Parlamentar afirma que pela superlotação, hospital pode chegar a um colapso e não ter mais capacidade de comportar venezuelanos atingidos em confrontos
Durante a sessão desta terça-feira (26), o deputado Jeferson Alves subiu à tribuna da Assembleia Legislativa de Roraima (ALE-RR) para falar sobre a situação encontrada por ele e a comitiva de deputados na visita à fronteira entre Brasil e Venezuela no último sábado (23).
Em reunião com o ministro das Relações Exteriores do Governo Federal, Ernesto Araújo, o deputado destacou que foram feitas várias solicitações, entre elas um pedido de ajuda aos venezuelanos que estão morando em Roraima. “Ele disse que a ajuda humanitária e os medicamentos só seriam para atender os venezuelanos lá na Venezuela. Questionei sobre a situação dos que vivem no Brasil e pedi para que ele deixasse um pouco desses medicamentos no HGR”.
Jeferson afirmou que a cada dez pacientes atendidos no Hospital Geral de Roraima, seis são venezuelanos. “Disse a ele que nós estamos pagando essa conta sozinhos e ele achou pertinente a nossa ponderação”, frisou.
Em visita ao hospital junto com o secretário-chefe da Casa Civil, Disney Barreto Mesquita, o deputado acompanhou de perto a atual situação em que se encontra o HGR. “Adentramos o hospital e eu pude ver o empenho, determinação e a vontade dos profissionais da saúde que estão trabalhando sem nenhuma condição. Temos um único hospital e essa briga no país vizinho pode transformá-lo em um hospital de guerra”, ressaltou.
Como sugestão ao Executivo, Jeferson propôs ao governador Antônio Denarium que entrasse em contato com o presidente da República, Jair Bolsonaro, para que mandasse a Roraima um hospital de campanha do Exército Brasileiro, com o objetivo de suprir a demanda de feridos na fronteira.
Texto: Jéssica Sampaio
Foto: Alex Paiva e Eduardo Andrade
SupCom ALE-RR