Diante da confirmação de uma morte relacionada ao coronavírus na Guiana, fronteira com Roraima, o deputado Coronel Chagas (PRTB) sugeriu medidas mais enérgicas para conter o ingresso, e para controlar a expansão do vírus diante de eventuais casos suspeitos no Estado: o fechamento temporário da fronteira com os dois países vizinhos, e a proibição de aglomeração de pessoas. O pedido foi feito em discurso durante sessão plenária desta quinta-feira (12).
Quanto ao fechamento da fronteira com a Venezuela e Guiana, o deputado pontuou que o Brasil precisa impedir este acesso por tempo determinado, pedido que, na avaliação do parlamentar, precisa ser feito ao Ministério da Justiça e das Relações Exteriores. “Nós temos duas fronteiras abertas, precisamos, como agentes públicos e representantes do povo, adotar medidas de prevenção.”
Em âmbito estadual, o deputado citou o exemplo do Distrito Federal, que decretou, como medida de prevenção, a suspensão de eventos que gerem aglomeração superior a 100 pessoas e de atividades educacionais na rede de ensino, pública e privada.
“Sugiro que diante do primeiro caso suspeito façamos isso, principalmente no tocante às nossas crianças, para minimizar os danos”.
Ele apontou ainda a necessidade de recomentar a bares e restaurantes que mantenham as mesas do estabelecimento com a distância mínima de 2 metros.
Dados alarmantes
De acordo com o deputado, uma comissão de cientistas especialistas da área projetou que no Brasil, pela sua territorialidade, quando houver 50 casos confirmados, 15 dias depois já serão contabilizados mais de 4 mil, e 21 dias depois esse número pode chegar a 30 mil. “Isso nos coloca em estado de alerta”, advertiu Coronel Chagas.
Nesta quinta-feira (12) o Ministério da Saúde informou aumento de casos de Covid-19 (Coronavírus) no Brasil. São 73 casos, e até a noite de quarta-feira (11) os casos suspeitos subiram de 893 para 907. A Organização Mundial de Saúde declarou pandemia (doença amplamente disseminada) na terça-feira (10). Segundo a instituição, o coronavírus atingiu mais de 124 mil pessoas em todo mundo e já deixa mais de 4,6 mil mortos.
Foto: Jader Souza
SupCom ALE-RR