CONCURSO DA ALERR – Comissão se reúne com representantes de classe para apresentar minuta do edital

A Comissão do Concurso Público da Assembleia Legislativa do Estado de Roraima (ALERR) se reuniu na manhã desta quinta-feira, 8, com os representantes dos conselhos de classe dos cargos que serão oferecidos neste certame, para apresentar a minuta do edital. Juntos vão observar se o edital não apresenta erros como, por exemplo, se está em desconformidade com as atribuições dos cargos ofertados.

“O objetivo, ao fazer essa apresentação da minuta do edital, é para que a gente possa, em uma gestão participativa, discutir previamente os assuntos e temas que serão cobrados, para que a Assembleia possa lançar um edital sem questionamentos ou que, pelo menos, se evite questionamentos no futuro”, explicou o procurador geral da Casa, Andreive Ribeiro.

Conforme ele, a comissão pretende lançar o edital na próxima semana. “Nosso objetivo é lançar na segunda-feira, 12, mas os membros desses conselhos que estiveram hoje na reunião precisam de um tempo para analisar esse edital. Marcamos para segunda-feira uma nova reunião para finalizar o edital. Não havendo impugnação, erro ou inconsistência, a gente tem condições de lançar na segunda e, no máximo, na terça-feira. Havendo, vamos enviar para a empresa fazer as correções, e deveremos lançar até quarta-feira, 14”, detalhou Ribeiro.

Um dos participantes da reunião era o representante da Ordem dos Advogados do Brasil – Seccional de Roraima (OABRR), Ernane Batista. Segundo ele, em concursos que haja o ingresso de profissionais da área jurídica, no caso advogados, por lei, se faz necessária a participação da entidade de classe. “Justamente para acompanhar todo o edital e verificar se as atribuições estão condizentes com toda a legislação”, justificou Batista.

Por Marilena Freitas

SupCom/ALE-RR

DIA DA MULHER – Mães do bairro Santa Cecília comemoram data com palestra sobre violência doméstica

Mais do que comemorar o Dia Internacional da Mulher, lembrado nesta quinta-feira, 8 de Março, a Escola Municipal Tia Toquinha, localizada no bairro Cidade Santa Cecília, transformou a data em uma manhã de reflexão e de transmissão de conhecimentos sobre os direitos conquistados pelas mulheres. A gestora da instituição, Eliza Tavares Silva, convidou o Chame (Centro Humanitário de Apoio à Mulher), da Assembleia Legislativa do Estado de Roraima (ALERR), para ministrar uma palestra abordando a violência doméstica.

E o que levou a gestora a pedir a palestra do Chame? A resposta está estampada nos índices de violência praticados contra mulheres no mundo, e em especial no Brasil, em que Boa Vista é destaque nos registros de feminicídio. “Resolvi convidar o Chame por indicação de uma professora, haja vista que a escola também tomou conhecimento de um caso de violência. O aluno que presenciou a agressão contra a mãe passou a ter comportamento diferenciado, o que acabou nos chamando a atenção e, ao investigarmos, ele acabou nos relatando. Por isso resolvemos trocar as dinâmicas e brincadeiras pela palestra, uma vez que a escola atende um público carente e esse tipo de informação poderá abrir muitas mentes, deixando-o mais atento com relação ao assunto”, contou.

A professora que indicou a palestra do Chame, Maria da Guia Sousa Mendes, 40 anos, reconhece que o papel do Centro é fundamental para criar uma sociedade mais informada e equilibrada no respeito à questão de gênero. “Conheci o Chame na sede do município do Cantá durante uma palestra. Defino o Chame como uma proposta de veículo transformador, que mostra para as mulheres que elas têm que se apoderar da sua vida, sem permitir que os agressores, que as pessoas que estão no seu entorno, tomem posse disso para asfixiar o desejo de cada mulher. Para mim o papel do Chame é importante nesta perspectiva”, avaliou, ao sugerir que o Chame desenvolva esse trabalho nos vilarejos e nas comunidades indígenas, onde a informação ainda é mínima.

A assistente social do Chame, Suzana França, disse que a entidade já atendeu cerca de 70% das comunidades indígenas e que o trabalho da instituição é apresentar os mecanismos que quebram os paradigmas que culminam na violência contra a mulher. “Nas palestras do Chame mostramos os tipos de violência praticados contra as mulheres como a patrimonial, cibernética, moral, sexual e o relacionamento abusivo. Falamos ainda sobre os direitos conquistados como a Lei Maria da Penha e os suportes que são dados pela instituição às mulheres em situação de violência, como devem agir e quais órgãos procurar para denunciar os agressores”, explicou.

A dona de casa Izani da Silva Bezerra, 28 anos, já presenciou a violência doméstica praticada dentro de casa. O caso foi tão grave que culminou em um homicídio. A situação trágica trouxe um aprendizado e a fortaleceu na defesa de seus direitos, ao ponto de não ter dúvida de como agiria diante de uma agressão.

“Imediatamente denunciaria. Procuraria todos os meus direitos em qualquer lugar, e também nas redes sociais para que essa pessoa ficasse bem conhecida. Não adianta só registrar um Boletim de Ocorrência, porque muitas das vezes não dá em nada, abafa-se o caso e fica por isso mesmo. Eu usaria as redes sociais porque o povo, as pessoas têm poder. Do mesmo jeito que tem o poder para fazer uma corrente para ajudar alguém, também tem o poder para manter a pessoa na cadeia, porque é o único lugar que o agressor merece é a cadeia”, afirmou Izani.

Leonardo de Oliveira da Silva, pai de um dos alunos da escola, tem um posicionamento firme com relação a quem agride mulheres. “É um covarde! Mulher é para ser acarinhada, bem tratada. Tem homens que chegam a casa e não tem nada feito, aí brigam, batem na mulher. Está errado, acho que tem que ter mais justiça para mulher, porque o homem já tem demais”, disse.

Quem também compartilha da mesma opinião é Sebastião da Silva Oliveira, 42 anos, casado e pai de seis filhos. Ele foi à escola deixar a mulher e acabou assistindo a palestra do Chame. “Essa palestra é muito importante e os homens deveriam assistir para conhecer mais. As mulheres têm que denunciar as agressões, procurar a delegacia mais próxima. Atualmente o que mais vemos nos jornais são homens matando mulheres, muitas vezes por não aceitarem a separação. Isso é muito errado porque também está dando um mau exemplo para os filhos, que com o tempo vão para o mau caminho”, opinou.

Por Marilena Freitas

SupCom/ALE-RR

08 DE MARÇO – Assembleia Legislativa celebra data com evento e mensagens de valorização à mulher

“Maria, Maria é um dom, uma certa magia, uma força que nos alerta, uma mulher que merece viver e amar, como outra qualquer do planeta”.  Foi assim, com a música de Milton Nascimento, interpretada pelas artistas que compõem o espetáculo ‘Maria’, que as mulheres foram homenageadas neste 8 de março, quando se comemora o Dia Internacional da Mulher. A data foi lembrada em uma manhã animada e de muita reflexão sobre os avanços e desafios que as mulheres ainda possuem pela frente. O evento ocorreu no plenário Noêmia Bastos Amazonas, na Assembleia Legislativa de Roraima (ALERR).

Uma das cantoras que integra o grupo composto por 11 vozes femininas, Nadine Leal, afirmou que é uma honra participar da homenagem promovida pela Assembleia. “É um privilégio levar a nossa arte a todas as mulheres desta Casa. Feliz dia internacional das mulheres para todas nós”, disse.

O presidente da Assembleia, deputado Jalser Renier (SD), discursou no início do evento e ressaltou a importância da valorização da mulher em todos os aspectos. “A mulher é o pilar da família, além de ter um espaço importante em todas as áreas profissionais. Estar presente em nossas vidas como mães, esposas, filhas, irmãs, sempre nos dando o conforto e o amor que precisamos. Temos que ter orgulho de comemorar essa data tão especial. 8 de março é todos os dias”, parabenizou.

Jalser Renier também falou sobre os avanços da Assembleia no segmento de proteção as mulheres de Roraima. Criado pela Assembleia Legislativa de Roraima em 2009, o Centro Humanitário de Apoio à Mulher (CHAME), da Procuradoria Especial da Mulher, já atendeu mais de 7,6 mil pessoas desde a implantação. Só em 2017, conforme dados da instituição, o balanço fechou em 1.429 atendimentos entre jurídico, psicológico, de assistência social.

Para o presidente, o Centro é um instrumento fundamental e que está fazendo a diferença na vida das mulheres e por consequência amenizando sofrimento de milhares de famílias que buscam ajuda. “O CHAME foi uma ferramenta importante que assembleia expandiu. Nós criamos esse pilar dentro do Legislativo justamente para proteção e prevenção da violência e qualquer tipo de abuso. Nossa intenção é ampliar ainda mais o trabalho para que elas possam se sentir ainda mais amparadas e com todo o sigilo que a lei determina”, destacou Jalser Renier.

A procuradora especial da Procuradoria Especial da Mulher no Poder Legislativa, deputada Lenir Rodrigues, (PPS), que está à frente do CHAME e outros programas que atuam na defesa da mulher, afirma que a mulher tem o que comemorar. “Hoje mostramos competência em todas as áreas, a luta histórica e todas as conquistas revelam a capacidade de ocuparmos espaços de poder. Além do CHAME, a Procuradoria coordena o Grupo Reconstruir e o Núcleo de Promoção, Proteção e Atendimento às Vítimas de Tráfico de Pessoas e Exploração Sexual. Tivemos um grande avanço, inclusive com a implementação do Observatório da Violência”, detalhou.

A deputada Aurelina Medeiros (PODE), também usou a tribuna para discursar sobre o 8 de março. “Temos a obrigação de lutar em todas as áreas, seja defesa dos direitos das mulheres, seja pela reconstrução de alguma vicinal no interior de Roraima. Precisamos de mais mulheres na política, nossa participação ainda é muito pequena, pois é no Legislativo que são criadas todas as propostas para melhoria do nosso Estado”, avaliou a parlamentar.

A servidora da Assembleia, Lorrane Silva, 28, elogiou o evento e considera que tudo aquilo que mostra o poder da mulher, a valoriza e protege é válido. “Qualquer forma de amor e de representar o carinho é bem-vinda”, disse a servidora.

Quebra de protocolo – Ainda durante a manhã de homenagens, um discurso inesperado prendeu a atenção de todos. A filha do deputado Oleno Matos, (PCdoB), Melissa Matos, 11 anos, discorreu sobre temas importantes como a proteção das mulheres por meio das leis.  “Hoje existem as leis para protegê-las, mas penso que as crianças devem falar em defesa das mulheres sempre, e não devemos ter medo, pois tudo que ocorre com as mulheres adultas, pode acontecer também com crianças e adolescentes. Somos especiais”, disse a garota, que já decidiu que irá cursar Direito.

Por Tarsira Rodrigues

SupCom/ALE-RR