Alunos de colégio militar dão exemplo de disciplina em sessão de cinema

Alegria em dose dupla. Assim foi a tarde desta quinta-feira para alunos do Colégio Militar Estadual Irmã Maria Teresa Parodi, no conjunto Vila Jardim – bairro Cidade Satélite, zona Oeste de Boa Vista, que comemoram o aniversário da estudante Nayara Cruz e assistiram o filme Liga da Justiça, no Cine Super K. A programação foi proporcionada pela Assembleia Legislativa de Roraima, por meio do programa Cine ALE Cidadania.

E logo na entrada do cinema, os 261 alunos que foram assistir ao filme demonstraram que a organização, a disciplina e o respeito ao próximo fazem parte do dia a dia deles, independente de qual seja a situação. A organização pelo fato dos estudantes fazerem fila para acessar as dependências do cinema, a disciplina em razão da posição de descanso e o respeito por baterem continência no momento em que foram recepcionados pelo presidente da Assembleia, deputado Jalser Renier (SD), pelo gestor da instituição de ensino, coronel Elson Paiva. 

Jalser Renier destacou que, entre as escolas participantes do Cine ALE, o Colégio Militar Estadual Irmã Maria Teresa Parodi é diferente de todas as escolas que já foram contempladas pelo projeto. “Uma disciplina extraordinária, uma ordem magnífica, uma limpeza muito boa. Essa escola parece que não está vivendo a situação precária da Educação do Brasil. Parabéns ao coronel Paiva por manter a organização, mas isso acontece porque ele se dedica nos três turnos, mantendo a ordem, fazendo com que essa escola seja uma das melhores de Roraima”, afirmou.

O presidente da Assembleia ressaltou que é um orgulho em saber que o Colégio Militar Estadual Irmã Maria Teresa Parodi é administrado por pessoas competentes e alunos disciplinados. “Isso faz toda a diferença na educação dos jovens, seja enquanto alunos e também como cidadãos de bem, preparados para o futuro”, comentou. Jalser Renier disse que levar o Cine ALE para essa unidade de ensino foi uma forma de reconhecer o trabalho do gestor, dos professores e servidores administrativos, bem como presentear os alunos por darem exemplo de organização, de obediência. “O Governo tem que abrir novos colégios militares, pois aonde tem o comando militar tem ordem, educação, valores. Nós já entendemos e já internalizamos isso, o que nos resta é executar e provisionar no orçamento para que o Estado possa colocar unidades com essa metodologia de ensino”, finalizou.

Coronel Paiva agradeceu o presidente Jalser Renier pela visita ao colégio, na tarde de quarta-feira, 22, e pelas palavras de reconhecimento ao trabalho desenvolvido com os estudantes do colégio. “Só temos a agradecer. Aqui temos alunos que, em razão de condições financeiras da família, não tinham entrado em um cinema para assistir um filme. Esse projeto Cine ALE não só proporciona o lazer, o entretenimento e a cultura, mas a cidadania dessa juventude ávida por conhecimento”, ressaltou o gestor.

E a alegria em dose dupla foi por dois motivos: a sessão de cinema e o aniversário da estudante do 3º ano do ensino médio, Nayara Cruz. “Nunca recebi tantos parabéns, tantos feliz aniversário. Estou muito feliz. Estar com essa turma de colegas do colégio e dentro do cinema não tem festa melhor, mas já me sinto saudosa porque estou concluindo o ensino médio e não serei mais aluna do Irmã Maria Teresa Parodi, mas tenho certeza que levarei todos os ensinamentos pro resto da vida. Obrigado ao deputado Jalser por nos deixar mais felizes no dia de hoje, trazendo o Cine ALE pra gente”, comentou a jovem.

Edilson Rodrigues

Gabriel Picanço solicita informações sobre quantitativo de reflorestamento em Roraima

O deputado Gabriel Picanço (PRB) abordou em pronunciamento na tribuna da Assembleia Legislativa de Roraima nesta quinta-feira (23), sobre a inconsistência de informações da Femarh (Fundação Estadual de Meio Ambiente e Recursos Hídricos) e da Fit Manejo Florestal do Brasil (empresa privada), sobre o quantitativo de reflorestamento em Roraima. Essa questão foi discutida em reuniões nos dias 21 e 22 deste mês, na Casa Legislativa.

Para ele, essa situação é preocupante porque a empresa que está autorizada a vender o reflorestamento não tem números exatos e apresentou essa inconsistência para técnicos da Femarh e do Ministério Público do Estado (MPERR). Disse ainda que alguém tem sido enganado nessa história, sendo a autarquia estadual ou até mesmo os próprios madeireiros. “Estão vendendo uma quantidade de metros cúbicos de reposição florestal que aqui não tem. A Fit quer vender 300 mil metros cúbicos para o setor madeireiro e quando foi questionado por nós quantos metros cúbicos a Fit tinha, eles não souberam dizer”, explicou.

Conforme o deputado, o ideal seria o Estado delimitar uma área própria para reflorestamento e, assim, beneficiar diretamente o setor madeireiro, inclusive com árvores nativas da região amazônica. “Acontece que, atualmente, a empresa tem tentado vender os metros cúbicos de acácias, arvores com vida útil de 12 anos, mas muitas estão morrendo e a Fit tem descontado as árvores mortas, ou seja, está vendendo um produto que está no final da vida e que não vai servir para a reposição florestal”, disse.

O ideal, segundo Gabriel Picanço, é a união de autarquias como a Femarh e o Iteraima (Instituto de Terras de Roraima), juntamente com a Assembleia Legislativa, para que consigam uma área para trabalhar a reposição florestal com espécies nativas. “Quero chamar a atenção do Estado, da Femarh e do setor madeireiro que estão sendo enganados, não sei se querem ou se estão sendo enganado só para ter facilidade”, alertou.

O parlamentar sugeriu a convocação de advogados e técnicos do Tribunal de Contas e da Fundação do Meio Ambiente para auxiliar numa espécie de investigação descobrir o quantitativo de madeira que está sendo vendida. “Pelo pouco conhecimento que eu tenho é que as contas não batem em relação a quantidade de acácias que a gente vê plantado aqui no estado de Roraima”, citou Picanço.

Em aparte, o deputado Brito Bezerra (PP) reforçou a importância do setor madeireiro para a economia de Roraima e concordou com Gabriel Picanço no quesito de se criar uma área própria do Estado para reflorestamento, mas reconheceu que fazer isso dependerá de uma engenharia complexa porque hoje 70% de área florestal pertence a áreas demarcadas pela União. “Que o Estado crie uma floresta estadual, sem a Fit e sem nenhuma outra empresa, e possa comercializar diretamente com esses empresários do setor madeireiro”, sugeriu.

Yasmin Guedes

Orçamento 2018 é discutido pela primeira vez com trabalhadores da Educação

O presidente da Assembleia Legislativa, deputado Jalser Renier (SD), esteve reunido com membros do Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Estado de Roraima (Sinter), na noite dessa quarta-feira, 22, para discutir o Orçamento 2018 e as possibilidades para pagamento de retroativos de progressões salariais da categoria. Segundo o diretor do Sinter, Flávio Bezerra, são mais de quatro mil profissionais que estão desde 2008 com pagamentos atrasados. “A soma desses atrasos gera uma dívida de aproximadamente R$ 40 milhões com estes servidores e estamos buscando a ajuda dos parlamentares, uma vez que os acordos de greve entre Executivo e a categoria não avançaram”, explicou.

Durante a reunião, Jalser Renier anunciou que já identificou dentro do Orçamento 2018, a possibilidade de realocar R$ 12 milhões para pagamento de progressões aos profissionais de Educação. “O objetivo é trazer para discussão no Orçamento geral do Estado, as progressões que são um direito dos profissionais e que estão em atraso há quase 10 anos. A Assembleia Legislativa vai corrigir essa distorção, pois é um compromisso da Casa diante desses trabalhadores. São R$ 12 milhões que serão realocados para essa categoria que é uma das mais importantes do país”, afirmou ao explicar que será um trabalho feito por etapas. “São R$ 7 milhões que já foram identificados dentro do Orçamento da própria Educação e R$ 5 milhões, de contingenciamento de outros setores”, analisou.

Flávio Bezerra disse ainda que a segurança do pagamento por meio da previsão dentro do Orçamento é a certeza da concretização do acordo. “A Secretaria de Educação aumentou orçamento em 40% para 2018, mas ela [Secretaria de Educação] não especifica onde serão os gastos, portanto existe a necessidade do direcionamento para que esse pagamento se concretize”, afirmou Bezerra.

O deputado George Melo (PRTB) também participou da reunião e se prontificou a apoiar as medidas anunciadas pelo presidente da Assembleia. “É fundamental esse pleito dos profissionais de Educação, pois desde 2008 que as progressões não estão sendo pagas e trabalhar dentro do Orçamento é uma das saídas para resolvermos o problema e garantir o direito desses servidores”, salientou.

O projeto de Lei Orçamentária Anual (LOA) para o ano de 2018, já está tramitando na Comissão de Orçamento, Fiscalização Financeira, Tributação e Controle da Assembleia e deve ser votado no mês de dezembro.

 

Tarsira Rodrigues

SupCom ALERR

Em: 23.11.2017