Projeto que susta decreto de intervenção na UERR segue para apreciação em plenário

Uma das pautas do Poder Legislativo que rendeu um diálogo acalorado nesta terça-feira, 10, durante sessão ordinária na Assembleia Legislativa de Roraima, foi o Projeto de Decreto Legislativo (PDL), de autoria da Mesa Diretora, que susta o Decreto governamental nº 24.904-E, que tirou a autonomia financeira da UERR (Universidade Estadual de Roraima).

Parlamentares da base aliada do Executivo ainda tentaram tirar o projeto da pauta ao pedir vista, mas os membros da Comissão Geral, que tinha como presidente o deputado George Melo (PSDC), optaram pelo prosseguimento. O próximo passo é discutir e votar o projeto em plenário.

A deputada Lenir Rodrigues (PPS), relatora do PDL, disse que a retirada da autonomia da UERR é uma represália à instituição. “O equívoco começou na forma jurídica da intervenção. Não pode o Poder Executivo intervir numa instituição autônoma sem a autorização da Assembleia Legislativa, e com único decreto colocar a Reproge (Representação da Procuradoria Geral do Estado) para intervir em uma instituição autônoma. Essa instituição não tem apenas o reitor, mas um conselho superior. É esta forma desrespeitosa, ilegal e imoral que estamos combatendo com a sustação do decreto para restabelecer a autonomia da UERR”, justificou Lenir.

Conforme o decreto assinado pela governadora Suely Campos (PP), a representação no âmbito da Universidade Estadual de Roraima deverá atuar pelo tempo que se fizer necessário. O decreto diz que “de acordo com o interesse e conveniência da Administração Pública Estadual, a fim de se efetuar correições dos atos internos da Instituição, apurar eventuais responsabilidades administrativas e adotar outras medidas cabíveis”.

O decreto governamental foi publicado depois de a UERR contestar na justiça a redução do orçamento da instituição de ensino superior, o que gerou um desconforto no Executivo. A medida aplicada foi uma retaliação à cúpula da universidade, e que acaba por prejudicar na ponta todos os cidadãos de Roraima que utilizam os serviços da instituição de ensino superior em todos os cantos do Estado.

“A UERR é uma instituição reconhecida que leva educação superior e que dá embasamento aos profissionais do ensino superior, médio e fundamental, entre outros. Não podemos tirar, por meio de um decreto, esse papel essencial da UERR, que investe no processo de desenvolvimento cultural e intelectual do nosso Estado”, ressaltou a deputada Lenir.

Para a parlamentar, não resta dúvida que a intervenção é uma questão política. “O que estamos observando é uma interferência na organização administrativa desse órgão que é tão importante para a nossa sociedade. Agora vamos ter que debater e a população também tem que entender a importância da UERR na nossa sociedade”, salientou a deputada.

 

Por Marilena Freitas

SupCom/ALE-RR

FORNECIMENTO DE ÁGUA – Deputados pedem construção de poços artesianos em Bonfim

Na tentativa de regularizar o abastecimento de águas nas comunidades Esperança e Vila Nova, localizadas no município de Bonfim a 124 quilômetros de Boa Vista, os deputados Mecias de Jesus (PRB) e Coronel Chagas (PRTB), elaboraram uma indicação ao Governo, solicitando a construção de dois poços artesianos nestas regiões.

Segundo Coronel Chagas, esta é uma reinvindicação antiga dos moradores e que se trata também de uma região produtiva, e isso demanda ainda mais a regularidade no abastecimento de água.

“A reclamação dos moradores é de que os poços existentes não estão dando conta de atender a demanda da população. Com isso, deputado Mecias e eu resolvemos fazer juntos a indicação para que tenhamos mais força junto ao Executivo, e essa demanda seja atendida o quanto antes”, reforçou Chagas.

O parlamentar disse ainda que a situação mais grave é na Vila Esperança, pois a água potável não está chegando a todas as residências. “O fornecimento de água precisa ser regularizado para que as pessoas tenham água tratada e de qualidade para realizar as tarefas do dia a dia, seja em casa e na área rural destas comunidades, onde os produtores também necessitam de suporte para irrigação. Na Vila Nova Esperança o problema é grave, pois atualmente o sistema que está instalado lá não está suprindo as necessidades e acredito que com a perfuração de mais um poço artesiano, o serviço será equilibrado e dará o suporte necessário a esses moradores”, explicou Coronel Chagas.

A indicação já foi protocolada na Assembleia Legislativa de Roraima (ALERR) e encaminhada ao Executivo, que deverá proceder o encaminhamento da demanda, por meio da Caerr (Companhia de Aguas e Esgotos de Roraima).

 

Por Tarsira Rodrigues

SupCom/ALE-RR

NA RR-325 – Deputado diz que população queimou ponte para evitar tragédia

Na tribuna durante a sessão plenária na Assembleia Legislativa de Roraima, na manhã desta terça-feira, 10, o deputado George Melo, (PSDC) denunciou que a ponte localizada na RR-325, que liga os municípios de Mucajaí e Alto Alegre, no interior do Estado, foi queimada. O motivo para tal ação, explicou o parlamentar, foi em razão dos moradores considerarem a estrutura um risco à vida dos condutores que utilizam a passagem.

George Melo afirmou ainda durante o discurso que a localidade está sofrendo pela falta de atenção por parte do Executivo, que já deveria ter tomado providências quanto à reforma da ponte. “Mais uma vez eu quero falar do sofrimento dos moradores das vilas Nova e da Penha, além de Samaúma, situadas entre os municípios de Alto Alegre e Mucajaí. Estive lá neste final de semana e verifiquei de perto o motivo pelo qual as pessoas tocaram fogo na ponte. A qualquer momento poderia acontecer um acidente grave, pois não tinha mais condições para os veículos passarem por ela, estava intrafegável”, explicou o deputado.

Segundo Melo, os moradores daquela região dependem da ponte para escoar a produção e também para que as crianças possam ir para escola utilizando o transporte escolar.  Ele acredita que se não for tomada nenhuma providência, a população vai ficar no prejuízo.

“O custo da produção desse povo é alto. Esses moradores possuem uma programação econômica e não podem correr o risco de perderem os produtos. No momento só os carros tracionados passam pelo entorno da ponte, uma vez que a água está baixa, mas quando chegar o inverno, ninguém vai passar e essas localidades ficarão isoladas”, alertou Melo.

O deputado Marcelo Cabral (MDB) contribuiu com o discurso de George Melo, afirmando que a situação já está crítica no verão e no período chuvoso vai piorar. “É um descaso, as comunidades ficarão à mercê do tempo e sem poder vender suas produções. É preciso uma providência urgente para este problema”, pontou.

A rodovia é conhecida como “Arco da Produção” e dá suporte principalmente aos produtores das vilas do Apiaú, Samaúma e Nova.

 

Por Tarsira Rodrigues

SupCom/ALE-RR