No culto da Igreja Pentecostal Explosão do Avivamento, direcionado a mulheres na noite de sábado (14), além das pregações, houve um momento diferenciado com a participação do CHAME (Centro Humanitário de Apoio à Mulher), por meio do projeto Mulheres Iluminadas, para levar apoio e informações sobre a Lei Maria da Penha e os tipos de violência.
Segundo a responsável pelo projeto, Andréia Scharamm, a iniciativa busca combater a violência doméstica junto ao público cristão empoderando estas mulheres por meio da informação. “Fizemos uma pesquisa e identificamos que dentro das igrejas evangélicas, principalmente, existem muitos problemas de violência doméstica e devido a isso, tivemos a ideia de criar o projeto ‘Mulheres Iluminadas’”.
Na palestra foram apresentadas informações sobre a Lei Maria da Penha (Lei nº 11.340/06) e os tipos de violências, como a física, sexual, patrimonial, psicológica e moral. Elas também foram orientadas sobre atuação do CHAME e os demais órgãos e números para denúncias, além do Zap Chame (98402-0502), ferramenta virtual utilizada pelo CHAME para atender vítimas de violência ou tirar dúvidas.
A vendedora Célia Castilho, mesmo sentada na última fileira da igreja, não tirava a atenção das explicações. Ela reconhece que momentos assim servem para abrir os olhos de muitas mulheres que sofrem caladas ou ainda desconhecem os meios para se libertarem do mundo de violência. “O CHAME tem dado esse apoio às mulheres para que elas não apanhem, não fiquem caladas. Nunca aconteceu comigo, mas já aconselhei amigas a irem ao CHAME e denunciar seus maridos. Está sendo gratificante para nós aqui na igreja essa palestra”.
Célia deixa um recado às irmãs. “Não é porque a mulher seja evangélica que ela vai apanhar calada, seja o marido pastor ou uma pessoa evangélica, ela tem que denunciar sim, o CHAME está aí para apoiar a mulher para que ela não sofra no futuro”.
De acordo com a pastora Luciana Dias, quando algum caso de violência doméstica chega ao conhecimento da igreja, a orientação é buscar ajuda e os direitos legais. “Na verdade, por sermos mulheres evangélicas, então nosso papel é sermos submissas, mas o que entendemos de submissas não é viver em relacionamento abusivo. O submisso para nós não é sofrer, não é padecer, temos que obedecer sim aos maridos, mas isso não significa que não podemos ser independentes, viver os nossos direitos como mulher”.
A agenda do projeto ‘Mulheres Iluminadas’ continua ainda este mês, no dia 28, na igreja Assembleia de Deus do bairro Jardim Primavera. Outras informações ou convites para presença do projeto podem ser feitas pelo telefone 98801-0522.
Texto: Yasmin Guedes
Foto: Eduardo Andrade
SupCom ALE-RR