A ação “Tamo Junto, o que você sente importa”, promovida pela Superintendência de Saúde e Medicina Ocupacional da Assembleia Legislativa de Roraima (ALERR), fechou a campanha alusiva ao mês Setembro Amarelo nesta terça-feira (30), com atividades motivacionais para os estudantes do ensino médio da Escola Estadual Major Alcides, no bairro Asa Branca, zona Oeste de Boa Vista.

Durante todo o mês, a equipe percorreu Unidades de Ensino pelo Estado como forma de acender o alerta para Saúde Mental, onde buscar ajuda e o que fazer diante dos sintomas de depressão e ansiedade. E para atrair a atenção dos estudantes com idade entre 15 a 18 anos, promoveu rodas de conversas em formato talk show e, ainda, dinâmicas interativas.
A superintendente de Saúde e Medicina Ocupacional da ALERR, Camila Costa, falou do resultado positivo da ação, tendo em vista o formato inovador utilizado pela equipe para abordar um tema delicado com a juventude.

“Algumas instituições, inclusive no interior do Estado, nos procuraram para receber o nosso projeto, orientações e acolhimento, até porque nós temos uma dinâmica diferenciada. Então, estamos organizando o nosso calendário para que a ação possa perdurar o resto do ano”, disse.
E para tratar de Saúde Mental, o “Tamo Junto” contou com a participação da psicóloga do Núcleo de Saúde da ALERR, Kamila Trajano. Ela reforçou a prevenção como a melhor alternativa, quando o assunto é saúde mental.

“Nosso foco é o bem-estar dos jovens, o aprimoramento do autoconhecimento, o manejo de algumas técnicas especiais, de forma que eles aprendam e possam replicar no dia a dia. A participação de todos os jovens foi excelente. Tivemos um retorno mais do que o esperado e para nós, foi muito satisfatório ver esse engajamento deles”, destacou.
Formação positiva
A coordenadora pedagógica da Escola Major Alcides, Maria Orlene de Oliveira, declarou que ações como essas são mais que bem-vindas, contribuindo de forma positiva para o bem-estar mental dos alunos.

“Essas conversas fazem com que os alunos consigam adquirir mais confiança e a certeza de que eles não estão sozinhos nessa luta. Eles precisam saber que podem encontrar caminhos para superar a dor que sentem. Então, estamos à disposição para atender às necessidades deles, levando em conta o grande índice de jovens que são diagnosticados com ansiedade, depressão e outras situações agravantes”, ressaltou.
A aluna do 1° ano do ensino médio, Larisa Raquel Duarte, de 16 anos, revelou que já tentou tirar a própria vida. Emocionada, a adolescente relatou a busca pela fé nesse episódio mais difícil da vida, até então.

“Devemos compartilhar as coisas que aprendemos, pois ninguém sabe o suficiente sobre tudo. Por isso, gosto de compartilhar as coisas pelas quais passei, porque já tentei tirar a minha vida e sei o quanto isso é ruim e doloroso. É muito difícil passar por isso e não ter uma rede de apoio. Acredito que compartilhar experiências salva vidas. Me sinto muito mal quando vejo que pessoas perderam a vida por coisas mínimas, porque não receberam a atenção suficiente ou não tiveram com quem desabafar. É muito triste. Hoje, me sinto liberta, pois busquei a Deus e a ser uma pessoa melhor”, declarou a jovem.
A aluna Letícia Linhares, de 18 anos, contou que já conviveu com colegas que passaram por situações complicadas e indicou a buscar por ajuda de profissionais.

“Já tentei ajudar de alguma forma, falando para a pessoa buscar a ajuda de um profissional, mas, não há como intervir muito quando não se tem muita aproximação com a pessoa. Acho que a família é uma das principais rede de apoio que pode auxiliar alguém nesse processo, mesmo, às vezes, os jovens tendo vergonha de contar o que sentem”, pontuou.
Texto: Suzanne Oliveira
Fotos: Jader Souza
SupCom ALE-RR





