As mudanças de hábitos alimentares vêm a cada dia ganhando mais adeptos, principalmente por conta das inúmeras doenças que surgem e que requerem cuidados com a alimentação. A diabete é uma das doenças que exige um cardápio balanceado como forma de controlar a enfermidade. Foi com essa preocupação que o deputado Marcelo Cabral (PMDB) propôs um projeto de lei que determina que a rede estadual de ensino ofereça um cardápio adaptado para os alunos com diabetes.
“Essa é uma necessidade e foi um pedido feito pelas mães e pais de alunos que têm diabetes e estudam nas escolas estaduais. Então estou propondo esse projeto porque entendo que é preciso cuidar dos nossos adolescentes. Fazendo isso, quando eles ficarem idosos, terão mais saúde e viverão mais”, justificou o parlamentar.
Cabral ressaltou que a educação alimentar é uma das preocupações dele, e que deve ser colocada em prática a partir da vida infanto-juvenil. “A escola ensina a ler e a escrever, todo o ensinamento necessário para crescer. Então por que não educar também na alimentação? Um jovem e adolescente com saúde, é um idoso com saúde”, reforçou, ao salientar que o cardápio diferenciado, adequada para a realidade destes estudantes garantirá uma vida melhor e mais longa.
Conforme o projeto, a aplicabilidade da lei funcionará com a participação da escola e da família. Os pais, na hora da matrícula, já devem informar a direção da instituição de ensino que o filho é diabético.
“Esse é um trabalho de mão dupla, sociedade e escola. Não podemos cobrar somente a escola, a família tem que dá sua contrapartida, sabendo qual a situação de saúde dos filhos, e se tem alguma doença que exige cuidados especiais. Informando a situação, a escola tem a obrigação e o dever de preparar uma alimentação adequada para eles”, complementou.
Diabetes – Pesquisa do Ministério da Saúde divulgada em maio deste ano mostra que nesses últimos dez anos houve um aumento de 61,8% de pessoas com diabetes no Brasil. A pesquisa revela ainda que são mais de 14 milhões de brasileiros com a doença, sendo a prevalência de 9,9% nas mulheres e de 7,8% nos homens. No Brasil, a capital Boa-vistense é a que tem a menor prevalência com apenas 5,3 casos por 100 mil habitantes.
Marilena Freitas