Defesa dos direitos dos servidores públicos será bandeira de Jânio Xingu

Parlamentar afirma que o diálogo com sindicatos e associações é fundamental para defesa dos interesses de diversas categorias

Foto: SupCom ALE-RR

Em seu terceiro mandato na Assembleia Legislativa, Jânio Xingu (PSB) afirma que pretende continuar trabalhando para defender o servidor público. O parlamentar foi o segundo mais votado no pleito de 2018, com 6.132 votos e eleito vice-presidente da Casa para o biênio 2019/2020.

Ele avalia os votos recebidos como resultado de um trabalho feito com compromisso, principalmente com a classe do servidor público do Estado. “No mandato de 2014 a 2018, fui o deputado que mais atuou para defender o funcionário público do Estado. Todos os PCCRs [Planos de Cargos, Carreiras e Remunerações] que chegaram ao Poder Legislativo passaram na minha mão.”

O parlamentar afirma que essa atuação ocorreu graças ao diálogo com sindicatos e associações, segundo ele, sem defender apenas uma classe específica. “Junto com os meus pares, conseguimos aprovar diversos PCCRs, conseguimos do quadro geral [de servidores estaduais] que beneficiou quase 3,5 mil pessoas, conseguimos da Polícia Civil, dos Agentes Penitenciários, da Aderr, da Femarh, do Iteraima”, relembra.

Para a próxima legislatura, Xingu afirma que pretende continuar com o diálogo em prol do funcionalismo público e para ajudar o Estado a crescer. Nos últimos quatro anos, Xingu fez parte das comissões permanentes de: Defesa Social, Segurança Pública e Sistema Penitenciário; Orçamento, Fiscalização Financeira, Tributação e Controle; Tomada de Contas; Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável; da Indústria, Empreendedorismo, Comércio, Turismo e Serviço; e de Terras, Colonização e Zoneamento Territorial.

YASMIN GUEDES

SupCom ALE-RR

Brito Bezerra reforça compromisso de ajudar o Estado a crescer

Parlamentar foi líder da Base Governista na legislatura passada e afirma que não vai se opor às boas ações do Governo

Foto: SupCom ALE-RR

O empresário Brito Bezerra (PP) foi reeleito para o terceiro mandato na Assembleia Legislativa com 5.307 votos no pleito de 2018. Como meta, pretende para os próximos quatro anos, ajudar o Governo a reerguer o Estado de Roraima diante da crise financeira.

Brito ingressou na vida política em 2011, permanecendo até 2014. Foi reeleito deputado estadual de 2015 a 2018, quando foi líder da Base Governista na Assembleia Legislativa. No atual mandato, Brito disse que ajudará o governo com projetos para beneficiar o Estado. “Não serei oposição às boas ações do Governo. Terei uma posição independente na Casa Legislativa”, afirma.

Bezerra acredita que muitos fatores agravaram a crise financeira em Roraima, e pontuou que a Assembleia Legislativa tem papel importante na mudança deste cenário. “A Assembleia é a ressonância da sociedade. Nós podemos debater, discutir, encaminhar proposições para o Poder Executivo e aos demais poderes. Temos o poder de resolver.”

Brito Bezerra é formado em Agropecuária, Administração de Empresas e Direito. Nasceu em Milagres, no Ceará. Brito Bezerra fez parte das comissões de Direito da Família, da Mulher, da Criança, do Adolescente e Ação Social; Tomada de Contas; Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável; presidiu a comissão da Indústria, Empreendedorismo, Comércio, Turismo e Serviços; e compôs ainda a de Constituição, Justiça e Redação Final.

 

YASMIN GUEDES

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FEMINICÍDIO – Mudanças no comportamento podem indicar relacionamento abusivo

Violência psicológica pode evoluir para agressão e até à morte, configurando crime de feminicídio

Foto: Eduardo Andrade/SupCom ALE-RR

Ciúme em excesso, controle emocional, psicológico e financeiro. Esses são alguns dos sinais de um relacionamento considerado abusivo e que pode culminar em situações mais graves, como o feminicídio, crime previsto pela Lei 13.104/15, para caracterizar o assassinato de mulheres em razão do gênero.

Nesta quarta-feira (13), Sara Ferreira, uma adolescente de 16 anos, foi assassinada pelo ex-companheiro, Leandro Ribeiro, de 22 anos, após se recusar reatar o relacionamento. Após desferir facadas na ex-mulher, ele tentou suicídio, foi socorrido pelo Samu (Serviço Móvel de Urgência) e morreu no final da tarde no HGR (Hospital Geral de Roraima).

Em depoimento a veículos de comunicação, familiares relataram que José Leandro era extremamente ciumento e não aceitava o fim do relacionamento com a adolescente. Este tipo de comportamento é um sinal de alerta, segundo a psicóloga Sângida Teixeira, do CHAME (Centro Humanitário de Apoio a Mulher). “Desde o início da relação, quando o agressor quer dominar a vítima, ter poder sobre as escolhas, ciúme excessivo, dependência emocional. Isso não é saudável e pode piorar.”

Antes da agressão mais grave ou até mesmo da morte, há ações mais discretas que a mulher sofre em um relacionamento. Muitas vezes a vítima não consegue enxergar o comportamento do companheiro como nocivo à saúde. “Antes de acontecer a violência física, geralmente acontece a violência psicológica que é uma das mais devastadoras, a violência patrimonial, a violência moral”, pontuou a profissional.

Familiares e amigos

Para combater este tipo de violação de direitos, Sângida orienta a busca por informações e ajuda. Vizinhos, familiares e amigos podem auxiliar neste processo por meio de denúncia e acolhimento à mulher agredida. “Informar que ela está em um relacionamento abusivo, que o que ela vive é violência psicológica, ou moral ou patrimonial. As palestras feitas pelo Chame são instrutivas, porque a maioria das pessoas acredita que a violência doméstica é só violência física, um chute, um tapa, mas não é”, frisou.

Violência doméstica afeta crianças e adolescentes

Outra notícia veiculada pela imprensa em Roraima foi a de um marido que tentou matar a ex-companheira após o fim do relacionamento. Para fugir das agressões e da tentativa de feminicídio, a mulher teria segurado a filha nos braços para não ser atingida pela faca. O caso ocorreu também nesta quarta-feira (13).

Segundo a Opas (Organização Pan Americana da Saúde), da OMS (Organização Mundial da Saúde), a violência doméstica não impacta somente a vida da mulher vítima, mas de todo o seio familiar. Em um estudo publicado pela Organização, a Folha Informativa – Violência Contra as Mulheres 2017, as crianças são atingidas de maneira direta.

Conforme o estudo, as crianças desenvolvem transtornos comportamentais e emocionais que podem permanecer o resto da vida e, como sequela, podem se tornar adultos agressivos ou depressivos. A Opas associou ainda taxas de mortalidade infantil de crianças com menos de cinco anos de idade, principalmente por doenças relacionadas à má nutrição.

Outras consequências como a irritabilidade, insônia, isolamento social, baixo rendimento escolar, ansiedade, ou mesmo sentimento de culpa, são encontrados em crianças que vivem em um ambiente de conflito. Este tipo de violência dificulta o desenvolvimento cognitivo da criança, que na primeira infância, pode apresentar inclusive dificuldades na fala.

“Se é um menino, ele pode achar que o comportamento do pai é normal e isso dificultará que ele tenha respeito com outras mulheres. Se é menina, achará normal ter um companheiro controlador, que pode bater, ameaçar”, enfatizou a psicóloga do Chame.

Ajuda e prevenção

No intuito de ajudar a reduzir problemas como este, o Chame oferece atendimentos psicológicos, orientações jurídicas e de assistência social no prédio localizado na rua Coronel Pinto, nº 524, no Centro de Boa Vista.

Instituições, empresas, órgãos públicos ou comunidade podem solicitar palestras educativas sobre violência contra a mulher. Nestes encontros, os participantes conhecem sobre a Lei Maria da Penha (Lei 11.340/06) e os tipos de violência enfrentada pelas mulheres (física, moral, psicológica, patrimonial, sexual e virtual).

“Atendemos não só na capital. Levamos para o interior e comunidades indígenas campanhas de prevenção, levando prevenção a essas mulheres para que a partir dos conhecimentos elas comecem a enfrentar a violência doméstica”, acrescentou a coordenadora do Chame, Elizabete Brito.

 

YASMIN GUEDES

SupCom ALE-RR