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FOTOGRÁFICA
Exposição itinerante da Assembleia Legislativa contra tráfico de pessoas chama atenção para crime silencioso

Uma exposição fotográfica itinerante contra a exploração sexual e o tráfico de mulheres e crianças está em cartaz no Espaço Cultural Maria Luiza Vieira Campos, localizado no hall da Assembleia Legislativa de Roraima (ALE-RR), até sexta-feira (29).

A mostra, que foi lançada no sábado (23), Dia Internacional Contra Exploração Sexual e o Tráfico de Mulheres e Crianças, é uma iniciativa do Centro de Promoção e Atendimento às Vítimas do Tráfico de Pessoas, do Programa de Defesa dos Direitos Humanos e Cidadania (PDDHC), do Poder Legislativo.

“Neste mês, lançamos essa exposição com a estreia de um filme baseado numa história real sobre tráfico humano e ficamos até este domingo num cinema de Boa Vista. Hoje, estamos na Assembleia Legislativa e convidamos toda a sociedade roraimense para que as pessoas tenham conhecimento de que nosso Estado é rota de tráfico e saiba onde denunciar”, esclareceu a diretora do PDDHC, Socorro Santos.

O presidente da Casa Legislativa, Soldado Sampaio (Republicanos), ressaltou a importância de encampar a conscientização. “É um crime terrível que precisa ser combatido com todos os meios possíveis, e a nossa Mesa Diretora não poderia fazer diferente. Essa exposição é uma forma de chamar a atenção para esse problema e conscientizar a população sobre os riscos”, destacou.

Produção

Produzida pela equipe da Superintendência de Comunicação da Assembleia Legislativa, sob a coordenação da Diretoria de Relações Institucionais, a exposição contou com a colaboração de vários servidores, conforme explicou Vanessa Brito, gerente do Núcleo de Relações Públicas.

“Recebemos essa demanda do Centro de Promoção e Atendimento às Vítimas do Tráfico de Pessoas e ficamos responsáveis pela produção de conteúdo, não apenas pelos textos. Os servidores desempenharam papéis de vítimas e agressores, com o objetivo de informar sobre esse crime silencioso que engana com promessas falsas de uma vida melhor”, destacou a gerente.

Impacto e sensibilização

As fotos, capturadas por Jader Souza, retratam diversas formas de exploração e tráfico de pessoas, incluindo prostituição e casamento forçados, trabalho escravo e servidão doméstica, enquanto o layout, criado por Abraão Borges, é simples e impactante, incorporando frases e imagens que provocam reflexão sobre a gravidade do problema.

 

O realismo do trabalho não passou despercebido por muitos servidores e visitantes.  “Eu sabia pela televisão que esse tipo de crime existia em outros estados, mas aqui em Roraima é a primeira vez que vejo. Isso é muito bom, porque pessoas como eu, que não tinham esse conhecimento, agora têm. Essa exposição é excelente para abrir os olhos das pessoas”, disse o visitante Kennedy Bernardino, que se concentrou na foto de uma jovem numa pose encolhida, contrastando com o nome fictício de “Borboleta”.

Fernanda Victoria Lima, estudante de 15 anos e deputada do Parlamento Jovem Roraimense (PJR), também ficou surpresa ao descobrir que Roraima é um dos principais corredores de tráfico do país.

“Eu já tinha ouvido falar sobre esse crime, mas nunca imaginei que Roraima fosse uma rota. Eu li algumas coisas e achei bem preocupante, como tráfico de mulheres, de crianças. Me chamou a atenção esse cartaz que diz ‘Quanto vale a vida?’ porque eu acho que a vida é a coisa mais valiosa que a gente tem, porque nada compra ela”, revelou a jovem.

A exposição segue no Espaço Cultural até sexta-feira, das 8h às 18h, e está disponível para visualização no site do Poder Legislativo (https://al.rr.leg.br/).

Além disso, instituições interessadas em recebê-la podem entrar em contato com o PDDHC, localizado na rua Coronel Pinto, 524, bairro Centro, ou por meio dos canais remotos: telefone (95) 98402-1493 ou pelos e-mails programapdhc@gmail.com e traficodepessoas.rr@gmail.com.

 

‘Educar é Prevenir’

 

O Programa de Defesa dos Direitos Humanos e Cidadania (PDDHC) da Assembleia Legislativa de Roraima (ALE-RR) tem como principal missão promover projetos e capacitações para fortalecer a inclusão social e cidadã de grupos minoritários, em especial de pessoas vulneráveis ao tráfico de pessoas. Para isso, o PDDHC atua por meio do Centro de Promoção e Atendimento às Vítimas do Tráfico de Pessoas, que desenvolve o projeto Educar é Prevenir.

O projeto tem como missão levar informação e capacitar a comunidade escolar, incluindo corpos docente e discente e servidores, sobre como identificar e atuar no enfrentamento do tráfico de pessoas e suas modalidades. Até o momento, o projeto visitou 41 instituições de ensino.

Texto: Suellen Gurgel

Fotos: Eduardo Andrade/Jader Souza

SupCom ALE-RR

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