“Volto a dizer, o momento é de união, se cruzarmos os braços, a escuridão vai tomar conta do estado de Roraima”, disse o deputado.
Durante a sessão plenária desta terça-feira, 28, na Assembleia Legislativa de Roraima, o deputado Izaias Maia (PT do B), usou a tribuna para comentar uma reportagem local sobre a retomada das obras do Linhão de Tucuruí, que deve interligar Roraima ao Sistema Nacional de Energia.
Durante o pronunciamento, Izaias considerou um avanço o fato das autoridades estarem novamente se preocupando com a situação energética de Roraima, mas por outro lado, levantou questionamentos sobre a capacidade atual do Linhão de Guri, localizado na Venezuela, e atualmente responsável pelo abastecimento energético do Estado. Segundo o parlamentar, estaria operando com menos de 2% da capacidade. “A Venezuela funciona cinco dias e para por dois dias. Como ela vai continuar fornecendo energia sem ter?”, questionou.
A nova previsão para a interligação de Roraima a Tucuruí, conforme detalhou o Izaias Maia, é 2021, mas ele disse ainda que não entraria em detalhes sobre a afirmação dada na reportagem, pois prefere esperar pela próxima audiência pública para discutir o tema com as autoridades e público interessado. “Volto a dizer, o momento é de união, se cruzarmos os braços, a escuridão vai tomar conta do estado de Roraima”, reforçou.
AUDIÊNCIA PÚBLICA – No inicio deste mês, Izaias Maia solicitou, por meio de requerimento, a realização de audiência pública para discutir a situação energética de Roraima. No documento que solicita e justifica a realização do evento, o deputado chama à atenção para o pedido de rescisão de contrato da empresa Transnorte Energia S.A (TNE), protocolado na Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL). Esta empresa seria a responsável pela construção do Linhão de Tucuruí, que interligaria o Estado ao Sistema Nacional de Energia (SNI).
A audiência ainda não tem data para ocorrer e o requerimento está em tramitação na Casa, mas estão convidados, além de toda a população de Roraima que tenha interesse em participar das discussões, órgãos responsáveis pelo setor energético do Estado.
Por Tarsira Rodrigues
SupCom/ALE-RR