O deputado falou que, se necessário, colocará emenda parlamentar a disposição do Governo para construção de um prédio do IML em Rorainópolis.
O deputado Izaias Maia (PT do B), subiu à tribuna da Assembleia Legislativa de Roraima, nesta terça-feira, 1º, munido de diversos questionamentos, segundo o parlamentar, feitos pela população, sobre temas pertinentes acontecidos no Estado, como a morte de 18 pessoas no HGR (Hospital Geral de Roraima) nas últimas semanas de julho, sobre licitação de transporte escolar, afastamento da governadora, o andamento e resultado da CPI do Sistema Prisional, entre outros.
Conforme Izaias Maia, a população tem cobrado respostas dele nos programas de rádio e TV apresentados pelo parlamentar, principalmente sobre andamentos dos trabalhos no Legislativo. O assunto em destaque foi a ausência de um Instituto Médico Legal (IML) para atender aos municípios do sul do Estado. Lembrou que há alguns meses, a mulher de um vereador daquela região morreu em um acidente de trânsito e o corpo esperou horas para remoção, porque a viatura precisa se deslocar de Boa Vista para atender as ocorrências nas cidades do interior.
O deputado falou que, se necessário, colocará emenda parlamentar a disposição do Governo para construção de um prédio do IML em Rorainópolis, o equivalente a R$ 2,5 milhões. Seguindo o conselho de um funcionário do IML em Boa Vista, sugeriu que o Estado dê condições de moradia e trabalho para que os legistas atuem diretamente naquela cidade.
O vice-presidente da Casa, deputado Coronel Chagas (PRTB), disse que, além da demora em atender as ocorrências, o povo sofre ainda mais para sepultar com a vinda do corpo para a Capital, pois a família precisará desembolsar para levar a vítima para o enterro no sul do Estado.
Coronel Chagas enfatizou que em 2015, a Assembleia aprovou a alteração no Plano Plurianual para construção de uma unidade do IML no sul de Roraima. “Com essa alteração do PPA, foi alocada emenda parlamentar, o que me parece que era de bancada, estava previsto no orçamento”, contou. E com as obras, o Executivo teria que promover ainda um concurso público para preenchimento das vagas. “E, de preferência, regionalizar as vagas específicas para Rorainópolis. Ele vai ter que trabalhar lá, no mínimo, uns cinco anos pra depois pedir transferência”, ressaltou o deputado.
Além disso, para Coronel Chagas, existe a necessidade de instalação de uma área administrativa com outros serviços, como o Instituto de Identificação para emissão de documento de identidade, ampliação da Polícia Civil com o IML, administração do presídio em construção, bem como inserir o Departamento Estadual de Trânsito (Detran). “Para que as pessoas em Rorainópolis saibam para onde se dirigir. Fica essa sugestão para que a gente discuta isso, por meio de audiência no âmbito da Comissão de Segurança ou até mesmo aqui no Plenário”, concluiu.
Ao pedir um aparte, o deputado Gabriel Picanço (PRB), informou que ainda este ano, a região sul receberá uma Unidade do Instituto de Identificação, com todos os equipamentos necessários para atender a cerca de 65 mil habitantes.
Já o deputado Joaquim Ruiz (PTN) acredita que o Governo tem respondido a população de forma contrária. Em meio aos problemas na Saúde, exemplificou, há o lançamento de um concurso público para Codesaima (Companhia de Desenvolvimento de Roraima). “O Governo responde criando um concurso público para uma empresa que não se justifica. De onde vai se tirar dinheiro? A receita está caindo, há um limite de despesas que foi aprovado no Congresso Nacional para em 20 anos não ter custeio aumentado”, disse.
Citou ainda que o Estado ganhará, em breve, um matadouro considerado um dos mais modernos no Brasil e que vai proporcionar 300 empregos diretos e 3 mil indiretos. “Quando você fala em Educação, o Governo responde com a criação de uma secretaria para dar foro especial ao presidente da CPL e criando mais 10 cargos”, lamentou.
Izaias Maia voltou a falar ainda sobre os riscos de um apagão generalizado que Roraima está propício a sofrer devido a insuficiência da energia de Guri, oriunda da Venezuela. “E vou alertar, a escuridão está tomando de conta e ninguém está se preocupando com isso, nem autoridades federais”, e teme que um boicote do governo vizinho ou falhas nas máquinas deixe o Estado às escuras.
Em relação a energia, Gabriel Picanço falou sobre a corrente que impede a passagem das pessoas por dentro da reserva indígena Waimiri-Atroari, um dos questionamentos da população, segundo Izaias. Para ele, os indígenas não são os culpados, pois estes estariam sendo moedas de troca para ONGs (Organizações Não Governamentais) que atuam lá dentro. “É um Governo Nacional fraco, ministérios fracos que se acovardam para ongs, para manifestações”, criticou.
Por Yasmin Guedes
SupCom/ALE-RR