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Deputados rebatem declaração do presidente da Eletrobras

“Esse cidadão deve estar brincando, porque antes de cortarem o fornecimento de energia na Venezuela os apagões de energia em todo o Estado estão acontecendo”, disse o deputado Izaias.

A declaração do presidente da Eletrobras Distribuição Roraima, Anselmo de Santana Brasil, publicada em um jornal de grande circulação, de que a “estatal está preparada para atender o mercado, caso haja interrupção total do fornecimento de energia pela Venezuela”, foi rechaçada pelo deputado Izaias Maia (PT do B), que usou a tribuna e classificou a afirmação como “mentirosa”. O discurso do parlamentar teve o apoio de mais cinco parlamentares.

Izaias Maia rebateu a declaração e apontou que “contra fatos não existe argumento”, uma vez que o mesmo jornal publicou na página seguinte outra matéria mostrando que os moradores do município de Bonfim reclamam das constantes quedas de energia naquela localidade. “Esse cidadão (presidente da Eletrobras) deve estar brincando, porque antes de cortarem o fornecimento de energia na Venezuela os apagões de energia em todo o Estado estão acontecendo. Ou no Estado de Roraima só tem doido ou somente o presidente da Eletrobras está certo. Ele dizer que está tudo normal se a Venezuela cortar a energia é mentira, porque nos dois testes que foram feitos pegou fogo nas termelétricas, e estamos devendo mais de R$ 2 bilhões para a distribuidora da Petrobras que fornece o combustível para geração de energia”, disse.

O deputado Coronel Chagas (PRTB) lembrou que o Procon Assembleia notificou a Eletrobras quanto ao fornecimento de energia no Bonfim, que se comprometeu a tomar todas as medidas para resolver o problema, o que não condiz com a verdade, pois há localidades que ficam até sete dias no escuro. “No feriadão da Semana Santa, as vilas Esperança, Vilhena, São Francisco e as comunidades indígenas da região ficaram quatro dias sem energia”, disse Chagas, ao explicar que a Eletrobras ao absolver a Companhia Energética de Roraima (CERR) demitiu os servidores que prestavam serviços nas vilas do interior do Estado. “Antes das demissões, na Vila São Francisco havia três servidores e quando ocorria interrupção no fornecimento de energia elétrica, eles de imediato iam até o local e em pouco menos de uma hora resolviam o problema. A Eletrobras demitiu todo esse povo especializado e deixou apenas na sede do município uma equipe com três a quatro servidores para atender toda a região”, explicou o deputado, ao ressaltar que devido às grandes distâncias é humanamente impossível a equipe atender com qualidade todas as comunidades. “Na Vila Vilhena quando fica sem energia a comunicação também acaba e para avisar a equipe, alguém tem que ir à sede do município. A Eletrobras não está dando conta de atender. Ou recontratam esses funcionários da CERR ou o povo de Roraima ficará sem energia elétrica, muito embora haja produção suficiente de energia, mas não tem como fazer a distribuição”, disse, ao ressaltar que continuará cobrando da Eletrobras.

CORRENTE JUNDIÁ – O deputado Brito Bezerra (PP) sugeriu que os parlamentares se unam para retirar a corrente colocada pelos índios Waimiri Atroari na barreira do Jundiá, na BR-174, que impede diariamente a circulação dos veículos automotores na rodovia federal, após as 18h, e que estaria impedindo a passagem do Linhão de Tucuruí.

“O Estado não pode crescer e se desenvolver sem energia elétrica. Temos que ser mais enérgico e faço uma proposta aos deputados estaduais, federais, senadores e todos os políticos do Estado para irmos naquela barreira retirar aquela corrente, e fazer um movimento para mostrar que nós somos Brasil e que é constitucional ir e vir, direito assegurado ao nosso povo que nunca foi cumprido”, sugeriu.

Por Marilena Freitas

SupCom/ALE-RR

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