra a mulher.

A data simboliza uma conquista alcançada pelas mulheres vítimas de violência, pois, há exatos 18 anos, a Lei Maria da Penha foi sancionada. A norma prevê medidas protetivas para o rompimento do ciclo de violência, além de impedir que o agressor cometa outros crimes e tipos de agressão, como a psicológica, sexual ou patrimonial.

Para a secretária Especial da Mulher, deputada Joilma Teodora (Podemos), o combate à violência de gênero “é uma luta incansável”.

 

 

 

‘É uma luta incansável’, vislumbrou a deputada Joilma Teodora sobre o combate à violência de gênero

“Infelizmente, precisamos fazer muitos trabalhos voltados à segurança da mulher e, hoje, estamos em parceria com a PM, em diversos pontos da cidade. O poder público está unido para, a cada dia, lutar contra a agressão. Não podemos cruzar os braços. Eu sempre falo que o silêncio é o aliado do agressor. Então, vamos nos juntar: mulheres a favor das mulheres e, homens, vamos defendê-las. Todos os dias é dia de dizer não à violência contra a mulher”, declarou Teodora.

A diretora da SEM, Glauci Gembro, informou que a SEM promove diversas ações ao longo do ano, porém, este mês é o momento de enfatizar a causa devido à campanha “Agosto Lilás”.

‘Estamos aqui para conscientizar a população de que a violência pode ser comum, mas não é normal’, disse a diretora da SEM, Glauci Gembro

“Reforçamos a importância do combate à violência doméstica e familiar. Estamos aqui para conscientizar a população de que a violência pode ser comum, mas não é normal. Durante o dia, a rede de proteção à mulher estará em vários locais da cidade, também fazendo esse trabalho de entrega de material informativo e falando não à violência contra a mulher”, destacou, acrescentando que as vítimas devem entender que o serviço público é uma mão estendida para elas, e que nenhuma mulher deve se calar.

O comandante-geral da PM, coronel Miramilton Goiano destacou que a corporação entende que as atividades de combate não podem ocorrer apenas este mês, mas durante o ano todo.

‘A PM está imbuída em trabalhar na redução desses índices’, informou o comandante-geral, coronel Miramilton Goiano

“A PM está imbuída em trabalhar na redução desses índices. Em março, foram lançados a operação ‘Rubi’ e o programa ‘Ronda Ame – Maria da Penha’, que tem um atendimento múltiplo e especializado e que visa fortalecer o elo que a PM trabalha, pois a violência contra a mulher não começa a partir do momento em que ela liga para o 190, mas sim antes”, explicou ao ressaltar que a PM, através da Ronda, fará o acompanhamento da vítima durante meses se for necessário, com as visitas solidárias.

O trabalho da PM congrega não apenas a repressão como também a prevenção. Essa mobilização acontece por meio de palestras em escolas sobre a Lei Maria da Penha, os tipos de violência doméstica e alertando sobre a identificação de um relacionamento abusivo, tal qual reforçado pelo Chame.

‘Trabalho da PM não congrega apenas a repressão, mas também a prevenção’, evidenciou a major da PM, Ana Cláudia Mourão

“São várias as temáticas abordadas com crianças e adolescentes com o objetivo de prevenção. Também realizamos visitas solidárias. Uma vez que essa mulher sofreu algum tipo de violência, a polícia se desloca até sua casa, apresenta a ela a rede de proteção, que é composta por uma série de instituições, e a insere na rede para que ela receba proteção e assistência adequadas do Estado e o ciclo de violência cesse a partir desses atendimentos”, explicou a major PM Ana Cláudia Mourão.

Os alunos do terceiro ano do ensino médio da Escola Estadual Lobo D’Almada também participaram da corrente de combate. A estudante Yanka Ohara, de 18 anos, acredita que os jovens têm o poder de mudar os altos índices de violência sendo mais ativos em ações do tipo.

Estudante Yanka Ohara, de 18 anos, acredita que jovens têm o poder de mudar os altos índices de violência participando de ações de combate

“São extremamente importantes essas ações, porque sabemos que a violência contra a mulher está aí e a gente tem que trabalhar de perto sobre esses casos. Os jovens podem ajudar. Muitas vezes, a gente pensa que basta somente conscientizar, mas só que a gente não age, não participa de ações diretas como essa de hoje. Eu acho muito importante que os jovens tenham essa consciência, porque vai moldando a sociedade futura, para que os casos venham a se tornar menos recorrentes”, avaliou.

A SEM tem como objetivo principal o acolhimento e orientações às vítimas de violência doméstica. Também possui o Centro Reflexivo Reconstruir, que reintegra os agressores e os fazem repensar suas atitudes. Ambos são realizados por uma equipe multiprofissional, composta de advogados, psicólogos e assistentes sociais. Recentemente, foi criado o grupo terapêutico “Flor de Lótus”, pelo qual as vítimas buscam autoconhecimento, compartilham e trocam experiências.

A SEM funciona na Avenida Santos Dumont, 1470, bairro Aparecida. Os atendimentos presenciais ocorrem de segunda a sexta-feira, das 8h às 18h, ou pelo ZapChame no (95) 98402-0502. O órgão também possui uma unidade em Rorainópolis, na Rua Dra. Yandara, 3058, Centro, que funciona de segunda a sexta-feira, em horário comercial.

Agosto Lilás

A campanha é uma iniciativa criada pelo governo brasileiro para conscientizar sobre o combate à violência doméstica e familiar contra a mulher, reprimir ou, pelo menos, reduzir os casos no Brasil. Durante o mês, são efetivadas ações de informação sobre como identificar os tipos de violência, onde procurar as redes de apoio e canais de denúncias. Diversas atividades são realizadas para promover a causa e pôr fim ao crime de gênero.

Texto: Suzanne Oliveira

Fotos: Alfredo Maia | TV Assembleia

SupCom ALE-RR

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