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DEPENDÊNCIA QUÍMICA – Falta apoio financeiro às entidades, diz Sampaio durante audiência pública

O evento foi conduzido pelo deputado Soldado Sampaio (PCdoB), autor do requerimento que originou a audiência.

Representantes de comunidades terapêuticas, casas de recuperação e poder público, estiveram reunidos na manhã de hoje, 19, em uma audiência pública que teve como tema Dependência Química. A ideia foi discutir alternativas para ampliar o apoio destinado à prevenção e tratamento de dependentes químicos em Roraima. 

O evento foi conduzido pelo deputado Soldado Sampaio (PCdoB), autor do requerimento que originou a audiência. “Essa é a terceira audiência que fazemos aqui na Assembleia, e podemos classificá-la como ‘audiência do comprometimento’, pois estamos mais uma vez reunidos com o intuito de cobrar dos entes governamentais, dos poderes, da sociedade e das igrejas, mais apoio à esta causa”, reafirmou o parlamentar.

Durante as discussões, as propostas que ganharam destaque foram a criação de um Fundo de Prevenção e Recuperação para dependentes químicos e a construção de uma casa para tratamento de mulheres vítimas da dependência química. Como resultado desta audiência, o deputado Sampaio detalhou que todas as propostas, sugestões e encaminhamentos, serão reunidos em uma carta que será enviada as autoridades.

Soldado Sampaio falou ainda que é necessário criar mecanismos dentro do Estado para aqueles [dependentes químicos] que realmente buscam recuperação e possam encontrar apoio para seguir até o final com tratamento. “O dependente químico precisa de alguém que estenda a mão a ele e o ajude a sair do mundo da dependência química”, ressaltou o deputado.

Sampaio afirmou que falta apoio financeiro por parte do poder público estadual e apoio de gestão junto a essas casas de recuperação e comunidades terapêuticas, pois nas duas últimas audiências públicas, o retorno que tiveram, segundo o parlamentar, não foi considerado satisfatório e tampouco atende as demandas deste segmento.

“Os apoios não avançaram, e esse pessoal [casas de recuperação e comunidades terapêuticas] merecem amparo. O agir de fato seria a liberação de recursos, disponibilização de profissionais para ajudar no atendimento aos dependentes químicos, a doação de bens para estas casas, enfim, o mínimo do mínimo para mantermos estas casas em funcionamento”, enfatizou Soldado Sampaio.

Para o presidente da Comunidade Terapêutica Fazenda Esperança – Nossa Senhora de Guadalupe em Roraima, Flávio de Jesus, a maior dificuldade hoje é a falta de apoio do Governo Estadual. “Temos convênio com o Governo Federal, mas ainda precisamos de mais ajuda principalmente para auxiliar no tratamento aos jovens”, reforçou.

Ele disse ainda que a audiência poderá ajudar também na ampliação das possibilidades para conseguirem  recursos e também na divulgação do trabalho que eles executam na fazenda. “Muitas pessoas precisam de ajuda e não sabem onde procurar, por isso estamos à disposição para ajudar quem precisa”, frisou Flávio de Jesus.

Quanto às políticas públicas no âmbito da prevenção estadual, esteve presente na audiência pública, o major Miguel Arcanjo, da Polícia Militar de Roraima (PMRR). Segundo ele, a PM trabalha desde 2001, com  o Programa Educacional de Resistência às Drogas – Proerd, que leva para escolas públicas ideias e lições focadas na questão da prevenção às drogas.

“Os policiais ensinam às crianças desde cedo, estratégicas para se protegerem contra as drogas e todo esse trabalho é feito por policiais treinados e capacitados fora do Estado, em polos nacionais do Proerd”, explicou o major, ao destacar que mais de 87 mil crianças já foram atendidas pelo programa.

Hoje em Roraima existem quatro entidades que atuam no tratamento a dependentes químicos: Casa do Pai, Fazenda Esperança – Nossa Senhora de Guadalupe, Agapão e Alto Refúgio.

Por Tarsira Rodrigues

SupCom/ALE-RR

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