SEGURANÇA NAS ESCOLAS
Parlamentares reforçam necessidade de acompanhamento psicológico e medidas mais rígidas nas instituições de ensino para prevenir crimes

Seguindo a programação da 26ª Conferência Nacional da Unale desta quinta-feira (9), os deputados Dr. Cláudio Cirurgião (União) e Jorge Everton (União) marcaram presença no painel 2, que tratou sobre “Políticas de Segurança nas Escolas”. Os parlamentares defenderam a implantação de assistência à saúde mental nas instituições de ensino e que haja mais rigor no tratamento dos alunos, para evitar crimes nesses estabelecimentos.

“O que precisa, justamente, é uma assistência maior de saúde mental nas escolas, tanto para alunos quanto para professores e pais, com psicólogos, psiquiatras, terapeutas ocupacionais. Que haja um envolvimento comunitário do sistema público de saúde interligado ao educacional para que esses adolescentes e crianças tenham uma saúde mental adequada. A gente sabe que o conteúdo cibernético, como jogos online, tem uma alta influência no aumento da violência nas escolas, mas a saúde mental precisa ser tratada desde o princípio”, avaliou Dr. Cláudio Cirurgião.

Já Everton enfatizou que defende a educação como um todo, mas que a política do “pode tudo” que foi criada no sistema educacional ao longo dos anos precisa ser revista.

“A gente precisa, sim, tratar com respeito nossos alunos, mas, acima de tudo, eles têm que entender o papel deles na sociedade, para não acharem que podem fazer tudo e não haverá punição, porque serão futuros criminosos se continuarem com esse comportamento”, declarou.

A palestrante Telma Pileggi Vinha apresentou parte de uma pesquisa sobre ataques de violência extrema nas escolas, usando como parâmetros os crimes planejados. Conforme os dados, de 2021 até este ano, ocorreram 36 crimes do tipo, dos quais 21 foram cometidos em um período de um ano e meio.

O palestrante Yann Furtado, representando o ministro da Educação, Camilo Santana, apresentou os detalhes do projeto de políticas integradas de proteção do ambiente escolar e suas ações, com foco na saúde mental dos jovens. O documento deve ser publicado até a primeira semana de dezembro deste ano.