Procon Assembleia e Banco do Brasil se reúnem para tratar sobre transtornos causados a clientes

Segundo Hayza de Melo, da coordenadoria jurídica do Procon Assembleia, muitas pessoas fizeram saques e os caixas ficaram desabastecidos.

Para tratar sobre as denúncias da má prestação de serviços de autoatendimento nos caixas eletrônicos do Banco do Brasil, no último fim de semana, o Procon Assembleia e a Superintendência da instituição financeira em Roraima estiveram reunidos, nessa quinta-feira, 7. O encontro foi consequência das inúmeras reclamações de clientes do banco, que procuraram o órgão de defesa do consumidor do Poder Legislativo, para pedir providências.

Hayza de Melo, da coordenadoria jurídica do Procon Assembleia, que participou da reunião, informou que a Superintendência do Banco do Brasil explicou que o problema da falta de dinheiro que ocorreu no fim de semana nos caixas, foi em razão do pagamento do salário dos servidores municipais, estaduais e do crédito social, na mesma data. O governo do Estado, pelo calendário de pagamento, depositaria o salário nas contas dos servidores no dia 3 de abril, mas antecipou para o sábado, dia 1º.

“Então, muitas pessoas fizeram saques e os caixas ficaram desabastecidos. A Superintendência do Banco do Brasil disse que os caixas de autoatendimento são abastecidos de segunda a sexta-feira, mas, se no final de semana ocorrer algum problema, como faltar dinheiro, faltar o comprovante de pagamento impresso ou aconteça um problema técnico que deixe inoperante o caixa, esses serviços só serão solucionados no primeiro dia útil da semana seguinte, pois não tem como fazer essa manutenção no fim de semana”, disse Hayza.

Ela comentou ainda que essa situação do fim de semana passado também é consequência do fechamento de algumas agências do Banco do Brasil, o que acarretou no acúmulo de clientes nas poucas unidades que estão funcionando.

“Em resposta ao Procon Assembleia, a Superintendência da instituição financeira garantiu que vai entrar em contato com o Governo do Estado, para solicitar que efetue o pagamento dos servidores estaduais conforme o calendário já divulgado ou, se porventura resolver antecipar para um fim de semana, que comunique com antecedência a gerência do banco. Vai pedir ainda que esse pagamento não seja feito na mesma data do crédito social”, finalizou Hayza.

Por Edilson Rodrigues

SupCom/ALE-RR

NA ASSEMBLEIA Audiência pública cria grupo para avaliar leis que preservam o lavrado de Roraima

“Temos que pensar nas gerações de hoje e de amanhã”, disse o bispo Dom Mário.

A Assembleia Legislativa de Roraima (ALERR) realizou, na manhã desta sexta-feira, 07, uma audiência pública para debater sobre o meio ambiente em Roraima, tendo como abordagem principal o bioma regional por conta dos lavrados, vegetação existente apenas em Roraima. A audiência foi proposta pelo deputado Evangelista Siqueira (PT), após uma reunião na Diocese de Roraima sobre o tema da Campanha da Fraternidade 2017: Os Biomas Brasileiros e a Defesa da Vida.

Órgãos ambientais das esferas municipal, estadual e federal, pesquisadores, representantes de Organizações não-Governamentais (ONGs), de instituições de ensino e de entidades religiosas participaram do evento. O resultado da audiência foi a criação de um grupo de trabalho heterogêneo, composto por representantes dessas entidades, que fará um estudo sobre a legislação do meio ambiente com relação à preservação do lavrado de Roraima.

“Saímos daqui com uma carta compromisso, com um grupo de trabalho que vai se encontrar para fazer a seguinte reflexão: As leis e normativas que existem no Estado de Roraima em nível municipal, estadual e federal contemplam a preservação total do nosso lavrado? Que outras normativas e leis precisam ser criadas, se é que precisam, para melhorar a preservação do nosso ecossistema? Este é o encaminhamento final da audiência que terá sequência com esse grupo de trabalho”, explicou o deputado Evangelista Siqueira.

O resultado desse estudo será apresentado à população e ao Poder Legislativo. “Ao final deste estudo apresentaremos tanto para as instituições e a sociedade, quanto para a Assembleia Legislativa, o resultado deste trabalho”, disse, ao avaliar a audiência como positiva, uma vez que esta Casa cumpriu sua missão em ouvir as pessoas sobre os temas comuns que abordam e permeiam o cotidiano.

O bispo de Roraima, Dom Mário Antônio da Silva, disse que a audiência foi importância porque se discutiu a situação, não somente no âmbito político, mas com a sociedade em geral e os representantes dos organismos governamentais e não-governamentais a problemática que envolve o meio ambiente.

“O tema da Campanha da Fraternidade 2017 é aberto para as cooperações e ações que se somam com a nossa ideologia. A igreja se preocupa com a vida, que é o dom de Deus. Nossa preocupação este ano são com os biomas brasileiros que compreendem todos os seres que vivem neste contexto. Não podemos deixar de contemplar a dignidade da vida humana e não nos preocupar com as pessoas, sobretudo, inclusive aquelas das comunidades que estão em área de degradação ambiental”, ressaltou Dom Mário.

Ele ressaltou a particularidade que envolve o bioma de Roraima por conta do lavrado, e lembrou que esse cuidado com o meio ambiente preservará também a espécie humana. “Temos que pensar nas gerações de hoje e de amanhã, para não corremos o risco de ver destruídos ecossistemas inteiros, se não mudarmos nossa maneira de agir em relação ao que foi criado e que estar a nossa disposição”, complementou.

A inspetora da Secretaria Municipal de Meio Ambiente de Boa Vista, Maria Consolata Oliveira Nobre, disse que esse já é um assunto de grande preocupação por parte da Prefeitura de Boa Vista, e que projetos são colocados em prática para amenizar esse impacto destrutivo do lavrado.

“Um dos principais projetos que desenvolvemos é na área da agricultura, mecanizando os lotes localizados nas áreas rurais de Boa Vista, para que não seja realizada a queimada na hora da limpeza do chão. Fazendo isso evitamos o fogo, principal ponto de degradação do lavrado. Além disso, fazemos campanhas educativas”, disse Consolata, ao comentar que a falta de preservação ainda é uma questão cultural, e que para mudar essa concepção demanda tempo.

O diretor de monitoramento e controle ambiental da Femarh (Fundação de Meio Ambiente e Recursos Hídricos), Mazenaldo Costa, lembrou que o órgão ambiental é responsável pela implantação e implementação das políticas públicas de meio ambiente no Estado, e que essa preservação começa na liberação do licenciamento ambiental.

Disse ainda que tem um comitê que cuida da parte de prevenção às queimadas. “A Femarth é também o órgão gestor do Comitê de Prevenção e Gestão de Combate às Queimadas no Estado de Roraima desde 1998, quando tivemos perdas econômicas e ambientais por conta do incêndio em grandes proporções. Esse comitê é que faz o planejamento estratégico do combate aos incêndios, monitora, fiscaliza e faz o planejamento prévio, principalmente neste período de estiagem”, disse.

Marilena Freitas

SupCom/ALE-RR