O cartão de crédito é um dos recursos mais usadas pelos brasileiros. Por mais que a praticidade em sua aplicação seja sedutora, esta ferramenta é um dos principais motivos de endividamento dos cidadãos. Segundo o Procon Assembleia, a dica é controlar os gastos e entender os prós e contras de cada forma de pagamento para não correr o risco de ficar no vermelho.
Para o consumidor na hora da compra a dica principal é atenção. O diretor do Procon Assembleia, Jhonatan Rodrigues, incentiva que o consumidor fique atento às políticas de pagamento das lojas, e principalmente com o contrato da operadora do cartão. “Dependendo de como funciona, cada financeira age de uma forma diferente. Então o consumidor, para não ser lesado na hora de uma compra, na questão de juros ou parcelas abusivas, é bom ler o contrato”, informou.
Depois da compra, o consumidor precisa honrar com os pagamentos. O diretor alerta que a partir de um dia de atraso de uma fatura, o banco poderá cobrar juros, o que não é considerada uma prática abusiva. A dica nesta situação é negociar o quanto antes. “Se deixar atrasar e esperar, então o fornecedor poderá fazer essas cobranças, e usar os meios que eles têm para cobrar, como inclusão do nome nos serviços de proteção ao crédito, bloqueio dos cartões, e outras situações que ocorrem”, explicou.
Estabelecimentos comerciais
Assim como o consumidor deve ficar atento ao usar o cartão de crédito, os estabelecimentos comerciais precisam deixar claro as informações sobre as formas de pagamento aos clientes, parcelamento, se aceitam cartão de crédito ou débito. “Se a loja não informar isso ao consumidor na hora de efetivar a compra, o consumidor pode acabar sendo lesado, e tem o direito de levar o produto na condição que não foi falada”, explicou.
Sobre a loja cobrar um preço mínimo para compra no cartão, o advogado informa que essa sim é uma prática abusiva das empresas. Nestes casos, o consumidor pode comunicar o Procon Assembleia, para apurar essa prática.
Dica
Para não gastar muito ao usar um cartão de crédito, o diretor orienta que o consumidor repense se há necessidade daquele produto, e se o custo benefício é vantajoso. “É preciso analisar se as condições da loja dão uma segurança de que o consumidor não vai se envolver em uma dívida grande, que pode comprometer o orçamento”, explicou.
Em caso de outras dúvidas, os consumidores e os fornecedores podem esclarecer por telefone 4009-4826, ou ir à sede da instituição na rua Agnelo Bittencourt, 232, Centro, das 8h às 18h.
Texto: Vanessa Brito
Foto: H. Emiliano
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