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TERAPIA ABA
Tratamento de custo elevado é ofertado gratuitamente no Centro de Acolhimento ao Autista da ALE-RR

Terapia ABA tem mudado de forma significativa o comportamento de pessoas atípicas atendidas pelo Teamarr – Foto: Marley Lima/SupCom-ALE-RR

A vida da vendedora Orleane Mesquita mudou completamente há dois anos, quando ela descobriu que a filha, Ohana, tem autismo. Desde então, Orleane iniciou a busca por atendimento especializado e encontrou no Centro de Acolhimento ao Autista da Assembleia Legislativa de Roraima (Teamarr/ALE-RR) uma oportunidade valiosa. A unidade se destaca pelo atendimento multidisciplinar, que inclui, de forma gratuita, a Terapia ABA, considerada uma das mais recomendadas por especialistas.

A sigla ABA vem do inglês Applied Behavior Analysis, que significa “Análise Comportamental Aplicada”. Trata-se de uma abordagem terapêutica baseada em princípios científicos do comportamento, que visa melhorar a qualidade de vida de pessoas com autismo.

Durante o tratamento, que desenvolve habilidades de comunicação, controle emocional e interação social, Orleane observou mudanças significativas na filha, atualmente com 4 anos. As transformações deram à mãe mais confiança em relação ao futuro da pequena.

Orleane Mesquita diz que a Terapia ABA mudou a vida da filha autista – Foto: Marley Lima/SupCom-ALE-RR

Trouxe uma mudança gigantesca na minha vida porque, antes, ela tinha alguns comportamentos bem difíceis de lidar. Por meio da Terapia ABA, aliada às aulas de Educação Física, ela mudou drasticamente. As crises diminuíram em 90%”, detalhou.

Com custo que pode ultrapassar R$ 30 mil, dependendo do número de sessões, a Terapia ABA é inacessível para muitas famílias. No entanto, o Teamarr oferece o método gratuitamente para cerca de 100 crianças atendidas na unidade, transformando vidas.

Eu penso que a oferta da terapia é algo extraordinário, porque, assim como eu, muitas mães precisam ter acesso a esse tratamento. A Terapia ABA traz justamente isso: a melhoria da qualidade de vida da criança. Eu acredito que é a abordagem que melhor funciona para crianças atípicas. Se mais famílias tivessem acesso, teríamos resultados incríveis”, destacou Orleane.

Desenvolvendo habilidades

Na prática, a Terapia ABA se baseia em evidências científicas e estratégias da análise comportamental para identificar lacunas no desenvolvimento infantil. A partir disso, o profissional elabora intervenções específicas para tratar essas crianças, conforme explicou a servidora do Teamarr, Diana Xaud.

A psicóloga Diana Xaud destaca a importância do método e do atendimento multidisciplinar – Foto: Marley Lima/SupCom-ALE-RR

“Verificamos os déficits e os excessos comportamentais que estão prejudicando o desenvolvimento da criança. A partir dessa análise, traçamos um plano de intervenção para desenvolver as habilidades atrasadas e reduzir os excessos comportamentais que, muitas vezes, dificultam a socialização e a comunicação funcional”, explicou.

A especialista ressaltou que o atendimento multidisciplinar do Teamarr é outro diferencial, contribuindo para o desenvolvimento integral dos pacientes. Atualmente, o local oferece serviços nas áreas de Pedagogia, Psicopedagogia, Psicologia, Neuropsicologia, Educação Física, Terapia Ocupacional, Fonoaudiologia, Nutrição e Assistência Social.

Pode acontecer de uma criança precisar de mais de um especialista. Por exemplo, pacientes com dificuldades motoras ou de fala podem necessitar de acompanhamento de um educador físico ou fonoaudiólogo, junto com um psicólogo. Quando a criança é atendida por uma equipe, os avanços tendem a ser mais rápidos e consistentes”, pontuou.

Teamarr

O Centro de Acolhimento ao Autista (Teamarr) assiste cerca de 700 pessoas, por meio de atendimentos na unidade e projetos externos. O local atende desde crianças a partir de 1 ano e 6 meses até adultos.

Para receber a assistência, o responsável deve comparecer à sede, localizada na Avenida Santos Dumont, nº 1193, bairro São Francisco, em Boa Vista. É necessário apresentar o RG e o CPF do paciente, além de um laudo ou relatório clínico ou escolar que indique a necessidade de investigação de atipicidade. Após essa etapa, o paciente será convocado para iniciar o atendimento, conforme a disponibilidade de vagas.

Texto: Bruna Cássia

Fotos: Marley Lima

SupCom ALE-RR

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