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DIA ESTADUAL DO MÚSICO MILITAR
Data celebra legado cultural e aproximação da Polícia Militar de Roraima com sociedade

O Dia Estadual do Músico Militar, instituído pela Lei nº 1.269/2018 e comemorado nesta sexta-feira (22) em Roraima, homenageia aqueles que unem a disciplina ao talento musical.

A data, proposta pelo deputado Soldado Sampaio (Republicanos) e pelo ex-deputado Oleno Matos, coincide com o Dia de Santa Cecília, padroeira dos músicos, e marca também o aniversário da Banda de Música da Polícia Militar, reconhecida como patrimônio cultural imaterial do Estado na mesma lei.

Além da celebração, o momento é uma oportunidade de refletir sobre a contribuição dos músicos militares para a cultura roraimense, a sociedade e a própria corporação. Para o presidente do Poder Legislativo, Soldado Sampaio, a norma mostra que, por trás das fardas, há músicos comprometidos em fazer a diferença na sociedade também na cultura.

Presidente do Poder Legislativo, deputado Soldado Sampaio (Republicanos), é um dos autores da lei que instituiu homenagem ao músico militar – Jader Souza/ SupCom-ALE-RR

A Polícia Militar não é apenas ostensiva, realizando patrulhamento para tornar os lares roraimenses mais seguros. Com sua banda, a música humaniza e aproxima ainda mais a corporação da sociedade; por isso, a valorização desses profissionais é tão essencial”, destacou.

Ser maestro é o ápice da minha carreira’

Inspirado por herança familiar, maestro Calu transforma sua paixão pela música em elo entre disciplina militar e expressão cultural – Eduardo Andrade / SupCom-ALE-RR

Um dos exemplos dessa contribuição é a trajetória do major Cristiano Calu, maestro da banda e integrante da Polícia Militar. Inspirado pelo pai, o tenente Calu, que era músico militar, o maestro transformou o sonho de infância em realidade. “Minha história com a música começou cedo, aos 13 anos, tocando em igrejas. Quando via meu pai vestindo a farda e indo trabalhar, aquilo me encantava”, relembrou.

A herança familiar foi determinante para moldar sua carreira, que teve início quando ingressou na corporação no ano 2000. “Os irmãos do meu pai e meus avós também eram músicos. Comecei na música de forma autodidata, ou melhor, de maneira empírica. E meu pai, sendo músico, transmitiu seus conhecimentos para mim e para meus irmãos em casa”, disse.

Como maestro, Calu domina múltiplos instrumentos, incluindo trombone de vara, violão, bateria e contrabaixo. “Ser maestro é o ápice da minha carreira. Passei anos sendo conduzido e sempre sonhei em alcançar esse posto”, concluiu orgulhoso.

Ser músico militar é a realização de um sonho de infância’

Kleiton Medeiros, aluno do Curso de Habilitação de Oficiais (CHO), é integrante da banda há 11 anos. Desde os 13 anos, o militar se interessa pela música e estudou na Escola de Música do Estado de Roraima. Após integrar bandas juvenis e a orquestra estadual, ele viu seu sonho se realizar ao ingressar na Banda de Música da Polícia Militar em 2013.

Há 11 anos, Kleiton realiza sonho de infância de integrar banda militar, unindo técnica e dedicação – Jader Souza/ SupCom-ALE-RR

Para um músico de instrumento de sopro, o ápice da carreira é fazer parte de uma banda militar. Ser músico militar era um sonho de infância para mim, especialmente porque acompanho a banda de música desde os meus 13 anos. Realizar esse sonho e fazer parte da banda é algo que me engrandece tanto como músico como profissional”, contou Kleiton, que toca saxofone, flauta transversal e teclado.

Força e arte

A Banda de Música da Polícia Militar de Roraima, reconhecida como patrimônio cultural imaterial do Estado, tem 34 anos de trajetória marcada pela excelência musical e pelo compromisso social. O conjunto ultrapassa os limites dos quartéis, participando ativamente de eventos comunitários, concertos, cerimônias oficiais e colaborando com outras instituições, como a banda do Exército e a orquestra da Força Aérea Brasileira, expandindo sua influência cultural.

Segundo o comandante-geral da Polícia Militar, coronel Miramilton Goiano, a banda representa muito mais do que uma simples formação musical. A instituição utiliza a música como uma linguagem universal para promover a aproximação e o respeito com a sociedade.

A importância está no fato de que a banda ajuda a aproximar a Polícia Militar da comunidade. Nosso papel vai além de servir e proteger: por meio da música, conseguimos tocar os corações das pessoas e transmitir emoções. Isso mostra que, dentro da Polícia Militar, existe algo além da força — existe a arte. A música é um dom de Deus, e é muito gratificante ter esses profissionais compondo a nossa corporação”, ressaltou o coronel

Texto: Suellen Gurgel

Fotos: Jader Souza / Eduardo Andrade

SupCom ALE-RR

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