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PAPO RETO Projeto da Assembleia Legislativa tem primeiro contato com alunos nesta segunda-feira, 14

Alunos do 7º e 8º anos do Ensino Fundamental II, da escola Estadual Dom José Nepote, localizada no bairro Pricumã, participaram na manhã desta segunda-feira (14), da primeira roda de conversa do projeto ‘Papo Reto’, da Procuradoria Especial da Mulher da Assembleia Legislativa de Roraima. A programação seguiu no turno da tarde.

O projeto ‘Papo Reto’ permanecerá na instituição até o dia 14 de setembro. Na manhã desta segunda-feira, os estudantes conheceram a Lei Maria da Penha (nº 11.340/06) e os tipos de violências sofridas pelas vítimas. Eles aprenderam ainda o que fazer ao se deparar com alguma situação do tipo.

Para o aluno Adrian Soares, de 12 anos, a conversa serviu para acrescentar mais informações sobre o que ele conhecia em relação à violência doméstica. Disse que na família, há parentes que passam e presenciam agressões físicas e psicológicas dentro de casa.

Com o ‘Papo Reto’, disse ele, colegas pensarão duas vezes antes de bater em alguém. “Pode mudar as pessoas, até para alunos que podiam bater em mulheres e com esse bate papo pode até mudar [o comportamento]”, finalizou.

A violação de direitos e a violência doméstica familiar não deixam marcas somente naquele que vê ou sente na pele, mas reflete no comportamento, no convívio social, e até mesmo no rendimento escolar. Daí a importância da iniciativa. “A criança desencadeando a consequência desses atos dentro da escola, atrapalha a aprendizagem. A maioria das vezes ela se retrai e não coloca pra fora o que está acontecendo e afeta sim, eles ficam mais depressivos”, salientou a coordenadora escolar, Gildásia Gomes.

E quando isso acontece – explicou ela, há dificuldade desse aluno procurar a orientação e quando se descobre algum fato, a situação está mais séria. Para trabalhar esse e outros assuntos dentro da escola, a instituição desenvolve um projeto antidrogas, para alertá-los sobre os perigos e consequências do consumo de produtos ilícitos para a vida deles.

“Temos que orientá-los ainda mais, mostrar as consequências no corpo humano e na vida deles”, complementou.

Por ser um projeto piloto, o ‘Papo Reto’ estará em fase de adaptações para as próximas fases e atendimentos de outras escolas. Conforme explicou a procuradora adjunta da Procuradoria Especial da Mulher, Sara Patrícia Farias, neste momento usa-se a Educação como um instrumento de alcance mais dinâmico com discentes e equipe pedagógica.  “Vamos trazer a responsabilidade para a escola no tocante a participação na frente da Rede Enfrentamento a Violência contra mulher. (…) Esse é o nosso primeiro contato e estaremos na escola todos os dias e vamos ter dois ou três contatos com as turmas, com uma hora de duração”, contou.

Por Yasmin Guedes

SupCom/ALE-RR

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