Falta de espaços em condições de uso para práticas esportivas comprometem o desempenho de atletas.
A Comissão de Educação, Desportos e Lazer da Assembleia Legislativa recebeu nesta quinta-feira (2), o diretor do Instituto de Desportos de Roraima, Dinaldo Barreto, para conhecer a dinâmica de trabalho da instituição, as necessidades e deficiências que impedem o desenvolvimento de atletas e de lazer dos roraimenses.
Após ouvir as demandas, o presidente da comissão, deputado Evangelista Siqueira, informou que será elaborado um documento para pedir do Governo do Estado a realização de um Plano de Revitalização dos espaços de desportos e lazer do Estado e Valorização do Atleta.
“É preciso uma política pública de valorização do esporte em Roraima. Vamos ouvir outros atletas, vamos cobrar, a partir desta reunião, mecanismos, cobrar ações imediatas. Não basta dizer que não tem orçamento, mas o que tem dá para fazer alguma coisa”, disse Evangelista.
O encontro ocorreu no plenário Noêmia Bastos Amazonas, após a sessão ordinária, e contou com a participação dos deputados Evangelista Siqueira (PT), Gabriel Picanço (PRB), Lenir Rodrigues e Tayla Peres (PRTB). Na ocasião, Dinaldo Barreto respondeu a questionamentos sobre as condições estruturais de prédios públicos usados no lazer e desporto da população e sobre a realização dos Jogos Escolares, competição que ele garantiu que será promovida neste ano.
Sem espaços
A ausência na manutenção de espaços destinados às práticas esportivas, como quadras, piscinas e pistas de atletismo, comprometem o desenvolvimento de atletas, pois muitos não têm onde treinar. Essa situação foi relatada pelo desportista Deyvison Deluan, medalhista em atletismo. “Eu treino em um lugar ruim, falo isso. Não temos condições, pouca ajuda. Não temos pista, mal temos um sapato adequado, sofremos lesões, nos humilhamos, sentimos dor. Na hora de pedir um subsídio, acham caro”.
Entre os exemplos de depredação ao patrimônio público citados por Barreto na reunião de comissão, está a Praça Interativa anexa ao Ginásio Totozão, no Centro de Boa Vista. Segundo ele, o local está em desuso há anos e hoje todo o maquinário, composto por 32 bombas e oito filtros, estão comprometidos. “Quebraram as bombas para tirar o cobre, roubaram os fios”.
Texto: Yasmin Guedes
Foto: Alex Paiva
SupCom ALE-RR
