ALTO ALEGRE – População participa de sessão de cinema no projeto Abrindo Caminhos
Ação será ampliada para vilas e comunidades indígenas do município
Foto: Alex Paiva/SupCom ALE-RR
Pipoca, filme e alegria marcaram a vida de 440 crianças, adolescentes e adultos no município de Alto Alegre, que tiveram a oportunidade de assistir a filmes de forma gratuita, nesta sexta-feira (9). A iniciativa faz parte do projeto Abrindo Caminhos, da Assembleia Legislativa de Roraima.
Vitória Silva, de 11 anos, nunca foi a um cinema, mas experimentou um pouco dessa sensação na sede do programa. “É uma coisa boa, foi muito legal assistir ao filme. Um momento para compartilhar com as minhas colegas”.
Italo de Souza, de 9 anos, treina há um ano jiu-jitsu no Núcleo da Assembleia Legislativa em Alto Alegre e ao saber do cinema, ficou muito ansioso para participar. “Estou emocionado. Gostei muito do filme e da pipoca”.
A mãe do aluno, Maria Glória da Silva, relata que a ação é uma forma de divertir as crianças, já que na região há pouca opção de lazer. “Muito boa essa ação, meu filho além de ter acesso ao esporte, agora pode ter um momento de lazer”.
A população recebeu refrigerante, pipoca, e assistiu aos filmes como Os Incríveis 2 e Os Farofeiros, em duas sessões, às 18h e 19h. A exibição ocorreu nas salas da sede do Núcleo de Alto Alegre, que são climatizadas e foram equipadas com som e telão.
O coordenador do Núcleo da Assembleia em Alto Alegre, Francisco Kléber Alves, disse que esta foi a primeira edição do Cine Abrindo Caminhos, criada para preencher a falta de lazer no Interior. “A Assembleia além de ofertar educação, agora tem lazer para as crianças e adolescentes, principalmente perto dessa temporada de férias”.
A proposta é realizar o projeto às sextas-feiras, com filmes para crianças e adolescentes. A ação será ampliada para as comunidades indígenas como Raimundão, Sucuba e a Vila Paredão, nos fins de semanas.
VANESSA BRITO
SupCom ALE-RR
EDUCAR É PREVENIR – Projeto contra o tráfico humano finaliza o ano com 27 escolas atendidas
Mário David Andreazza foi a última unidade de ensino do ano a receber o projeto que previne o tráfico de pessoas por meio da sensibilização da comunidade escolar
Foto: Lucas Almeida/SupCom ALE-RR
Com a proposta de alertar crianças e adolescentes sobre o risco do tráfico humano, a Assembleia Legislativa de Roraima (ALE-RR) encerrou na tarde desta sexta-feira (9), o ciclo de palestras em escolas públicas do projeto “Educar é Prevenir”.
Ao todo, já foram atendidas 27 unidades de ensino, por meio do Núcleo de Promoção, Prevenção e Atendimento às Vítimas de Tráfico de Pessoas, vinculado à Procuradoria Especial da Mulher da ALE-RR.
Após uma semana em que professores, técnicos e alunos discutiram o assunto dentro e fora de sala de aula, cerca de 300 estudantes do Ensino Médio regular participaram de uma roda de conversa com membros da Rede de Proteção, como Fórum Estadual da Criança e Adolescente, Polícia Rodoviária Federal (PRF), Núcleo Reflexivo Reconstruir e Chame (Centro Humanitário de Apoio à Mulher). A roda de conversa foi realizada no pátio da escola, localizada no bairro Caimbé, zona Oeste de Boa Vista.
Aos 17 anos, o estudante do terceiro ano Erisson Barreto admitiu que não tinha noção da gravidade deste tipo de crime em Roraima. “Eu não sabia da realidade do nosso Estado, não só eu, mas acredito que muitos aqui não conheciam o que se passa debaixo do nosso nariz”.
Entre as etapas do projeto, está a de capacitar a equipe pedagógica e de apoio da escola para identificar possíveis situações de tráfico ou abuso dentro e fora da escola. Na quarta e quinta-feira, os professores aplicam estes conhecimentos em sala de aula, com materiais disponibilizados pela equipe do projeto.
Foi nesta capacitação que a estudante do segundo ano Eduarda Lima assistiu a um vídeo sobre uma vítima de tráfico humano. “Nossa, aquela história foi forte!”, comentou a adolescente ao revelar que não sabia da possibilidade de aliciadores estarem até mesmo dentro da escola.
Depois de participar do projeto, Eduarda absorveu dicas que irá repassar: “É importante não confiarmos em qualquer um. Não cair em qualquer conversa, as pessoas se aproximam nos momentos mais frágeis e não devemos acreditar em qualquer pessoa”, destacou.
ABUSO – Um caso de abuso contra uma adolescente foi identificado pela equipe pedagógica da escola Mário David Andreazza, recentemente. “Tomamos as possíveis providências e foi resolvido da melhor maneira”, relatou o gestor da instituição, Antônio Magalhães.
Para ele, esse tipo de projeto reforça os trabalhos de prevenção desenvolvidos nas instituições de ensino. “É de uma relevância muito grande, uma vez que os servidores se encontram capacitados para identificar se houver situações desta natureza”.
YASMIN GUEDES
SupCom ALE-RR