Dia: 31 de outubro de 2018

Chame encerrou programação com palestras e atividades voltadas para estimular o autocuidado por parte das mulheres

 

Foto: Lucas Almeida/SupCom ALE-RR

Segundo pesquisas do Ministério da Saúde, a violência doméstica afeta diretamente a saúde. Uma das formas de vencer o ciclo de violência e evitar o agravamento de doenças é a autoestima. Isso porque ao desenvolver o amor próprio, a mulher se cuida mais, em todos os aspectos.

Para passar essa mensagem, a equipe do Chame (Centro Humanitário de Apoio à Mulher) entrou na campanha Outubro Rosa, cujo encerramento foi realizado na manhã desta quarta-feira (31), na sede da instituição.

Segundo a coordenadora do Chame, Elizabete Brito, ao sofrer constantes atitudes violentas, a mulher passa a ter a autoestima abalada, o que pode desencadear problemas como ansiedade, deixando-as propensas a adoecer com mais facilidade.

“Já atendemos muitas vítimas que desencadearam alguma doença, principalmente câncer de mama, por conta das reações emocionais e desequilíbrios internos causados pelo histórico de agressão”, explicou a coordenadora do Chame, Elizabete Brito.

O encerramento da campanha contou ainda com palestras sobre “Saúde da Mulher” ministrada pela estudante de medicina, Beatriz Rangel e “Autoestima” pela psicóloga e sexóloga, Maíne Ferreira.  “A autoestima vai além da beleza física, abordamos com as mulheres sobre as questões internas, porque a mudança acontece de dentro para a fora”, disse a psicóloga e sexóloga.

A empresária Riana Coutinho, de 41 anos, foi uma das participantes da programação, onde foi alertada sobre como a autoestima é determinante para a mulher. “Nesse momento vem vários pensamentos negativos, e a informação de como podemos ser acompanhadas é importante”.

PROGRAMAÇÃO – O Chame realizou neste mês, uma série de palestras em alusão ao Outubro Rosa, em escolas, faculdades e também no Centro de Referência da Saúde da Mulher (CRSM). A última palestra sobre Violência Doméstica desta programação, foi para 17 alunos da Faculdade Unama (Universidade da Amazônia), na noite de  terça-feira (30).

Lenços e cabelos arrecadados serão doados a mulheres com câncer

Para ajudar as mulheres que perderam os cabelos após quimioterapia a recuperarem a autoestima, o Chame (Centro Humanitário de Apoio à Mulher) aderiu à segunda edição da campanha “Doe Lenços” da Unale (União Nacional dos Legisladores e Legislativo Estaduais).

Foram arrecadados lenços e cabelos no Chame e na Assembleia Legislativa de Roraima, que serão destinados às pacientes da Unacon (Unidade de Alta Complexidade em Oncologia), onde é feito o tratamento para o câncer em Roraima. Já os cabelos serão enviados a uma instituição para a confecção de perucas.

Mesmo apegada aos cabelos, a procuradora especial da Mulher, Lenir Rodrigues (PPS), cortou os cachos e doou as madeixas para a campanha.  O cabelo dela será destinado a crianças, por ser um tipo difícil de encontrar, já que não possui químicas. “Foi uma decisão muito radical, mas quis fazer esse gesto. Ser um exemplo para que outras pessoas participem dessa causa e ajudem na recuperação da autoestima de outras mulheres”.

VANESSA BRITO

SupCom ALE-RR

Órgão de defesa do consumidor pede na Justiça que seja suspensa a resolução que autoriza a Eletrobrás a reajustar a tarifa em até 38,90%

 

Foto: Lucas Almeida/SupCom ALE-RR

 

O Procon Assembleia ingressou com uma Ação Civil Pública na 4ª Vara da Justiça Federal da 1ª Região contra a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), para que seja imediatamente suspensa a resolução que autoriza a Eletrobrás Distribuição Roraima a reajustar em até 38,90% a tarifa das contas de energia elétrica dos consumidores roraimenses.

O Serviço de Orientação e Defesa do Consumidor, ligado à Assembleia Legislativa do Estado de Roraima (ALE-RR), pediu na ação, com pedido de liminar,  que a Justiça proíba cobranças indevidas na fatura de energia dos consumidores relacionadas ao reajuste. O órgão também quer que Eletrobras e a Aneel informem os motivos que resultaram no aumento da tarifa, por meio da imprensa e com base em laudos técnicos, perícias, auditorias e processos administrativos fundamentados.

A notícia do reajuste não foi bem recebida pela população, que há mais de um ano sofre por um lado com os reiterados reajustes e por outro com as constantes suspensões no fornecimento. O reajuste de 38,90% atinge o comércio, consumo residencial, iluminação pública e rural. O aumento autorizado para setor da indústria é de 37,03%.

“Trata-se de um aumento assombroso nas tarifas de energia, a assolar o modo de vida de milhares de pessoas, e não somente consumidores, bem como todo os setores produtivos”, afirma a ação, ao relembrar que no ano passado houve um aumento de 54,76%, e que no acumulado a conta de energia em Roraima está tendo um reajuste médio de 92,72% em apenas dois anos, uma vez que a resolução tem validade de um ano.

Conforme o documento, o aumento, considerado arbitrário e surreal, pode inviabilizar economicamente o Estado, pois Roraima não é interligado ao Sistema Nacional de Energia Elétrica. Na ação, o órgão reforça que o reajuste, aliado à insegurança energética, afasta investidores externos dos segmentos da indústria e do comércio, trazendo prejuízos econômicos para o Estado.

AUDIÊNCIA – A informação sobre o reajuste motivou a Federação das Associações de Moradores de Roraima (Famer) a Assembleia Legislativa para pedir providências sobre a questão. Os moradores solicitaram uma audiência pública para discutir a situação com as autoridades do setor energético, segmentos econômicos, poderes constituídos e a população em geral. Na ocasião, o presidente da Casa, Jalser Renier (SD), recebeu os manifestantes e informou a eles que a instituição já está adotando as medidas cabíveis e irá se organizar para promover a audiência solicitada.

MARILENA FREITAS

SupCom ALE-RR