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ATENÇÃO ÀS MULHERES
ALERR reforça ações do Outubro Rosa e políticas de combate ao câncer de mama

Neste mês, a Assembleia Legislativa de Roraima (ALERR) intensifica as ações voltadas à saúde da mulher dentro da campanha Outubro Rosa, movimento internacional que chama a atenção para a prevenção e o diagnóstico precoce do câncer de mama. Mais do que promover eventos simbólicos, a Casa Legislativa também se destaca por ter instituído um conjunto de leis e projetos que asseguram políticas públicas permanentes de apoio às mulheres durante o tratamento da doença.

Deputado Soldado Sampaio reforça compromisso com a saúde da mulher

O presidente da Assembleia Legislativa, deputado Soldado Sampaio (Republicanos), ressalta que o compromisso da Casa é contínuo. “O Parlamento tem buscado fortalecer políticas públicas que deem respostas concretas às mulheres. Nossa prioridade é garantir prevenção, diagnóstico rápido e tratamento digno. O Outubro Rosa é um marco de conscientização, mas nossas ações se estendem ao longo de todo o ano, frisou.

Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), o câncer de mama é o mais incidente entre as mulheres no mundo, com mais de 2,3 milhões de novos casos por ano. No Brasil, o Instituto Nacional de Câncer (Inca) estima cerca de 73 mil diagnósticos anuais, sendo a principal causa de morte por câncer no público feminino.

Em resposta a essa realidade, a Casa Legislativa aprovou leis específicas para ampliar a proteção às mulheres e garantir o acesso mais rápido ao tratamento. Um exemplo é a Lei Ordinária nº 1.891/2023, que criou o Programa de Apoio à Saúde da Mulher e obriga a realização do exame de mamografia em até 30 dias após a solicitação médica. Já a Lei nº 1.863/2023, instituiu a Política Estadual de Prevenção, Detecção Precoce e Início de Tratamento do Câncer de Mama, que busca garantir que o atendimento seja feito de forma mais organizada e eficiente em todo o estado.

Outras normas também fortalecem essa rede de cuidados, como a Lei nº 1.746/2022, que assegura prioridade no acesso a exames de mamografia para mulheres de 40 a 70 anos ou com histórico familiar da doença. A Lei nº 1.289/2018, por sua vez, garante às pacientes o direito à cirurgia plástica reparadora da mama pela rede pública de saúde em casos de mutilação provocada pelo tratamento oncológico, além da possibilidade de mamoplastia redutora em situações específicas.

História de superação

A cabeleireira Yalila Rojas descobriu o câncer de mama após sentir uma dor no braço, que ela pensava ser consequência de seu trabalho diário. Ao procurar atendimento médico, os exames revelaram um tumor em estágio inicial.

A cabeleireira Yalila Rojas venceu o câncer com apoio e coragem

Fiquei desesperada com o diagnóstico, mas meus filhos me apoiaram. Quando o cabelo começou a cair, meu filho sugeriu raspar. Depois, minha irmã, minha nora e todos fizeram o mesmo, e isso, com certeza, me fortaleceu bastante”, relembrou.

Hoje, já recuperada, Yalila frisa a importância de procurar ajuda médica o quanto antes. Ela lembra que fazia o autoexame, mas não sentia nada de diferente nas mamas. Mesmo assim, o câncer já estava presente.

Se eu tivesse demorado mais, seria muito pior. A prevenção e o diagnóstico precoce salvaram minha vida. Por isso, digo a todas as mulheres: façam seus exames regularmente e não deixem para depois”, aconselha.

De médica a paciente

A ginecologista Daniela Araújo também recebeu o diagnóstico de câncer de mama, experiência que mudou a forma de enxergar a medicina. Já acostumada a orientar pacientes sobre a prevenção e o tratamento da doença, ela afirma que, ao se tornar paciente, percebeu o impacto emocional e a relevância do acolhimento.

A médica Daniela Araújo viveu o câncer e hoje inspira outras mulheres

“Passei a entender melhor o que cada mulher sente ao receber o diagnóstico. Isso me motivou a falar mais sobre o tema e a orientar com mais cuidado”, destacou.

Recuperada, a médica também afirma que a chave está na detecção precoce e no autocuidado. Ela explica que, a partir dos 40 anos, é essencial fazer o exame de mamografia todos os anos e, em casos de histórico familiar, a atenção deve começar ainda mais cedo.

“Os sinais não devem ser ignorados, como nódulos, secreções, vermelhidão ou alterações no formato da mama. Afinal, o corpo dá sinais e ouvi-los faz toda a diferença. Quando descoberto cedo, o câncer de mama tem mais de 90% de chances de cura”, informou.

Outras ações da Assembleia Legislativa

Além da função legislativa, o parlamento roraimense mantém programas de acolhimento e solidariedade. Um exemplo é o “Mechas da Esperança”, coordenado pela Secretaria Especial da Mulher (SEM), que já produziu mais de 140 perucas a partir de doações de cabelo. Elas são entregues gratuitamente em pontos de apoio, como o Centro Oncológico de Roraima (Cecor), Hospital de Amor, a Liga de Combate ao Câncer (LRCC) e a própria secretaria.

A diretora da SEM, Glauci Gembro, destaca o impacto do projeto “Mechas da Esperança”

“Essas perucas ajudam na autoestima durante a quimioterapia. E para ter acesso a elas, não há burocracia: basta procurar um dos locais e retirar gratuitamente a peruca feita com carinho e solidariedade”, ressaltou a diretora da SEM, Glauci Gembro.

A Superintendência de Saúde e Medicina Ocupacional da ALERR também prepara uma programação especial. No próximo dia 16, será realizado um mutirão exclusivo para servidoras da Casa em parceria com o Hospital de Amor, com a realização de exames de mamografia e atividades de bem-estar.

A superintendente de Saúde da ALERR, Camila Costa, falou das ações de saúde e bem-estar para servidoras neste mês de outubro

“Será um dia de cuidado integral, com exames, serviços de saúde e um grande laço humano cor-de-rosa formado pelos servidores, simbolizando a união contra a doença. Também vamos levar ações ao interior, buscando atendimento para moradoras de diferentes municípios”, informou a superintendente Camila Costa.

Texto: Anderson Caldas

Fotos: Eduardo Andrade, Marley Lima e Alfredo Maia

SupCom ALE-RR

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