Durante a semana, alunos e docentes da escola Escola Estadual Fagundes Varela receberam instruções para prevenção do tráfico humano
Foto: Artur Scaramuzza/SupCom ALE-RR
O Núcleo de Promoção, Prevenção e Atendimento às Vítimas de Tráfico de Pessoas, da Assembleia Legislativa (ALE-RR), encerrou nesta sexta-feira (26), com uma roda de conversa, as atividades do projeto “Educar é Prevenir” na Escola Estadual Fagundes Varelas, localizada no bairro Nova Cidade, zona Oeste de Boa Vista.
Na unidade, os parceiros do projeto puderam esclarecer dúvidas da comunidade escolar, mostrando o papel da rede proteção ao tráfico de pessoas e à violência sexual.
Esta foi a 26ª escola a receber a equipe do Educar é Prevenir. Segundo a gestora da instituição, a unidade conta atualmente com 1.324 estudantes nos três turnos, entre 11 a 60 anos. Segundo ela, a unidade tem lidado com muitos casos de violência sexual.
“Temos cerca de 5% dos alunos que já sofreram algum tipo abuso. Temos muitos casos de estupro e de meninas de 12 anos que passam a noite fora de casa. Por isso essa parceria é muito importante”, disse a gestora Sinesia Pereira Rodrigues.
A coordenadora do Núcleo, Socorro Santos, disse que a meta é empoderar a comunidade escolar sobre a prevenção ao tráfico de pessoas. “Neste último dia, em especial, com a roda de conversa, fazemos a mobilização para que cada parceiro diga à comunidade qual é o seu papel na rede de enfrentamento, para que a escola saiba qual será porta de entrada caso precise de um atendimento de referência”, explicou.
O presidente do Conselho de Enfrentamento à Violência Sexual, Flávio Corsini, disse que esse encontro com a comunidade escolar é importante para orientar professores e alunos para enfrentar os problemas relacionados ao tráfico de pessoas e a violência sexual.
“Sempre tentamos orientar para que busquem os serviços de enfrentamento ou até mesmo utilizem o Dique 100, caso não queiram se identificar, mas que não deixem de denunciar”, afirmou Corsini.
A aluna Maria Rita Ferreira, de 14 anos, disse que quanto mais se conhece o assunto, melhor para ajudar quem está passando pelo problema. “Depois da palestra, se eu conhecer alguém passando por isso poderei ajudar, mostrando a ajuda certa, uma pessoa treinada e confiável. E, independente da situação que está passando, tem que buscar força para viver e esquecer a dor”, disse.
Empoderada de informações sobre a rede de enfrentamento, a aluna Izabela Fernandes Arruda, de 14 anos, disse não ter dúvida sobre quem recorrer caso haja necessidade de denunciar esse tipo de crime. “Tudo que foi falado aqui foi superimportante para ajudar outras pessoas. São esses pontos de apoio que poderão auxiliar às vítimas, assim também como a escola”, afirmou.
O Educar é Prevenir iniciou em junho de 2016, e desenvolvido pela Assembleia Legislativa de Roraima por meio da Procuradoria Especial da Mulher. Das 26 escolas atendidas, parte delas foi no Interior do Estado.
MARILENA FREITAS
SupCom ALE-RR